MAÇONARIA ETERNO APRENDIZ

Ser ou estar M.'., não é apenas ter o conhecimento de sinais, toques e palavras. É muito mais que isto. É poder aplicar o seu conhecimento em busca da verdade que nós leva, sermos melhores a cada dia. É entendermos e aplicarmos os propósitos maçônicos, seus valores morais e éticos. É sabermos de como melhor servirmos ao próximo. QUE O DEUS DE SEU CORAÇÃO LHES CONCEDA LUZ, SABEDORIA E PROSPERIDADE. A TODOS PAZ PROFUNDA .'.
EM P,', e a O.'.
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Obs: para julgar é preciso primeiramente conhecer. Somos todos Irmãos .'.







quarta-feira, 31 de julho de 2019

CONCEITO DE GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO .'. FREEMASSONS

O Conceito de Grande Arquitecto do Universo

A criação e divulgação da expressão – G∴ A∴ D∴ U∴ – ainda que seja atribuída, por muitos, à Maçonaria, o facto é que ela é bastante mais antiga.
Morenz [2], um célebre egiptólogo alemão, ainda que controverso, no seu livro acerca da religião egípcia – coloca estas palavras na boca do sábio Amenopop: …O Homem é argila e palha. Deus é o chefe da Obra. Ele constrói e destrói todos os dias.
Fácil será verificar, nesta frase, a similitude com a criação e a morte física do Homem… Lembra-te Homem que és pó e ao pó voltarás...
No Livro de Job (JB 38 4-6), Javé, o Deus do Antigo Testamento, igualmente pode ser identificado como um Arquitecto, quando elabora este conjunto de perguntas: …Onde é que te encontravas, quando eu fundava a Terra? Faz-me sabê-lo, se tens inteligência…. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela a corda…. Sobre em quê é que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina?
Igualmente se encontram nestas questões uma ligação (Publicado em freemason.pt) aos instrumentos simbólicos do trabalho maçónico.
Jesus Cristo, dias antes de morrer, por altura da Páscoa, e em nome do Pai, também se refere que pode destruir o Templo de Jerusalém e o reconstruir em 3 dias.
Já mais tarde, por altura da segunda fase da Reforma Protestante e tomando como ponto de partida aquilo que Lutero defendera na Alemanha, João Calvino, no seu livro L’Institution de la Religion Chrétienne, que seria publicado em 1536, pela 1ª vez, em Genebra [3], chama a Deus, por várias vezes, Grande Arquitecto ou Arquitecto do Universo. Ainda que o calvinismo tivesse tido influência na Reforma Suíça, a mesma não seguiu as pisadas iniciais do luteranismo, tal como Calvino, mas sim as orientações do suíço Ulrico Zuínglio ou Huldreych Zwingli.
Para Calvino, profundo conhecedor da Bíblia, a justificação da existência de Deus era desnecessária. A sua evidência estava na própria natureza do Homem (…todo o homem é pecador por natureza… a salvação é concedida por Deus para as pessoas eleitas…) bem como na sua complexidade e inteligência… A natureza, por Deus construída, é a imagem visível de Deus invisível. Por isso, não há necessidade de se ter uma imagem que represente Deus, porque a própria natureza prova a sua existência. Daí o ter defendido que… o culto religioso deve ser feito em local simples e sem imagens…
Philibert de L’Orme [4], um arquitecto francês proveniente de uma família de construtores, e um dos grandes mestres do Renascimento, que estudara em Itália, e tendo por isso estado ao serviço do Papa Paulo III, publica, em 1567, no seu Tratado Completo da Arte de Construirque… a integridade da arte do traçado provinha de um saber transmitido em segredo, no âmbito das corporações dos construtores... O que é interessante, é que para De L’ Orme, que chega a romper com a tradição dos Mestres Construtores de Catedrais franceses, o Homem não é um ser criador. A Criação é exclusiva de Deus –… só Deus é o Grande Arquitecto do Universo, enquanto Senhor da Criação.
Esta expressão será igualmente usada pelo astrónomo alemão, Johannes Kepler [5], no final do séc. XVI, em 1596, no seu Mysterium Cosmographicum publicado na Universidade de Tübingen. Na sua exposição, Kepler pensa ter revelado o plano geométrico de Deus para o Universo quando afirma –… o Universo, em si (Publicado em freemason.pt) mesmo, é uma imagem de Deus, em que o Sol corresponde ao Pai, a Esfera Estelar ao Filho e o Espaço entre os corpos estelares ao Espírito Santo. Grande parte da assimilação ou interpretação que Kepler fez do modelo de Nicolau Copérnico, está ligada às suas convicções religiosas acerca da relação entre o mundo físico e o espiritual. Para ele… Deus omnipotente é o Criador e Organizador do Céu e da Terra.
No Mysterium existe igualmente um extenso capítulo, em que Kepler procura fazer a ligação do heliocentrismo com as passagens bíblicas assentes no geocentrismo.
Deste modo se constata que, muitos anos antes das Constituições de Anderson serem dadas à estampa, em 1723, seis após a fundação da Grande Loja de Inglaterra, a designação de G∴ A∴ D∴ U∴ era já um facto conceptual estabelecido, ainda que disperso nos rendilhados das abordagens quanto ao Princípio de todos os Princípios, e em especial o da Antropogénese.
Se, por um lado, se pode atribuir a estas Constituições o apadrinhamento designativo e divulgativo do termo, por outro, não deixa de ser curioso o facto desta designação – G∴ A∴ D∴ U∴ – só aparecer escrita uma única vez no seu preâmbulo. Na primeira obrigação/preceito das Constituições, verifica-se que a mesma diz respeito a Deus e à religião, e não ao G∴ A∴ D∴ U∴.
