A LEI É QUE NOS CONDUZ PARA UM BOM CONVIVIO NA SOCIEDADE.'.

O ESTADO, foi criado para que o ser humano, não mais resolve-se seus conflitos, por sua conta e risco. A legislação é que nos dá um norte. A educação e a formação escolar e toda qualificação que temos nos dá a possibilidade de termos uma vida melhor.'. A M.'. nos revela valores e princípios e cabe a nós aplica-los e seguirmos em frente, em prol do bem comum.'.TFA.'.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

A CASTRAÇÃO DA MAÇONARIA .'.

A castração da Maçonaria

A castração da maçonaria – um ponto de vista americano
anel maçónicoNas últimas décadas, os maçons em todo o mundo têm-se preocupado com o declínio da participação. Todos os tipos de razões foram avançadas para este declínio e muitas soluções diferentes foram tentadas para pará-lo, mas sem sucesso. A linha no gráfico dos membros maçónicos continua a sua tendência de queda constante.
Perdida no turbilhão do argumento de razões e soluções, tem-se a percepção de que a Maçonaria desenvolveu um cisma e que divide na realidade quem tem a melhor maneira de reconstruir o Ofício. É quase como se os Antigos e os Modernos estivessem de volta, mas desta vez não é sobre ritual, mas sobre prática.
Os Antigos de hoje afirmam que a Maçonaria é uma jornada pessoal de aperfeiçoamento moral que prepara um homem para reentrar na sociedade como um indivíduo que constitui para o mundo exterior um exemplo ou modelo de alguém que tomou o caminho mais alto da vida.
Falando para os Antigos de hoje, o Grão-Mestre Provincial Lord Northampton, da UGLE, diz-nos que a Maçonaria não tem nenhum papel na sociedade. Falando pelas Grandes Lojas da Inglaterra, Irlanda e Escócia, ele declara: “A Maçonaria não tem nenhum papel fora da Maçonaria e a única influência que deveria estar a procurar é sobre si mesma e os seus membros”. Ele prossegue dizendo que a Maçonaria é simplesmente uma questão de auto-aperfeiçoamento através da autodescoberta e educação com a Arte apontando o caminho e que um homem que traz as lições e virtudes da Maçonaria no seu coração será então esperado que seja um braço de melhoria para a sociedade como um indivíduo operando como tal fora da Arte. Mas nunca deveria a Maçonaria como uma fraternidade assumir qualquer posição em qualquer questão pública, afirma. “A Maçonaria não é, e nunca se deverá permitir que se transforme num grupo de lobby – não importa quão universal e nobre seja a causa.” [1]
Os “Modernos” de hoje, mais fortes nos EUA, promulgam a prática da “maçonaria comunitária” pela qual a Maçonaria como uma unidade fez um voto de caridade para toda a humanidade e depois entrou na sociedade como uma força colectiva para elevar os menos afortunados.
Esta visão é apresentada apropriadamente pelo Secretário Executivo da MSANA, Richard Fletcher, que reconhece as raízes da Ordem no Iluminismo, mas depois “moderniza” esse património em acção e envolvimento da comunidade, palavras que podem ser lidas como a Caridade Institucionalizada. Ele diz-nos:
Na minha opinião, não há nada que os Freemasons possam fazer que seja mais importante do que assumir o papel de construtor da unidade ao ser visto nas nossas comunidades, fazendo o trabalho comunitário e mostrando, por exemplo, o que significa ser parte de uma família, não só a nossa própria família, mas a família do nosso estado, a família da nossa nação. Sem o perceber completamente, os maçons costumavam fazer essas coisas. Mas, assim como o resto do país, o nosso “sentido de propósito” está corroído”. [2]
Outro comentador maçónico, Tony Fels, reafirma esta posição do aumento da participação maçónica quando diz: “Parece haver muita conversa dentro da ordem maçónica sobre o que pode ser necessário para despertar um renascimento de interesse, especialmente entre pessoas mais jovens, nos princípios e na prática da Fraternidade. Certamente, a tendência contínua entre muitas Grandes Lojas e Lojas locais para se tornarem mais visíveis nas suas comunidades locais, patrocinando fundos de bolsas, campanhas de limpeza e outras actividades benevolentes, ajudará a atrair para a fraternidade maçónica, as pessoas que desejam participar na comunhão da loja”. [3]
Ausente desta luta sobre os corações do maçom está o facto de que a Maçonaria consiste em duas áreas distintas de actualização e que ambas são igualmente válidas e ambas são absolutamente necessárias para o Maçom Completo. Simplesmente afirmou que estas duas partes do todo são:
  1. A jornada privada e pessoal em que um maçom lê e estuda por conta própria e, em seguida, aplica as virtudes e lições da Arte na sua vida diária, construindo o Templo dentro de si.
  2. A reunião na comunidade maçónica, através da qual os maçons iniciam novos membros, exemplificam rituais e costumes, cimentam os laços de fraternidade através da comunhão maçónica e interagem com a comunidade maior em geral.
A Maçonaria é então pública e privada, singular ou em grupo, aberta ou fechada. Não é justo dizer que a Ordem é exclusivamente uma ou outra. É uma mistura de prática tanto quanto a igreja de uma pessoa é. Pode ler o seu livro sagrado em particular, longe da igreja, e depois aplicar as lições da sua religião a todos que ele conhece, e pode oferecer privadamente as suas adorações à divindade na solidão da sua solitude. Ou pode ir à igreja e orar e adorar na comunidade dos crentes. E pode participar num jantar da igreja, estudo bíblico ou trabalho missionário com outros, indo até às ruas e ao público em geral. Dizer que a igreja de alguém é apenas mudar o coração de cada membro individual e não envolve a recepção do espírito ou a transformação na interacção do grupo é tão errado quanto dizer a mesma coisa sobre a Maçonaria.
No entanto, não estamos aqui para tomar partido e declarar um vencedor, mas para declarar que nem os Antigos de hoje nem os Modernos de hoje têm a resposta, já que ambos estão errados.
Os Antigos interpretaram mal a proibição do envolvimento da Loja na política. A política e a religião podem ser discutidas em Loja e na Maçonaria, pois uma fraternidade pode-se envolver na política e na religião publicamente. Somente a política partidária e a religião sectária são proibidas. Isso é para dizer que não é a aplicação geral, mas a específica que leva ao proselitismo e ao problema. Esta má interpretação fez com que os Antigos praticassem apenas metade da Maçonaria. A metade que praticam é totalmente correcta, mas metade do pão não é a coisa toda, é como tentar andar com apenas uma perna. A Maçonaria não é projectada para ser praticada como o Cristianismo Monástico sem preocupação ou relação com o mundo exterior. Nós, como maçons, não somos monges da Arte.
No entanto, os Modernos, principalmente os americanos, não se saem melhor nesta análise porque eles não apenas subestimaram a importância da instrução, da educação e da pesquisa e do estudo privados na Maçonaria até ser virtualmente inexistente, mas também assumiram a responsabilidade pública de ser aquele que coloca o principal papel da Maçonaria como salvadora dos pobres e menos afortunados do mundo. A missão na sociedade foi corrompida pelas Grandes Lojas que transformaram a Maçonaria Americana num Clube de Serviços em nome da “Consciência Maçónica”, por meio da qual os maçons gastam todo o seu tempo, dinheiro e talento na Caridade Institucional cujo principal objectivo é a publicidade maçónica e o marketing da Maçonaria. Isto não é cuidar da sociedade ou uma tentativa de apoiar os líderes da sociedade na sua busca por uma nação melhor. Pelo contrário, é uma tentativa de comprar ou subornar amigos. E ao fazê-lo, a Maçonaria, que se proclama uma sociedade nobre e virtuosa, parece hipócrita. Certamente não é um caminho que Dale Carnegie teria escolhido. Os Antigos de hoje diriam que as virtudes e lições da Maçonaria ensinam um Irmão individual a ser caridoso, mas enão ensinam uma Loja a ser o mesmo.
Para olhar para o tradicional caminho verdadeiro da Maçonaria em relação com o seu papel na sociedade, basta olhar para a sua prática logo após a sua organização formal em 1717 e a alta preponderância dos líderes mais proeminentes da sociedade que eram maçons. Para se ver, houve um tempo em que a maçonaria americana contava dentro das suas fileiras com líderes profissionais, intelectuais e governamentais, bem como proprietários e gerentes de empresas. Homens proeminentes, os motores e os agitadores da sociedade, eram maçons. Deve ser lembrado que a Maçonaria foi um produto do Iluminismo e a prática inicial da Arte envolveu influenciar directamente a sociedade. Os maçons de então não tinham escrúpulos em defender e trabalhar pela democracia, separação entre igreja e estado, liberdade religiosa e educação escolar pública para todos. Ben Franklin, Paul Revere, John Hancock, George Washington e uma série de outros, estavam intimamente envolvidos na Revolução Americana e, portanto, no refazer da sociedade da sua época. Os líderes da sociedade juntaram-se à Maçonaria porque a Maçonaria estava envolvida em trabalhar pelo melhoramento da sociedade. Isto foi política e religião ou foi meramente uma expressão e implementação desses direitos inalienáveis ​​dados a toda a humanidade pelo seu Criador?
Hoje, sob uma má interpretação estrita da proibição da política e da religião, a Maçonaria Americana não tem nada a ver com o funcionamento da sociedade e nem sequer comentará sobre qualquer violação de direitos e liberdade feita por diferentes nações ao redor do mundo ou defendida por vários grupos, aqui e no exterior. Isto tornou a prática da Maçonaria tão sem graça que desencorajou os líderes da sociedade a se tornarem membros. Se a Maçonaria Americana escolhe não se preocupar com a sociedade, porque é que a sociedade se deveria preocupar com a Maçonaria? Se a Maçonaria apoiasse os líderes da sociedade a fazer uma América mais livre e melhor, então aqueles líderes mais uma vez seriam parte da Maçonaria.
O irmão A. Gonçalves, da Grande Loja de Portugal, afirma isto com bastante clareza. “Nós maçons regulares não vivemos em cavernas ou guetos, fora da sociedade. Nós vivemos dentro da sociedade; nós somos uma parte íntima dela. Temos responsabilidades especiais que assumimos como privilégios, porque são obrigações morais e éticas ”. A maçonaria não é e não pode ser passiva ”, diz ele. Ele prossegue afirmando que os problemas do indivíduo e os problemas da sociedade se encontram na comunalidade da liberdade. A Maçonaria está para sempre ligada ao Iluminismo, à Revolução Americana, à Carta dos Direitos Humanos, à Carta das Nações Unidas, à UNICEF e a muitos outros. Ele fala sobre o Grão-Mestre do Chile, dirigindo-se a uma audiência maçónica nos Estados Unidos, enfatizando que a Maçonaria não é porta-voz de nenhum partido político nem deve haver proselitismo política na Loja, mas “as Grandes Lojas devem compartilhar alguns conceitos comuns como: oposição a qualquer tirania que negue ou restrinja, de qualquer forma, a igualdade humana e a liberdade individual para a realização completa dos direitos democráticos; um claro apoio ao direito de expressão e a uma existência justa; o respeito à soberania das nações; o reconhecimento da democracia como sistema de governo e aspiração individual ao melhoramento cultural de qualquer sociedade. A democracia e a maçonaria são sistemas substanciais e activos de progresso social dos Povos, porque ambos agem como fonte de liberdade de expressão e consciência e como um fermento para a paz interna e externa”. [4]
O caminho para a Renovação e Crescimento Maçónicos leva a uma reconexão com a sociedade através de uma afirmação constante de seus objectivos mais humanitários. Há quatro áreas principais que gostaria de destacar, onde a Maçonaria pode retornar um sentido de propósito, no seu papel na sociedade.