A este propósito, Charles Porset, citado por Robert Kalbach [6], estranha igualmente que a invocação do G∴ A∴ D∴ U∴ prime pela sua ausência nas actas da Grande Loja de Londres, onde seria expectável a sua existência.
Muito provavelmente, esta situação pode dever-se ao facto de, quer no séc. XVII, como no início do séc. XVIII, os primeiros maçons serem todos, ou quase todos, cristãos – católicos ou protestantes. Daí, a razão de os antigos manuscritos maçónicos utilizarem muito raramente a expressão de G∴ A∴ D∴ U∴, preferindo ou mantendo a designação de Deus.
Tendo por base vários textos, pode concluir-se que, até à criação da Grande Loja de Londres (1717), a maçonaria britânica se orientaria pelos cânones da Religião Cristã ou, até mesmo, da Igreja Católica Romana, tal como se encontra plasmado nos Deveres que as Lojas continham [7] – The Old Charges – onde é invocado Deus, e a Trilogia Sagrada. No próprio manuscrito de Dumfries (1710), onde se ensina as sete artes liberais, a começar pela Aritmética, seguida da Gramática e da Retórica, fundidas com as demais na Geometria, é referido várias vezes – Nosso Senhor Jesus Cristo – …e que o aprendiz maçon deve ser fiel a Deus e à Santa Igreja Católica.
Por razões que se desconhece, no início dos anos 20 do séc. XVIII, ter-se-á dado uma vandalização dos arquivos das Lojas de Inglaterra, tendo subsistido, apenas, a nova carta da Maçonaria Moderna, designada pelas Constituições de Anderson, publicadas, como se disse, em 1723, e redigidas por 2 pastores protestantes – James Anderson e Teóphilus Desaguliers. Neste texto já não se encontra a menor referencia a Deus nem ao cristianismo, chegando a afirmar-se (Anderson) –… que no cume da glória de Roma, no reinado de César Augusto, nasce o Messias, o Grande Arquitecto da Igreja e do Mundo. Adivinhava-se, então, uma rotura conceptual, relativamente aos Old Charges ou Antigos Deveres, compostos por vários documentos e manuscritos – D. Regius de 1390; Mscrpto. de Cook 1410; Mscrpto. da Grand Lodge nº1, de 1583; Mscrpto. de William Watson, de 1687; Mscrpto. de Dumfries de 1710 – que viria até aos dias de hoje.
Só para se fazer uma ideia, enquanto que no Mscrpto. de Dumfries, o mais recente dos Antigos, se encontram escritas (Jonh Dee ?[7] as seguintes advertências –… o maçon não deve ser tentado pela idolatria, mas honrar e adorar sinceramente o Grande Arquitecto do Céu e da Terra, fonte e origem de todo o Bem… e que deu ao Homem o meio de medir a sua omnipotência, com maior exactidão da sua inteligência, para que tenha ainda mais horror ao ofendê-lo… – já nas Constituições de 1723, no seu Art.º 1º se afirma que – um maçon é obrigado, pela sua condição, a obedecer à lei moral, e que, se compreender bem a Arte, nunca será um ateu estúpido nem um libertino irreligioso…
Para Anderson e outros maçons só existia uma única obrigação religiosa – que era a de seguir …aquela religião, sobre a qual todos os homens estão de acordo – serem homens de bem e leais, e homens de honra e probidade.
Na verdade, nas Constituições de Anderson já não se faz a evocação a Deus, nem é mencionada a catequese acerca do Pecado Original, e da Vida Celestial para além da Morte, nem tão pouco a existência do Inferno. Apenas se assume a existência de uma (nova) moral humana muito “abrangente”, no dizer de Kolbach [6]. Mas a pedra de toque do conflito com a Igreja Católica, assim como com outras religiões, prende-se com o facto de as Constituições irem no sentido de que nenhuma religião seria mais verdadeira (Publicado em freemason.pt) do que as outras, ou seja, no caso vertente do Catolicismo Apostólico Romano, o mesmo deixaria de constituir a única verdade estabelecida, uma vez que, do ponto de vista maçónico, todas as religiões estariam em pé de igualdade.
Claro que as condenações a esta posição não se fizeram esperar. A primeira surge em 1738, por Clemente XII, com a bula “In Eminenti Apostulatus Specula”; a que se seguiu Bento XIV, em 1751, com a encíclica “Providas”; e Leão XIII, em 1884, com a encíclica “Humanum Genus”. Ainda, em termos do Direito Canónico, em 1917, é expresso que, qualquer católico que pertencesse a uma loja maçónica, seria imediatamente excomungado. Esta interdição será reiterada, em 1981, pelo então cardeal Ratzinger, e em 2007, já como Papa.
Mas não foi somente o Vaticano a demonizar a Maçonaria. Algumas confissões protestantes, como a Metodista, a Baptista, de entre outras, afirmaram que era incompatível a pertença dos seus fiéis à Maçonaria.
Os muçulmanos só mais recentemente aderiram às críticas, impondo, inclusivamente, “fatwas”, em que era proibido a pertença à maçonaria por parte dos seus crentes [6]. Felizmente que os países menos radicais não aderiram – caso de Marrocos, da Tunísia e da Turquia.
Na 2ª metade do séc. XVIII e na 1ª do séc. XIX, quando a Maçonaria se abre aos praticantes de outras religiões e a outras concepções [7], particularmente as deístas, que a expressão G∴ A∴ D∴ U∴ é então cada vez mais utilizada, substituindo a palavra Deus.
As Constituições de Anderson tiveram, desde a sua concepção, vários tipos de adaptações e de traduções, chegando, por via disso, a serem recusadas por certas obediências, como a da Grande Loja de Berlim, em 1770.