Discriminação

Como líder mundial em tolerância e aceitação de muitas culturas e povos diferentes, esta é uma área em que a Maçonaria americana precisa de colocar toda a sua casa em ordem. Não há espaço numa fraternidade que defenda a igualdade entre todos os homens, para que haja discriminação racial, religiosa, cultural ou económica. Nem há espaço para isso, na sociedade americana também. A Maçonaria Prince Hall tem sido, durante anos, uma grande apoiante do movimento dos Direitos Civis. Eles têm a mesma proibição nas suas Lojas contra a política partidária e religião sectária como a restante Maçonaria tem. No entanto, eles não vêem nenhuma violação dessa tradição, quando trabalham pelo mesmo tratamento igual de todos os homens. Defendem completamente, os princípios antidiscriminação e irão percorrer um longo caminho para convencer os líderes da sociedade de que a Maçonaria é sincera no seu apoio.

Liberdade

Os maçons americanos há muito tempo que são os defensores da liberdade. Não é por acaso que a frase “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” foi escrita. E advogar a busca da felicidade irrestrita pelas restrições às liberdades dadas por Deus nunca é não-maçónico. Os maçons americanos lutaram para nos libertar do domínio britânico e depois desempenharam um papel importante na estruturação da estrutura e do governo da mais longa sociedade livre na história do mundo.
Evitar a política não significa negar o civismo. O gozo da harmonia social pelos membros da Loja dependia da paz e liberdade garantidas pelas autoridades civis. Cada Loja foi planeada como um microcosmo da sociedade ideal. “Um Maçom é um sujeito pacífico para aqueles Poderes Civis que garantem a expressão da liberdade fundamental”, diz Giuliano Bernardo”. Sem a liberdade, a Maçonaria não pode existir”. [5]
A Maçonaria não foi autorizada a existir sob Hitler, Stalin, Mao e outros déspotas. Todos os tiranos reconheceram que os princípios da Maçonaria prejudicam a sua regra de controle total. Sendo assim, não seria inapropriado para a Maçonaria deixar o mundo saber que está activamente a apoiar as liberdades de todos os povos. E em casos de extrema supressão e impiedade, a Maçonaria é obrigada a falar e a trabalhar pela Liberdade, como fez durante o Iluminismo pela democratização do governo.

Direitos humanos

Prisão sem causa, tortura, negação do devido processo legal, escravidão, limpeza étnica, proibição da liberdade de expressão, recusa à liberdade de religião e liberdade de associação e terrorismo são apenas algumas das violações dos direitos humanos que podem ser mencionadas, todas elas contrariando a crença da Maçonaria no valor do indivíduo, portanto totalmente incompatível com a Maçonaria. Então, por que não dizê-lo? Não há nada politicamente partidário sobre os direitos humanos básicos e a dignidade do homem.
A renomada historiadora e cronista maçónica, Dra. Margaret Jacob, recentemente teve de responder a uma questão sobre o que ela pensava que seria a causa que a Maçonaria deveria defender para restaurar um sentido de propósito para a Ordem e recuperar o seu papel na sociedade. [6] Ela estava muito relutante em responder, já que ela disse que não era Maçon, mas quando pressionada, disse que a sua escolha seriam os Direitos Humanos.

Paz

A Maçonaria procura unir as diversas pessoas e não dividi-las. Abomina a coerção e o uso da força, excepto em autodefesa. Não defende uma causa política em detrimento de outra, uma religião em detrimento de outra, nem uma raça em detrimento de outra. Cada Templo Maçónico é um oásis de paz onde a paz e a harmonia fluem. Quando se entra num Templo Maçónico, deixa-se todas as diferenças fora da porta. A Maçonaria é a única organização no mundo que reúne em paz e harmonia homens de diferentes culturas, credos, raças, religiões, circunstâncias económicas e convicções políticas. É a maior esperança de paz que o mundo tem.
Este é um dos assuntos favoritos de Paul Bessel, que considera o papel da Maçonaria na sociedade como uma forte defensora dos direitos inalienáveis do homem designados pelo seu Criador.
Esta ideia de o papel da Maçonaria ser elevar a sociedade e apoiar a democracia e a liberdade não é um conceito tão radical. No início dos anos 1900, parece ter sido um conceito dominante na Maçonaria Americana. Os principais escritores maçónicos falaram sobre a Maçonaria trabalhando para o bem da sociedade, reunindo homens de todas as raças, religiões e origens e promovendo a paz mundial”. [7]
Bessel lembra-nos que Roscoe Pound era inflexível na sua crença de que a Maçonaria deveria promover a universalidade da humanidade e que H. L. Haywood considerava os importantes subprodutos da Maçonaria, como sendo a Igualdade, a Liberdade e a Democracia. E então Bessel faz a sua forte afirmação de permitir que a Maçonaria seja tudo o que pode ser.
A Maçonaria poderia ser, e poderia ter sido, no passado, a única instituição no mundo que, em todos os momentos, promove a tolerância e o encontro no nível. Poderíamos ser os líderes na busca da harmonia racial, ecumenismo religioso, cooperação entre homens e mulheres, civilidade entre pessoas que acreditam em diferentes filosofias políticas e amizade entre aqueles que escolhem viver as suas vidas de forma diferente dos outros. Poderíamos ser melhores do que as Nações Unidas, a Amnistia Internacional e as organizações inter-religiosas, todas juntas, porque poderíamos ser a principal organização a apoiar a tolerância para todos, em todos os lugares, em todas as circunstâncias. Este seria um papel único para a Maçonaria”. [7]
Trabalhando activamente e lutando pela eliminação da discriminação, pela liberdade e liberdade para todos, pelos direitos humanos e pela paz mundial, a Maçonaria pode recuperar o respeito e o envolvimento dos líderes da sociedade de hoje. Pode interagir com a sociedade como parceira na promoção do que é nobre, justo e correcto, promovendo a dignidade e o valor de cada indivíduo em vez de usar a sociedade para promover os seus próprios fins. A grandeza da Maçonaria estará em actuar como um veículo através do qual a sociedade se pode melhorar a si mesma, individual e colectivamente, pois nenhum homem é uma ilha e nenhuma instituição existe num vácuo. Todos nós estamos a viajar juntos nesta jornada da vida; nós somos todos um.
Frederic L. Milliken
Tradução de António Jorge
Nota: o original deste texto já tinha sido publicado no Blog “A partir pedra”, por Rui Bandeira

Bibliografia

[1] Lord Northampton, MW The Pro Grand Master, The Most Hon. the Marquess of Northampton, DL, at the European Grand Master’s Meeting on 5th & 6th November 2007 http://www.ugle.org.uk/news/european-speech.htm
[2] Franklin, Freemasonry and the Enlightenment by Richard E. Fletcher – SHORT TALK BULLETIN, Março, 2009
[3] Is Freemasonry A Religion?  Learning from a 19th-Century Masonic Debate por Tony Fels – HEREDOM, Volume 15, 2007 – page 175
[4] Freemasonry Role on The 21st Century pelo R\W\B\ A. Gonçalves, Secretário da Loja Estrela da Manhã, nº 7, da Grande Loja Regular de Portugal.
[5] The Masonic Concept of Liberty, Freemasonry and the Enlightenment by W. Bro. Alex Davidson http://www.freemasons-freemasonry.com/Davidson.html
[6] Masonic Central Radio Podcast 3/12/09, part of the mega Masonic site Freemason Information, http://www.freemasoninformation.com/
[7] Masonic Traditions in our Past and our Future por Paul M. Bessel, apresentação na Loja La France nº 93, F.A.A.M., Washington, D.C., Septembro 8, 2000

ARCO REAL DA ESCÓCIA

Olá nelson gonçalves

A Escócia retirou o reconhecimento ao Arco Real consagrado pelo Grão-Mestre da G. L. de Espanha no Peru