Um processo idêntico veio a desenvolver-se na Grande Loja dos Antigos (1751-1813), rival da Grande Loja de Londres, baptizada pelos primeiros como a Loja dos Modernos.
Ora nestes primeiros tempos, diga-se em abono da verdade, a abordagem da questão religiosa, na literatura e no pensamento maçónico do séc. XVIII, era, de certa forma, um pouco confusa, porquanto tanto se afirmava que – o maçom deve praticar a religião do seu país – o que, equivalia, ao tempo, dizer – pertencer a, ou ser crente de, uma religião cristã – como… “mas como bom noaquita pode alargar a escolha aos outros monoteísmos históricos, como o judaísmo…
Anos mais tarde, com a união entre os Antigos e os Modernos, em 1813, dando corpo à Grande Loja Unida de Inglaterra, o Artigo 1º passa a ter a seguinte redacção…. Seja qual for a religião do homem, ou a sua prática de culto, não é excluído da Ordem, desde que creia no Glorioso Arquitecto do Céu e da Terra… Esta redacção era, de certa forma, mais aberta e pretendia fazer uma ponte entre o que era defendido pelos Antigos – a crença em um Criador – e o que era pretendido pelos Modernos.
Trata-se, na verdade, de uma necessidade de, nessa altura, estender o cor conceptio maçónico a um campo mais vasto do que o cristão, que fosse efectivamente comum às Religiões do Livro.
Apesar deste aparente corte com o cristianismo britânico, houve um agudizar de posições, em 1849, com o Grande Oriente de França, devido à redacção de concepção liberal do seu 1º Artigo dos Deveres, quanto à crença no G∴ A∴ D∴ U∴.
A polémica estava então lançada, tanto assim que, em 1875, o Congresso de Lausanne declarava que a Maçonaria tinha por doutrina o reconhecimento de uma Força Superior da qual proclama a sua existência com o nome de G∴ A∴ D∴ U∴. Contudo, esta pronunciação, que pretendia acalmar os ânimos e estabelecer um fio condutor à Ordem, acabou por agudizar ainda mais a questão, relativamente a algumas das obediências que já tinham suprimido a referência obrigatória ao G∴ A∴ D∴ U∴ como os GG∴ OO∴ da Bélgica, em 1872, da Itália, em 1874, a que se seguiria, mais tarde, o da França, em 1877 [8].
Perante estes dados, e sobretudo por causa da França, surge do outro lado da Mancha uma reacção, não tanto de cariz místico-filosófica, mas mais de timbre político, da G∴ L∴ U∴ de Inglaterra que, indo mais longe, recusa, a partir desse momento, reconhecer como autênticos II∴, aqueles que tivessem sido iniciados em Lojas que negassem ou ignorassem a crença no G∴ A∴ D∴ U∴.
Ainda que o Universo Maçónico não se tivesse cindido, o facto é que as obediências britânicas se recusaram, então, a reconhecer várias obediências como regulares. Entretanto, os americanos, com uma política de maior latitude, mantiveram várias formas de reconhecimento, incluindo outras obediências mais “liberais”.
De toda esta problemática de posições conceptuais, acaba por surgir a criação de outros ritos, ou Organizações Maçónicas, como o R∴ E∴ R∴, o R∴ E∴ A∴ A∴, a par da existência, no sul da Europa e na América Latina, de uma manta de retalhos de obediências. Concomitantemente, na Ásia, as obediências britânicas, tendo que engolir, muito provavelmente alguns sapos, ao dar o dito por não dito, apesar de muito debilmente, começavam a dar provas de maior abertura, chegando ao ponto de se poder oficiar, no mesmo Templo, com 7 Livros Sagrados: as duas Bíblias – a cristã e a judaica – o Alcorão, o Dhammapada dos Budistas, o Bhagavad-Gita hinduísta, o Avesta Zenda Zoroastrista…
Em 1929, a G∴ L∴ U∴ de Inglaterra volta a manifestar-se, desta vez contra a recém Aliança Maçónica Internacional, criada em Genebra, em 1921, com o patrocínio de 41 obediências americanas e europeias, ao apresentar os 8 princípios básicos para o (Publicado em freemason.pt) reconhecimento de uma G∴ L∴. De entre os mesmos, no seu ponto 2, era afirmado que o seu reconhecimento estava dependente da crença no G∴ A∴ D∴ U∴ e na sua vontade revelada.
Apesar da AMI ter sido criada em Genebra, a G∴ L∴ Alpina pronuncia-se a favor da G∴ L∴ U∴ de Inglaterra, a favor da invocação do G∴ A∴ D∴ U∴ e a presença do Livro Sagrado nos Trabalhos Rituais. Esta posição iria levar, mais tarde, já em 1950, à auto-dissolução da AMI.
Neste caldo maçónico hodierno e cheio de ondulações, existem, como se pôde constatar, inúmeras posturas sobre a questão do G∴ A∴ D∴ U. Ainda que, simbolisticamente, haja um somatório de representações ou de interpretações, relativamente ao conceito, e ao contrário do que alguns pretendem demonstrar, o mesmo é bastante lato e, por isso mesmo, representa um verdadeiro factor de União, de Fraternidade, de reconhecimento mútuo da Razão entre os Homens de Bem.
Permitam-me, então que, ao finalizar esta prancha, Vos proponha uma prece que bem espelha a dimensão do G∴ A∴ D∴ U∴, assente naquela descrita por vários autores, como tendo sido publicada em 1760, na Irlanda, na Three Distinct Knocks:
Ao Senhor Deus Grande e Universal Masson do Mundo e primeiro construtor do Homem, como se ele fosse um Templo, que nos ajude nos nossos trabalhos de embelezamento desse Templo, para que a Sociedade possa atingir a Catedral da Paz, da Harmonia e da Fraternidade.
Disse
Um Mestre Maçon da GLLP/GLRP