Supremo Grande Capítulo do Arco Real da Escócia
Supremo Grande Capítulo do Arco Real da Escócia
Em 1 de Janeiro de 1995, a Grande Loja do Peru e o Supremo Grande Capítulo do Arco Real da Escócia assinaram um tratado que foi ratificado em 16 de Junho de 1996, o qual, em resumo, implicava:
  • O Supremo Grande Capítulo do Arco Real da Escócia reconhece a Grande Loja do Peru como o único poder para o governo das Lojas que trabalha os três primeiras graus em todo o país e garante que nos Capítulos do seu Distrito no Peru só serão admitidos Mestres maçons activos da Grande Loja do Peru ou Obediências reconhecidas por ela.
  • A Grande Loja do Peru autoriza a trabalhar dentro da sua jurisdição (no Peru), a três Lojas com Carta de Patente da Grande Loja da Escócia. A Grande Loja do Peru permite os trabalhos maçónicos dos Capítulos do Arco Real da Escócia, no Peru.
  • Serão nomeados “Delegados” de ambas as partes para acompanhamento.
Em 2 de Março de 2019, o Grande Sumo Sacerdote do Supremo Capítulo do Arco Real da Espanha, Óscar de Afonso, consagra o Supremo Capítulo do Arco Real do Peru.
Alguns dias atrás, mais especificamente em 29 de Maio de 2019, o Supremo Capítulo do Arco Real da Escócia dirigiu uma carta ao Grande Escrivão Esdras do Distrito do Peru e a todos os escrivães Esdras de todos os Capítulos no Peru do Capítulo Supremo do Arco Real da Escócia, em relação ao recém-consagrado Capítulo Supremo do Arco Real do Peru, informando-os de que:
  • A consagração do novo Capítulo Supremo do Arco Real do Peru foi feita sem o seu conhecimento.
  • que não reconhece o Capítulo Supremo do Arco Real do Peru.
  • que os Irmãos que entrem no recém-criado Capítulo Supremo do Arco Real do Peru deixarão imediatamente de ser membros da Maçonaria Escocesa do Arco Real.
  • que as inter visitas entre os dois Supremos Capítulos são proibidos,
  • e termina afirmando que é “uma questão de regularidade”.

Tradução do Comunicado do Supremo Capítulo do Arco Real da Escócia

Comunicado do Supremo Capítulo do Arco Real da Escócia
Comunicado do Supremo Capítulo do Arco Real da Escócia (clique para aumentar)
AO GRANDE ESCRIVÃO ESDRAS DO DISTRITO E AOS EXCELENTES ESCRIVÃES E. DE TODOS OS CAPÍTULOS NO PERU.
Querido Excelente Escrivão E.,
SUPREMO GRANDE CAPÍTULO DO ARCO REAL DO PERU
O Grande Sumo Sacerdote, o Excelente Companheiro Joseph J. Morrow, CBE, QC, LL D e o Supremo Grande Capítulo enviam-lhe saudações fraternas. Grande Sumo Sacerdote agradece-vos todo o trabalho que fazem pela Maçonaria Escocesa do Arco Real no Peru e aprecia a contribuição dos Capítulos Peruanos e o que isso traz para a nossa Ordem, tornando-a uma organização sem limites e sem fronteiras.
Fomos informados de que o Supremo Grande Capítulo do Arco Real de Espanha consagrou o Supremo Grande Capítulo do Arco Real do Peru. Isto foi feito sem qualquer referência ou consulta. Com muito pesar, devo informar que não reconhecemos o Grande Supremo Capítulo do Arco Real do Peru e, infelizmente, qualquer membro de um Capítulo Escocês que se torne membro do Supremo Capítulo do Arco Real do Peru deixará imediatamente de ser membro da Maçonaria Escocesa do Arco Real. Esta posição também implica que nenhum Companheiro do Arco Real Escocês deve visitar qualquer Capítulo sob o Supremo Capítulo o Arco Real do Peru, nem permitir que qualquer membro do Supremo Grande Capítulo do Arco Real Peruano visite um Capítulo Escocês.
A consagração deste Supremo Grande Capítulo é lamentável. Entendemos que isto pode colocar os Capítulos Escoceses numa situação difícil, mas é essencialmente uma questão de boa ordem na Maçonaria do Arco Real em todo o mundo e uma questão de regularidade.
Não hesite em me contactar se necessitar de mais informações sobre este assunto.
Sinceramente e fraternalmente,
Grande Escrivão Esdras
O Supremo Capítulo do Arco Real da Escócia tem actualmente 470 capítulos, dos quais 220 são “Ultramarinos”, fora da Escócia.
As Grandes Lojas, Unida de Inglaterra (UGLE), da Irlanda e da Escócia mantêm critérios idênticos nos pontos fundamentais das suas respectivas Obediências. As declarações conjuntas feitas pelas três Grandes Lojas em 1938 e 1949 sobre os critérios para o reconhecimento de outras Grandes Lojas (“regularidade”) são uma boa evidência disso.
A reacção lenta mas inexorável do Supremo Capítulo da Escócia pode ser, por sua vez, um passo na direcção da retirada do reconhecimento a Espanha pelas Grandes Lojas da Inglaterra, Irlanda e Escócia, da perda da Regularidade Maçónica que se tem vindo a anunciar há meses, de forma subtil como os britânicos costumam usar.
A notícia original pode ser lida AQUI
Tradução de António Jorge

domingo, 26 de maio de 2019

CONTRATUALISTAS - e suas teorias em relação ao ESTADO .'.

THOMAS HOBBES - e a sua teoria de ESTADO - absolutista

Leviatã (animação - THOMAS HOBBES

JOHN LOCK - iluminista e sua teoria de ESTADO


ROUSSEAU - iluminista : No estado de natureza os seres humanos nascem bons e se CORREPEN COM SUAS RELAÇÕES SOCIAIS  .-
                 Esta é uma realidade que estamos vivendo e faz tempo .'.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

24 de maio - DIA DO POLICIAL CIVIL APOSENTADO .'. pp.'. tfa.'.

HOJE É UM DIA EM QUE A A.F.P.C.S.P. , juntamente com associados e convidados , promovem uma HOMENAGEM , ao POLICIAL CIVIL APOSENTADO .

é um dia de alegria ,pois muitos ali estarão se confraternizando , por este dia , mas também estarão refletindo sobre tudo e todos , pelo tempo , e pela atividade profissional que tiveram . Como sempre uma vida difícil e desconsiderada, por grande parte da sociedade e pelo Estado, que deveria ter outros olhos para a categoria , mas que somente ficam na promessa.

Estamos ha bom tempo sem o devido reajuste salarial e não acreditamos que o Governador , mesmo tendo prometido isto em campanha, faça algo. Haverá sempre uma desculpa e a classe policial, vive na esperança.

Nem tão pouco a REGULAMENTAÇÃO DA CARREIRA POLICIAL , segue , na A.L.E.S.P.  Alguém mandou trancar o projeto e nada acontece.


Muitas são as carreiras e para fazer acontecer , a união de todos é importante. Até mesmo o tal do desvio de funções , que ao longo dos anos, por necessidade , face a falta de elemento humano na condução das atividades, muitos independentemente de sua carreira , ficaram servindo o Estado e a Instituição, executando o que era necessário, pois todos são de CARREIRA POLICIAL . Sempre tivemos Carcereiros , como Escrivão , como Investigador , como tivemos Operadores de Telecomunicação desempenhando tarefas de campo em equipes de investigação .
Se vocês se lembram o Investigador por algum tempo também ficou responsável pela Equipe de Plantão das Delegacias.

SOMOS UMA FAMÍLIA , QUE DEVERIA TER UMA MELHOR VALORIZAÇÃO E RESPEITO.

Obs: - e o aumento senhor Governador e Secretário da Segurança Pública.   Vem quando ??

quinta-feira, 23 de maio de 2019

.'. A CORDA DE OITENTA E UM NÓS .'.