Notas e Bibliografia

[1] Viswakarma é igualmente considerado como Brahma de cujo umbigo emanariam todas as coisas visíveis e que ajudou Tvashtar – a sua forma ou criação de poder visível – a criar os Reinos do Céu e da Terra.
[2] Morentz, S. (1992): Egyptian Religion, Cornell University Press 380 pp
[3] João Calvino era inicialmente católico, tendo-se convertido ao luteranismo em 1533. Tendo sido posteriormente perseguido em França refugiou-se em Genebra em 1536. Para além de Instituição da religião Cristã publicou mais 3 obras.
[4] Encyclopoaedia Britannica: Philibert de L’Orme. Consultar igualmente Pauwells, Y (2008): Aux Marges de la Règle. Essai sur les Ordres d’Architecture à la Renaissance. Warve Mardaga.
[5] Voelkel, J. R (1999): Johannes Kepler and the New Astronomy, Oxford University Press, 1999 144pp. Johannes Kepler texto da AMES Research Center da NASA
[6] Kalbach, R. (2012): O Grande Arquitecto do Universo, do símbolo à fractura. Campo da Comunicação.182 pp.
[7] Négrier, P. (1996).Textes fondateurs de la Tradition maçonnique 1390-1760. Introduction à la pensée de la franc-maçonnerie primitive. Les Ecritures Sacrés, París, Bernard Grasset, 381pp .
[8] Kinney, J. (2010): O Mito Maçónico. Edições Saída de Emergência.287pp.

F R E M A S S O N S .'.

Os sete mandamentos para desbastar a pedra bruta

Desde que entrei para a Maçonaria estou sempre a ouvir que temos de desbastar a Pedra Bruta para a transformar em Pedra Polida. Com o passar do tempo, percebi a dificuldade que tive para compreender totalmente este processo, mas decidi empreendê-lo.
Toda a aprendizagem é solitária e individual, mas não tem necessariamente o carácter solitário. Pensei que deveria ter etapas para seguir, um organograma para orientar (Publicado em freemason.pt)meus passos. Percebi que não tinha. A partir daí, reflecti e fiz uma analogia com os 10 mandamentos, quer dizer, fiz um organograma para melhor me orientar no trabalho de desbastar a Pedra Bruta.
Neste organograma fiz 7 etapas:
  1. Amar a Pedra Bruta
  2. Honrar a ti mesmo
  3. Guardar as segundas feiras
  4. Não desprezar o próximo
  5. Amar ao Irmão como a ti mesmo
  6. Não pecar contra o espírito
  7. Não tomar o nome da Maçonaria em vão.

Amar a pedra bruta

Devemos amar a Pedra Bruta não para a conhecer ao máximo, nem para nos tornarmos o melhor Maçon, mas para que nós nos tornemos melhores como homem, como trabalhador, como pai de família, como cidadão. Amar a Pedra Bruta é conhecer o bem. O que é conhecer o bem? É reavaliar, é conversar sobre bom carácter, honestidade, é ser alegre ser bom pai, ser membro efectivo na família, desempenhar bem no seu trabalho, exigir que faça o melhor. É saber que pode ganhar dinheiro pelo bem e pelo mal e optar pelo bem. É saber que um pai de família poder ser o melhor ou razoável e optar por ser o melhor. Conhecer o bem é o primeiro passo para desbastar a Pedra Bruta. Mas para continuar a desbastar a Pedra Bruta, é necessário amar o bem, praticar o bem, adquirir o hábito de fazer o bem, é inserir o bem em si. As Pedras Brutas que é a matéria-prima da Grande Obra, sou eu, é você, somos nós.

Honrar a ti mesmo

Quando eu tive o privilégio de ser admitido nesta Loja eu renasci, eu recebi a luz, e passei a dedicar com empenho a aprender o ofício que é a Arte Real. Eu simplesmente não só escuto como se usa os utensílios para desbastar a Pedra Bruta, mas eu utilizo esses utensílios como meu próprio guia para me reeducar, tornar melhor como indivíduo, honrando a mim mesmo. Somente através deste exercício permanente, contínuo, exaustivo é que conseguiremos de facto o aprendizado desta nova noção de outro bem que é a Honra. Para (Publicado em freemason.pt)isto tive de admitir que sou um homem livre e de bons costumes, isto quer dizer que tenho o direito e o privilégio de exercitar a liberdade. Exercitar a liberdade é considerar sem prepotência, sem falsa modéstia que sou um ser agraciado. Sou o meu próprio centro. A todo Maçon é dado o direito de adquirir e desenvolver, pela prática, as qualidades humanas; é dado o direito de conquistar novos sentimentos e modificar sentimentos indesejáveis, é dado o direito de disciplinar as paixões para o bem, habituando a sentir, a pensar e agir como homem honroso. Para tudo isto, ninguém, nenhum Maçon necessita ficar sentado por longos anos nas carteiras escolares; mas sim, necessita ter o desejo de fazer o bem e um pouco de boa vontade.

Guardar as segundas-feiras

Assim como a religião católica guarda o domingo e usa este dia para unir os seus devotos e discutir a sua essência como religião utilizando os Rituais como a missa; os Adventistas do 7º dia utilizam o sábado para jejuar e praticar a caridade, os judeus utilizam um dia do ano para obter perdão eu utilizo e utilizarei simbolicamente as segundas-feiras como um dia especial de reflexão, de abastecimento, de aquisição de novos ensinamentos. Simbolicamente, porque todo este processo de desbastar a Pedra Bruta deve ser feito todos os dias, rotineiramente. Para mantermos a boa saúde física, necessitamos seguir certas regras de vida material e regime (desporto, alimentação); também para a boa saúde do espírito, necessitamos de exercícios metódicos, por isso nós temos que guardar as segundas-feiras para mantermos permanente contacto com as ideias que servem de base ao ideal moral e com os sentimentos que são os motores deste ideal. As circunstâncias banais da vida, os interesses cotidianos, as tarefas prendem o homem a limitados horizontes propícios ao egoísmo. Por isto nós temos as segundas-feiras para que de um modo sistemático, o nosso espírito faça uma pausa, para tomarmos contacto com as ideias generosas e reabastecer de energia espiritual. Através das reuniões onde aprenderemos a ouvir e meditar com humildade e lucidez os ensinamentos dos irmãos mais experientes. Vamos utilizar as segundas-feiras para extrair força, riquezas de sentimentos.

Não desprezar o próximo

Nunca crer em possuir uma verdade absoluta e indiscutível; pois é perigoso para si mesmo porque traça limites para o seu espírito; é perigoso para os outros porque se imaginar que é o único que detém a verdade, irritar-se-á ao encontrar no próximo, perante opiniões diferentes, e facilmente desprezará, levando-o à intolerância, à tirania. Vamos pesquisar a verdade com a fé profunda no que ela tem de bem e de belo, mas com a convicção de que o nosso espírito é por demais fraco e pequeno para a possuir de forma absoluta; seria crime querer impô-la ao próximo, só porque pensam de maneira diferente de nós. A verdade nada tem de absoluto, mas na prática, é suficiente para alimentar o nosso pensamento e guiar a nossa vida. O espírito crítico é um instrumento de trabalho, mas o espírito de crítica para com o próximo conduz somente a resultados negativos. O próximo ter uma opinião diferente da minha é para ele um direito absoluto e sagrado. Não basta que toleremos um ao outro, é necessário que cada um de nós respeite, no outro, um reflexo da verdade absoluta que espírito nenhum pode atingir, mas que cada um tem o dever de procurar alcançar com firmeza, da melhor maneira possível. Se eu, na minha nova condição de membro efectivo desta Loja, um ser livre que optei pelo bem, decidi a vivenciar plenamente a Honra é óbvio que o próximo é a minha extensão. Por isto, para amar o próximo é imprescindível que tenha já compreendido e empreendido, que tenha esgotado e desgastado o pré-requisito de Honrar a ti mesmo. Se eu não me honro, como reconheceria a outro?

Amar ao irmão como a ti mesmo

Não basta que os Maçons se tratem reciprocamente como “Irmãos” e proclamem que desejam estender esta fraternidade a toda a Humanidade, para se formar uma só família. A fraternidade manifestada em palavras não faz o menor sentido, se não exprime um estado de espírito. A teoria tem que estar conforme a prática. A fraternidade está no coração e não nos lábios. Vamos afastar de toda querela, discórdia, calúnia, maledicência, cólera, rancor, vamos afastar de tudo quanto possa prejudicar a reciprocidade nos bons relacionamentos com os irmãos. Não vamos só traçar planos, vamos construir o edifício.

Não pecar contra o espírito

Vamos aliviar o espírito dos vícios, desvios, ilusões, escravidão para podermos alcançar a paz, a plenitude, o equilíbrio. Só assim conseguiremos transformar a Pedra Bruta em Pedra Polida. É com a saúde espiritual e moral é que vamos conseguir um corpo sadio e a serenidade.

Não tomar o nome da Maçonaria em vão

Depois de reconhecer, optar, verificar os resultados, constatar o que há atrás da porta é naturalmente uma oportunidade única, singular. Ser Maçon. A Maçonaria é o útero (Publicado em freemason.pt) que protege, acolhe; é o alimento que nutre e faz amadurecer, é o sinalizador para o renascimento. Agradeço a todos os que acreditaram que eu seria uma extensão de vós e através de vós, eu estou aqui. Sem euforia, mas sensibilizado. Obrigado Maçonaria, não tomarei o seu Santo Nome em vão.
Assim a Pedra Bruta ao ser trabalhada adquire Força por se poder encaixar com outras, Beleza pelo seu equilíbrio de formas e Sabedoria porque ao reflectir a luz torna-se ela própria uma forma de Luz transmitida.
Um Maçon não é uma criança obrigada a decorar um catecismo. Um Maçon é um homem livre, um homem instruído, um homem capaz de pesquisar e de encontrar a verdade tal é grande a finalidade da Maçonaria.
Adaptado de autor desconhecido

FREEMASONS .'.

Olá nelson gonçalves

Publicámos mais um Artigo


O galo na Maçonaria

Um dos símbolos que enfrentamos na nossa iniciação na Maçonaria é uma figura que para muitos passa despercebida no decorrer da cerimónia e é a de um “Galo” na câmara de reflexões.
Nos textos da Maçonaria não encontramos muita referência a esta figura que, sem dúvida, no esoterismo tem um significado muito grande; é-nos dito que o Galo nos indica “O despertar interior do homem, o triunfo da Luz sobre as trevas, assinalando ainda a necessidade da vigilância que temos de ter sobre os nossos actos, não permitindo que nada nos afaste do caminho da Verdade, da Justiça e da Honra”.
Os animais na antiguidade assim como no universo sempre foram matéria de estudo para o ser humano, muitos deles pelas suas características peculiares foram associadas também a épocas do ano; as mudanças climatológicas e inclusive associados a divindades às que lhes serviam de ajudantes, guardiões ou de elementos de conexão com o Ser Superior. Esta mesma conexão era que nos fazia precisamente tão relacionados com as suas habilidades como o movimento, a sua ferocidade, a forma de buscar alimento ou o seu estilo de vida. Em algumas religiões inclusive alcançaram o contorno de Divindade.
No entanto e durante a história antiga existe um animal que tem estado sempre presente, todo o ano e todas as estações, a sua importância estava associada ao dia e a noite, este animal é o Galo; é visto desde a antiguidade no Egipto e tem sido utilizado em muitas religiões para fazer referência sempre ao Sol e a sua aparição no dia. Dado de que a maioria das religiões está associada a deus Sol em relação ao dia e a noite, este animal está presente, por ele, em quase todas; da mesma maneira um detalhe muito importante e peculiar se adiciona a isto – é a cor da sua plumagem, como o vermelho intenso da sua crista.
Na África o galo está associado a ritos de Iniciação de vudu; o passo de uma vida a outra ao nascer ou ao morrer para uma nova vida está representada por este animal, a cor negra dá-lhe a característica de ritos de morte e a cor vermelha aos de iniciações.
Os sírios, os egípcios e os gregos devido à sua plumagem avermelhada e terminando na crista num vermelho intenso associam ao simbolismo Solar e do fogo. Chamavam-no também o nobre matutino do Sol. Somente mencionarei alguns aspectos e não vou aprofundar na forma como o Galo tem estado presente nestas culturas porque seria muito extenso.
O canto do Galo em muitas crenças populares associa-se a (Publicado em freemason.pt) espantar aos demónios e espíritos malignos que rondam pela noite. Na Idade Média a figura do Galo colocava-se nas igrejas como símbolo de vigilância.
A imagem do Galo tem sido utilizada desde então nos cataventos para simbolizar a luz Solar ou Crística a qual é capaz de dissipar e vencer as trevas do mal com o vento a favor ou com o vento contra.
Para os primeiros cristãos representava o amanhecer de uma nova era e a ressurreição de Cristo no dia do Juízo final; já em passagens bíblicas do novo testamento menciona-se em algumas oportunidades, mas cobra um significado quando é mencionado no Evangelho que Pedro Simão terá três negações antes que o Galo cante. Os antigos cristãos usaram esta metáfora de uma maneira distinta ao que o Conselho de Niceia estabeleceu. O verdadeiro significado foi muito similar à Lenda de Hiram que negou três vezes a dar a palavra sagrada. Pedro Simão devia guardar o segredo daquela sociedade e os seus conhecimentos concedidos pelo Cristo antes da sua morte.
O cristianismo moderno alude a que Pedro negaria três vezes ao Cristo antes que cante o Galo pela segunda vez; contudo em alguns textos antigos se mencione que Pedro se negaria a revelar os segredos da sua Ordem Iniciática e somente revelá-los à nova luz; aqui o galo representa precisamente esta nova luz, o novo amanhecer ou o verdadeiro despertar. O canto do galo era precisamente isso, despertar-nos dessa noite escura e de ignorância para abrir os olhos à luz da sabedoria. Assim mesmo, o galo recorda-nos que ainda dormidos devemos estar Vigilantes e alertas, ainda em sonhos não podemos desconectar da realidade, devemos buscar o equilíbrio perfeito entre o consciente e o inconsciente, entre o real e o fictício; mas, sobretudo estar alerta a esse canto do galo já que não o ouvir seguiríamos no sono profundo e eterno da ignorância.
É por ele que aqueles primeiros cristãos tinham exercícios de escuridão entrando nas catacumbas para conectar-se interiormente e na escuridão estar com o seu ser mais interior; referem-se alguns textos que podiam ver luz ainda na escuridão e somente o canto do galo que podia tirar daquele transe e fazê-los voltar à luz do dia no exterior.
Estes primeiros cristãos utilizavam-no iconograficamente nos seus rituais e chamavam “a hora do cantar do Galo” ao amanhecer onde se devia agradecer a Deus pela Luz Divina e na hora do escurecer, ao entardecer, representado por uma lâmpada onde se realizavam rituais orientados ao descanso, mas não ao sono, que sumiria novamente na ignorância.
Sempre ligada às religiões e figuras como Apolo, o deus IAO, etc.; o Galo teve muitas variações enquanto ao seu significado e a sua associação com a Vigilância e a atenção.
No renascimento escudou a vida pelos cataventos nas igrejas e em algumas pinturas; no entanto, seguia sendo, utilizando como símbolo esotérico graças à herança dos rituais templários, os quais faziam alusão à Negação de Cristo em três ocasiões por parte de Pedro como os primeiros cristãos.
Representava as três purificações que deve enfrentar o homem antes de alcançar a sabedoria ou a ressurreição do seu Cristo interno. Este passo do Enxofre ao Mercúrio através do fogo, fazia que o Galo representasse o Mercúrio da filosofia secreta, em poucas palavras, o galo é o êxito do Mercúrio.
O nome I. A. O., era representativo de Ignis (fogo); Aqua (líquido ou mercúrio) e Origo (a verdadeira origem); este último era o mediador da filosofia secreta entre o enxofre e o mercúrio; entretanto e com a desaparição de muitos escritos templários passou simplesmente o Galo a formar parte da nova corrente cristã como um símbolo mais e com pouca relevância; somente permaneceram vigentes em algumas sociedades secretas herdeiras de ritos judeo-cristãos e com tradição dos antigos Egípcios.
O galo cobra novamente relevância na França convulsionada em 1879; graças à Revolução Francesa e as Lojas de então, adoptaram este animal como símbolo e emblema nacional (Publicado em freemason.pt) na França, berço da Franco maçonaria moderna, mas também a algumas características que lhes deviam recordar na direcção dos franceses do porque da verdadeira Revolução; o galo dever-lhes-ia recordar de:
  1. Sempre estar de Pé e erguido, símbolo de Orgulho;
  2. Sempre estar atento, símbolo de Vigilância;
  3. Lutar até morrer, símbolo de Nunca se deixar Vencer.
O Galo na Maçonaria é, pois uma mistura de muitas tradições, mas, sobretudo de muito significado interno e pessoal; representa-nos a verdadeira busca do trabalho interno, a luta constante da parte escura do nosso ser, o buscar no nosso interior e entre as trevas algo de claridade, o estar alerta e vigilante para uma vez descobertas as trevas poder dissipá-las com a chama do trabalho dado pela luz externa; mas, às vezes é o despertar de cada dia daquela ignorância em que poderíamos cair, se nos deixamos rodear pelos profanos do mundo que nos poderia fechar os olhos ou deslumbrar com uma falsa luz. O galo não só deve estar presente na nossa Iniciação como também estar presente sempre ao longo do nosso despertar diário tanto físico como espiritual.
Gerardo Bouroncle McEvoy

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Gladiator - Now We Are Free Super Theme Song





MAÇONARIA UNIVERSAL , existente e respeitada em todo o Mundo.'. Principalmente fora do Brasil, todos realmente se relacionam como IIrs.'. Aqui ainda existe certa dificuldade, até por questões da dita REGULARIDADE, quando na verdade a regularidade, no meu modesto modo e entender , não pode estar na LOJAS , nas POTENCIAS, mas sim nas ATITUDES que o IR.'. M.'. , deve aprender a ter em sociedade.'. A aplicação dos valores , dos princípios, estes sim devem ser observados .'. No ROTARY INTERNACIONAL , também isto é bem observado e praticado . PENSEM NISTO .'.

Ágape da Festa Escocesa do Supremo Conselho de Portugal



POSSO ESTAR EQUIVOCADO , mas é preciso que entendamos as mensagens , bem como toda a simbologia existente na Maçonaria Universal .'. Por não termos o devido conhecimento é que a Ordem muitas das vezes é criticada, é julgada e não pode ser assim. CUIDADO ao se iniciar imaginando que terás a RIQUEZA (metais) . A riqueza dita é bem outro e esta sim , se você seguir o caminho justo e perfeito ,k poderá chegar em lugares inimagináveis. Não é como grande números de cidadãos imaginam, que basta estar iniciado que tudo será mágico. TFA.'. a todos .'.


The String Pullers - Ep.3: Masonic States of America (Legendado Pt.)

Maçonaria em Portugal