A corda de oitenta e um nós

Iniciaremos a nossa pesquisa neste dia, exortando que a Maçonaria é uma Instituição filosófica, filantrópica dotada de um esoterismo místico e uma natural simbologia que nos conduzem a uma reflexão profunda através de simples utensílios profanos. Dessa feita atribuir um significado próprio aos símbolos é de sublime importância para os aprendizes, pois é neles que nos apoiamos e com eles que trabalhamos.
A humanidade em geral aprendeu e evoluiu consoante a utilização de símbolos que hoje são utilizados certamente em todas as áreas do conhecimento. Até mesmo na dicção de uma simples palavra, que por uma convenção arbitrária atribuímos às letras, palavras e idiomas sons distintos, sujeitos a uma determinada interpretação. Na vida maçónica esta regra ocupa um lugar de destaque, senão vejamos, assim que entramos no Templo os nossos olhos são guiados espontaneamente para todos os símbolos presentes e dispostos harmoniosamente. De modo a obter um profícuo esclarecimento, busquemos o início, o significado da própria palavra símbolo.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira – “Símbolo”. [Do gr. Symbolon, pelo lat. Symbolu] S. m.
  1. Aquilo que por um princípio de analogia representa ou substitui outra coisa;
  2. Aquilo que pela sua forma e natureza evoca, representa e substitui, num determinado contexto, algo abstracto ou ausente;
  3. Aquilo que tem valor evocativo, mágico ou místico;
  4. Objecto material que, por convenção arbitrária, representa ou designa uma realidade complexa…”
Assim a “corda de oitenta e um nós” é um símbolo presente nos Templos maçónicos, e é encontrada no alto das paredes, junto ao tecto e acima das colunas Zodiacais, conforme instituído no R∴E∴A∴A∴. A corda será preferencialmente de sisal, a sua disposição inicia-se com a colocação e a observação do “nó” central dessa corda que deve estar por cima do Trono de Salomão (cadeira do V∴M∴) e acima do dossel, se ele for baixo; ou abaixo dele e acima do Delta, se o dossel for alto. A sua significação representa o número UM, unidade, indivisibilidade, sagrando-se por representar ainda o Criador, princípio e fundamento do Universo. Desta forma a corda conta ainda com quarenta “nós”, equidistantes, de cada lado que se estendem pelo Norte e pelo Sul; os extremos da corda terminam, em ambos os lados da porta ocidental de entrada, em duas borlas, representando a Justiça (ou Equidade) e a Prudência (ou Moderação). Existem Templos em França que apresentam cordas com doze “nós” representando os signos do Zodíaco.
Alguns exegetas afirmam que a abertura da corda, em torno da porta de entrada do templo, com a formação das borlas, simboliza o facto de a Maçonaria estar sempre aberta para acolher novos membros, novos candidatos que desejem receber a Luz Maçónica. A interpretação, segundo a maioria dos pesquisadores, é de que essa abertura significa que a Ordem Maçónica é dinâmica e progressista, estando, portanto, sempre aberta às novas ideias, que possam contribuir para a evolução do Homem e para o progresso racional da humanidade, já que não pode ser Maçon aquele que rejeita as ideias novas, em benefício de um conservadorismo rançoso, muitas vezes dogmático e, por isso mesmo, altamente deletério.
Na busca do significado esperado, remontemos no tempo… na Grécia antiga os cabelos longos das mulheres eram usados para fazerem as cordas necessárias para a utilização na defesa das cidades. Já os agrimensores egípcios usavam a cordas com “nós” para declinarem os terrenos a serem edificados, sendo que os “nós” marcavam os pontos específicos das construções, onde deveriam ser necessárias aplicações de travas, colunas, encaixes, representando, portanto, os pontos de sustentação.
Também foi utilizada, na Idade Média, como instrumento para medir e demonstrar dimensões e proporções da cúpula que se desejava construir através da sombra sabiamente provocada por uma luz. Incontestavelmente ela é um elemento que pode ser composto pelos mais diferentes materiais e que tem a finalidade de prender, separar, demarcar ou no nosso caso “unir”. A sua origem mais remota parece estar nos antigos canteiros trabalhadores em cantaria, ou seja, no esquadrejamento da pedra informe medieval, que cercava o seu local de trabalho com estacas, às quais eram presos anéis de ferro, que, por sua vez se ligavam, uns aos outros, através de elos, havendo uma abertura apenas na entrada do local.
Uma das possíveis origens da “corda de 81 nós”, ocorre quando em 23 de Agosto de 1773, por ocasião da palavra semestral em cadeia da união na casa “Folie-Titon” em Paris, tomava posse Louis Phillipe de Orleans, como Grão-Mestre da Ordem Maçónica, na França, onde estavam presentes 81 irmãos em união fraterna, e a decoração da abóbada celeste apresentava 81 estrelas.
Encontramos ainda na Sociedade dos Construtores (Maçonaria Operativa), que foi o embrião na Maçonaria como conhecemos hoje, a herança da “corda” que era desenhada no chão com giz ou carvão, fazendo alegoricamente parte de um Painel representativo dos instrumentos utilizados pelos Pedreiros Livres. Agora nas reuniões maçónicas, seguindo o ritual, é pedido ao Irmão Guarda do Templo que verifique se o Templo está “coberto” na sua parte externa, das indiscrições profanas, somente se iniciando os trabalhos após a sua confirmação. Seguindo a isto a protectora Corda Maçónica saiu do chão e elevou-se aos tectos dos Templos, significando a elevação espiritual dos Irmãos, que deixaram de trabalhar no chão com o cimento e passaram a trabalhar no plano superior com o cimento místico que é a argamassa da Espiritualidade. Esta corda é que nos oferece protecção através da irradiação de energias pela “Emanação Fluídica” que abriga e sustenta a “Egrégora” (corpo místico) formada durante os trabalhos em Templo através da concentração mental dos Irmãos, evitando que ondas de energia negativa desçam sobre os presentes na reunião. As borlas separadas na entrada do Templo funcionam como captores da energia pesada dos Irmãos que entram, devolvendo-lhes esta energia sob forma leve e subtil quando da sua saída.
A estrutura dos “nós” (mais bem denominados “laços”) representa o símbolo do infinito – ∞ – e a da perpetuação da espécie, simbolizando na penetração macho / fêmea, determinando que a obra da renovação é duradoura e infinita. Este é um dos motivos pelos quais os laços são chamados “Laços de Amor”, por demonstrar a dinâmica Universal do Amor na continuidade da vida. Os átomos detêm toda a sabedoria do Mundo, porque ele gera e cria novas propostas para a evolução humana. A Corda de 81 laços representa a laçada como um “8” deitado, lembrando ao Maçon que é preciso tomar muito cuidado para não a puxar transformando-a em nó o que significaria a interrupção e o estrangulamento da fraternidade que deve existir entre os Irmãos. Os 81 laços são apresentados nos Templos Escoceses do Brasil e Paraguai.
Depois de analisada a natureza dos símbolos, a disposição simbólica da “corda de oitenta e um laços” no Templo, assim como a sua origem nesta sublime Instituição passemos a uma retida análise consoante ao número 81, representado através dos laços equidistantes. Vejamos: Esotericamente, a “corda de oitenta e um laços” simboliza a união fraternal e espiritual, que deve existir, entre todos os Maçons do mundo; representa também a comunhão de ideias e objectivos da Maçonaria, que evidentemente, devem ser os mesmos, em qualquer parte do planeta.
“Para que um símbolo se torne de facto um símbolo são necessárias várias interpretações, justificativas e significados” já ensinavam carinhosamente os “velhinhos” da A∴R∴L∴S∴“Barão de Ramalho”, e é desta forma que a máxima se justifica, uma vez que mais uma vez encontramos várias teorias acerca do tema proposto.
Nesse contexto, inicialmente abstrair-nos-emos do laço central que é a representação G∴A∴D∴U∴ entre seu passado e o seu futuro, representa o número um, a unidade indivisível, o símbolo de Deus, princípio e fundamento do Universo; o número um, desta maneira, é considerado um número sagrado. Deste modo, passemos às laterais com 40 laços, e lembramos que este número marca a realização de um ciclo que leva a mudanças radicais. A Quaresma dura 40 dias. Ainda hoje temos o hábito medicinal de colocar pessoas ou locais sob “quarentena” como se nela estivesse a purificação dos males antes existentes. Jesus levou 40 dias em jejum e tentações. Os Hebreus vagaram 40 anos no deserto. Quarenta foram os dias que durou o dilúvio (Génese, 7-4). Quarenta dias passou Moisés no monte Horeb, no Sinai (Êxodo, 34-28). Os 40 laços representam os 40 dias que Jesus usou para se preparar para a morte terrestre e os 40 dias que ficou entre nós após a ressurreição, preparando-se para a Eternidade.
Seguidamente analisemos as justificações simbólicas no próprio número 81 que segue os princípios místicos da Cabala, senão vejamos: o número 81 é o quadrado de 9, que, por sua vez, é o quadrado de 3, número Perfeito, bastante estudado em Escolas Esotéricas e de alto valor místico, para todas as antigas civilizações; Três eram os filhos de Noé; Três os varões que apareceram a Abraão; Três os dias de jejum dos judeus desterrados; Três as negações de Pedro; Três as virtudes teologais (Fé, Esperança e Amor). Além disso, as tríades divinas sempre existiram, em todas as religiões: Shamash, Sin e Ichtar, dos Sumérios – Osíris, Isis, Horús, dos Egípcios – Brahma, Vishnu e Siva, dos Hindus – Yang, Ying e Tao, do Taoismo – Pai; Filho e Espírito Santo, da Trindade Cristã. Também não poderíamos deixar de citar a tríplice argamassa das oficinas Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
De realçar ainda que os comportamentos humanos têm valores numéricos, de acordo com as letras de seus nomes. As letras são divididas em três grupos de 9 letras, cada letra com 3 chaves, a saber: o valor numérico que lhe é próprio; o som que lhe é próprio; e a figura que a caracteriza. Como temos nove variações comportamentais segundo a Psicologia, teremos 81 variações de comportamento. Podemos então dizer num estudo livre, que esta corda mostra também os 81 comportamentos que uma pessoa pode ter numa existência, sendo então a representação do indivíduo e suas mudanças humorais.
No ritual do Grau 20 do Supremo Conselho do Grau 33 do Paraná encontramos uma explicação para os 81 laços; na página 35, ao perguntar-se o porquê dos 81 laços, responde-se que Hiram Abiff tinha 81 anos quando foi assassinado. Também encontramos no Artigo II da Constituição dos Princípios do Real Segredo para os Orientes de Paris e Berlim, edição de 1762; para se chegar ao Grau 25, naquela época, eram necessários 81 meses de actividades maçónicas. A Cosmogonia dos Druidas, resumidas nas Tríades dos Bardos antigos, eram em número de 81 (as Tríades) e os três círculos fundamentais de que trata esta doutrina, tem como valor numérico o 9, o 27 e o 81, todos múltiplos de 3. Ragon, no seu livro “A Maçonaria Hermética”, no rodapé da página 37, diz numa nota, que segundo o Escocês Trinitário, o 81 é o número misterioso de adoração dos anjos. Assim, segundo Oswaldo Ortega, da Loja Guartimozim de São Paulo, à luz do Esoterismo, ele cita que os 81 laços que estão no tecto, portanto, próximos do céu, tem ligação com os 81 anjos que visitam diariamente a Terra, com mostram as Clavículas de Salomão, e se baseiam nos 72 pontos existenciais (os 72 nomes de Deus), da Cabala Hebraica modificada. A cada 20 minutos, um anjo desce à Terra e dá a sua mensagem aos homens. São 72 visitas no curso do dia, se levarmos em conta que a cada hora teremos 3 anjos, em 24 horas, teremos 72 anjos. Agora, somando 72 anjos aos nove planetas que nos influenciam diariamente chegamos ao número 81. Sabemos que estes anjos podem nos ajudar se os chamarmos pelos nomes no espaço de tempo que nos visitam. E eles estão representados no tecto do Templo, através dos 81 laços.
Terminando, encontramos ainda outra denominação à “corda”, ou seja, “Borda Dentada”, traduzida pela corda de nós (laços de amor) que rodeia o “Quadro de Aprendiz” (3 ou 7 laços), assim como o “Quadro de Companheiro” (5 ou 9 laços) terminada com uma borla em cada extremidade e que per si mereceria um estudo próprio. Não obstante o explicitado, a lição primordial que nos resta é que a corda é a imagem da união fraterna que liga, por uma cadeia indissolúvel, todos os Maçons, simbolizando o segredo que deve rodear os nossos augustos mistérios, assim como representa a Cadeia de União permanente pela busca da proclamada Fraternidade, tão bem explicitada no Salmo 133.
“Os deuses não concedem nunca aos mortais qualquer bem autêntico, sem esforço e sem uma luta séria para obter”
Sócrates
Fabrício J. Machado

Bibliografia

  • CASTELLANI, José. “O Rito Escocês Antigo e Aceito – História, Doutrina e Prática”. 2. Ed. São Paulo: A Trolha, 1995.
  • FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. “Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa”. 2. ed. 30. Impr. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira