MAÇONARIA ETERNO APRENDIZ

Ser ou estar M.'., não é apenas ter o conhecimento de sinais, toques e palavras. É muito mais que isto. É poder aplicar o seu conhecimento em busca da verdade que nós leva, sermos melhores a cada dia. É entendermos e aplicarmos os propósitos maçônicos, seus valores morais e éticos. É sabermos de como melhor servirmos ao próximo. QUE O DEUS DE SEU CORAÇÃO LHES CONCEDA LUZ, SABEDORIA E PROSPERIDADE. A TODOS PAZ PROFUNDA .'.
EM P,', e a O.'.
EMAIL:nelsongoncalvessocial@gmail.com
QUEREMOS APENAS AJUDAR .


Nos permitimos sugerir que você conheça: http://www.gomb.org.br/


Obs: para julgar é preciso primeiramente conhecer. Somos todos Irmãos .'.







terça-feira, 7 de julho de 2020

MAÇONARIA NO BRASIL .'.

Pequena História da Maçonaria no Brasil

Introdução

O presente artigo visa dar uma ideia panorâmica da Maçonaria Brasileira através da história do Grande Oriente do Brasil – GOB, o tronco básico, e de suas posteriores cisões, principalmente a de 1927 e a de 1973. Para uma visão mais completa e aprofundada sobre o assunto pode ser consultado o livro História do Grande Oriente do Brasil de José Castellani e William Carvalho da Editora Madras de 2009. Até a primeira cisão de 1927, a história da Maçonaria brasileira se confundia com a história do Brasil. A partir de então, ou seja, no momento em que a Maçonaria deixa de ser um grupo estratégico, a história se bifurca, seguem rumos paralelos, com alguns contactos ocasionais. A partir da gestão de Jair Assis Ribeiro (1983-1993) no GOB assistiu-se a um ponto de inflexão do desenrolar da Maçonaria brasileira. Actualmente cresce a taxas chinesas, mas ainda não voltou a ser um interlocutor estratégico do país, como fora no passado.
A Maçonaria brasileira, pelo menos, está entrando num patamar de efervescência cultural e educacional com a criação de lojas de pesquisas, universitárias, academias etc. que dentro em breve, inevitavelmente terá desdobramentos significativos. Assim como no passado, a Maçonaria emprestou a sua organização para um país que não possuía partidos políticos, ele poderá, neste limiar do século XXI, ajudar o país, que ainda possui instituições políticas com ranço de desempenho pré-iluministas, a criar valores e instituições verdadeiramente republicanos. O Brasil proclamou a República, mas seus valores ainda são patrimonialistas. Este é o grande desafio que a Maçonaria poderá ajudar o Brasil adequar sua escala de valores e desempenho neste século.
Deu-se particular ênfase às duas cisões no século XX por sua importância estratégica. Compõem ainda o presente trabalho dois anexos: i) a relação dos Grão-Mestres do GOB e ii) um quadro estatístico sobre as Obediências e os maçons brasileiros, considerados regulares, tais como o GOB, as Grandes Lojas e a COMAB (Confederação Maçónica do Brasil). Convém ainda salientar que todas as cisões no Brasil se devem à perda de eleições e não à divergências doutrinárias. Pelos dados apresentados pode-se afirmar que o Brasil possui mais de 6.000 lojas maçónicas e quase 200.000 maçons. Essas são as potências ditas regulares.

Primórdios

Com os dados hoje disponíveis, a primeira referência à uma Loja maçónica brasileira que se tem notícia teria sido em águas territoriais da Bahia, em 1797, em uma fragata francesa La Preneuse, denominada Cavaleiros da Luz, sendo pouco tempo depois transferida para a Barra, um bairro de Salvador. Contudo, a primeira Loja regular do Brasil foi a Reunião, fundada em 1801, no Rio de Janeiro, filiada ao Oriente da Ilha de França (Ille de France), antigo nome da Ilha Maurício, à época possessão francesa e hoje britânica.
Dois anos depois o Grande Oriente Lusitano, desejando propagar, no Brasil, a “verdadeira doutrina maçónica”, nomeou para esse fim três delegados, com plenos poderes para criar lojas regulares no Rio de Janeiro, filiadas àquele Grande Oriente. Criaram, então, as Lojas Constância e Filantropia, as quais, junto com a Reunião, serviram de centro comum para todos os maçons existentes no Rio de Janeiro, regulares e irregulares, tratando de iniciar outros, até ao grau de Mestre. Apesar de controvérsias a exigir maiores pesquisas nesta área, essas foram as primeiras Lojas oficiais e consideradas regulares, pois já existiam, anteriormente, agrupamentos secretos, em moldes mais ou menos maçónicos, funcionando mais como clubes, ou academias, mas que não eram Lojas na acepção da palavra.
Depois da fundação daquelas três primeiras Lojas “oficiais”, espalharam-se, nos primeiros anos do século XIX, Lojas nas províncias da Bahia, de Pernambuco e do Rio de Janeiro, livres, ou sob os auspícios do Grande Oriente Lusitano e do da França. Convém salientar que os governos coloniais da época tinham instruções precisas para impedir o funcionamento de Lojas no Brasil. Tanto assim que aquelas Lojas – Constância e Filantropia – foram fechadas em 1806 no Rio de Janeiro, cessando as actividades maçónicas nesta cidade, mas continuando e se expandindo, principalmente na Bahia e em Pernambuco. O Rio de Janeiro, contudo, não podia ficar sem uma Loja, e apesar desta proibição os trabalhos prosseguiam com as Lojas São João de Bragança e Beneficência.
Um facto importante para a história do futuro Grande Oriente do Brasil foi que a Loja Comércio e Artes, fundada em 1815, conservaram-se independente, adiando sua filiação ao Grande Oriente Lusitano, porque os seus membros pretendiam criar uma Obediência brasileira. Convém ainda salientar que no ano de 1817 ocorreram dois factos de suma gravidade em termos de crime de lesa-majestade. Estouraram duas revoluções: i) a Revolução Pernambucana de 1817, um movimento revolucionário, de carácter fortemente nacionalista, feito no sentido de implantar a República em Pernambuco; e ii) Conspiração Liberal de Lisboa de 1817 liderada pelo nosso Ir. General Gomes Freire de Andrade, ex-Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano. Dado esse clima de sedição, tanto em Portugal como no Brasil, houve a expedição do draconiano alvará de 30 de Março de 1818, que proibia o funcionamento das sociedades secretas. As Lojas resolveram então cessar seus trabalhos, até que pudessem ser reabertas sem perigo. Os maçons, todavia, continuaram a trabalhar secretamente como no Clube da Resistência, fundado no Rio de Janeiro.
Estoura a Revolução Liberal do Porto em 1820, liderada pelos maçons portugueses, exigindo a volta de D. João VI para Portugal. A partir de então os acontecimentos começam a se precipitar. Também é desencadeada na Espanha a Revolução de 1820. A vaga liberal (maçónica) começava a contestar os Estados Absolutistas da Península Ibérica. No Brasil, o ano de 1821 começou com uma série de acontecimentos político-militares que culminariam na Independência do Brasil. Como naquela época inexistiam os partidos políticos, foi necessária uma organização que coordenasse e mobilizasse o descontentamento político e a Maçonaria brasileira emprestou sua organização para tal fim. Voltava, então, à plena actividade.
O primeiro facto foi à sedição das tropas a 26 de Fevereiro que impunham ao rei D. João VI o juramento à Constituição portuguesa, o que provocou o início de intensa conspiração, entre os quais muitos maçons, visando à independência do Brasil. Os acontecimentos seguintes foram os de 20 e 21 de Abril, quando houve a sedição dos eleitores, exigindo a permanência do rei no País, o que provocou a pronta reacção das tropas portuguesas, que garantiram o embarque da família real. Todos esses factos atraíram a atenção policial contra os maçons, o que não impediu, todavia, que a Loja Comércio e Artes voltassem a trabalhar secretamente, reerguendo suas colunas a 24 de Junho de 1821. Agora com o nome de Loja Comércio e Artes na Idade do Ouro, sob os auspícios do Grande Oriente de Portugal, Brasil e Algarves.
A afluência de adesões foi tão grande nos meses seguintes que logo se pensou em criar uma Obediência nacional, o que aconteceria a 17 de Junho de 1822, com a subsequente divisão do “Comércio e Artes”, formando o trio de Lojas fundadoras do Grande Oriente. A partir deste momento, a Maçonaria brasileira deixava de ser um grupo heterogéneo de Lojas esparsas ou ligadas a algumas Obediências Estrangeiras para se transformar em mais uma célula do sistema obediência mundial.
Apresenta-se um breve resumo dos primórdios até a fundação do Grande Oriente do Brasil, a mais antiga, a maior e a mais tradicional Obediência brasileira. Apesar da precariedade documental, pode-se apresentar a seguinte cronologia:
  • 1796 – Fundação, em Pernambuco, do Areópago de Itambé, que não era uma verdadeira Loja, pois, embora criado sob inspirações maçónicas não fosse totalmente composto por maçons;
  • 1797 – Fundação da Loja Cavaleiros da Luz, na povoação da Barra, Bahia;
  • 1800 – Criação, em Niterói, da Loja União;
  • 1801 – Instalação da Loja Reunião, sucessora da União;
  • 1802 – Criação, na Bahia, da Loja Virtude e Razão;
  • 1804 – Fundação das Lojas Constância e Filantropia;
  • 1806 – Fechamento, pela acção do conde dos Arcos, das Lojas Constância e Filantropia;
  • 1807 – Criação da Loja Virtude e Razão Restaurada, sucessora da Virtude e Razão;
  • 1809 – Fundação, em Pernambuco, da Loja Regeneração;
  • 1812 – Fundação da Loja Distintiva, em S. Gonçalo da Praia Grande (Niterói);
  • 1813 – Instalação, na Bahia, da Loja União;
  • 1813 – Fundações de uma Obediência efémera e sem suporte legal – que alguns consideram como o primeiro Grande Oriente Brasileiro – constituída por três Lojas da Bahia e uma do Rio de Janeiro;
  • 1815 – Fundação, no Rio de Janeiro, da Loja Comércio e Artes;
  • 1818 – Expedições do Alvará de 30 de Março, proibindo o funcionamento das sociedades secretas, o que provocou a suspensão – pelo menos aparentemente – dos trabalhos maçónicos;
  • 1821 – Reinstalação da Loja Comércio e Artes, no Rio de Janeiro;
  • 1822 – 17 de Junho: fundação do Grande Oriente.

A Luta pela Independência

O objectivo principal dos fundadores do Grande Oriente era a independência do país no momento em que a Família Real era forçada a voltar a Portugal, pela Revolução Constitucionalista do Porto de 1820. Os maçons brasileiros irão aos poucos perceber que, além da solidariedade e da fraternidade internacionais, a geopolítica portuguesa, manejada pelos maçons do
Porto, buscaria levar o Brasil ao status quo ante de colónia, depois de ser elevado a Reino Unido de Portugal e Algarves no final de 1815 por D. João VI, então Príncipe Regente no Reinado de D. Maria I, sua mãe.
O primeiro passo oficial dos maçons, nesse sentido, foi o Fico, de 9 de Janeiro, o qual representou uma desobediência aos decretos, emanados das Cortes Gerais portuguesas, e que exigiam o imediato retorno do príncipe a Portugal e, praticamente, a reversão do Brasil à sua condição colonial, com a dissolução da união brasílico-lusa, elaborada por influência do Congresso de Viena.
Assiste-se então ao embate de duas forças económicas nos dois países: os comerciantes do Porto, que sempre foram o entreposto entre a Colónia e a Metrópole e a Base Escravocrata do Brasil, representada pelas grandes famílias do Tráfico de Escravos e os grandes fazendeiros, que a partir da vinda da Família Real em 1808, já operava com os interesses britânicos. Os maçons brasileiros que, no início estavam embalados pelas ideias do Reino Unido ou implantação de uma República, vão aos poucos se desligando da Cortes Gerais portuguesas [1].
O episódio do “Fico” – 9 de Janeiro de 1822 – foi feito, no Rio de Janeiro, sob a liderança dos maçons José Joaquim da Rocha e José Clemente Pereira e com a representação de diversas províncias ao príncipe, principalmente a Província de São Paulo, cujo motor principal era o Ir. José Bonifácio de Andrada e Silva, o futuro Patriarca da Independência, no sentido de que desobedecesse aos decretos, permanecendo no País.
Começava, neste momento, o processo de aliciamento do Príncipe Regente – D. Pedro – que começava a perceber a força do Grande Oriente, o qual continuaria, logo depois, quando os maçons fluminenses, resolvia, a 13 de Maio de 1822, outorgarmos-lhe o título de Defensor Perpétuo do Brasil, numa cartada política a qual não faltavam, porém, interesses das lideranças, que pretendiam melhorar seu prestígio político junto ao regente e até suplantar o respeito de que José Bonifácio, já então o ministro todo-poderoso das pastas do Reino e de Estrangeiros, desfrutava junto a ele. As escaramuças entre os grupos de Gonçalves Ledo, de tendência mais republicana e de José Bonifácio, de tendência mais monárquica constitucional, já começavam a se propagar.
Com o grande número de adesões à Loja líder do movimento emancipador, a Comércio e Artes, Primaz do Brasil, dividiu-se em três – Comércio e Artes, União e Tranquilidade e Esperança de Nichtheroy – para então formar o Grande Oriente Brasílico ou Brasiliano, o primeiro nome do Grande Oriente do Brasil – GOB, a 17 de Junho de 1822. Já existia uma instituição para maçónica chamada Apostolado da Nobre Ordem dos Cavaleiros da Santa Cruz, ou simplesmente Apostolado fundada por José Bonifácio a 2 de Junho de 1822. Era uma organização nos moldes da Carbonária europeia cuja actuação Bonifácio bem conhecera, durante os anos em que permanecera na Europa.
O Apostolado e o Grande Oriente viriam a representar facções diferentes da Maçonaria brasileira, a primeira, sob a liderança de José Bonifácio, que teve papel importante na História do Brasil, e a segunda, sob a de Gonçalves Ledo, com papel considerável na História da Maçonaria, ambas defendendo a emancipação política do País, mas sob formas diferentes de governo e maneiras diversas de encarar a questão. O grupo filo republicano de Ledo, Clemente Pereira, Francisco Nóbrega e cónego Januário Barbosa defendia o rompimento total dos laços com a metrópole monárquica portuguesa e um regime que o aproximasse mais daquele dos demais países latino-americanos, que, paulatinamente, iam conseguindo sua independência da Coroa espanhola. O grupo de Bonifácio, presente no Grande Oriente, mas encastelado principalmente no Apostolado, pregava a união brasílico-lusa, ou seja, uma comunidade luso-brasileira de países autónomos, que englobasse as colónias e não admitisse a escravização dos negros e, mais tarde, a união do Brasil em torno da figura imperial de D. Pedro I. Crucial para entender o Zeitgeist da época são as Anotações à Biografia de Vasconcelos de Drummond, escritas pelo próprio. José Bonifácio foi o primeiro Grão-Mestre do Grande Oriente, sendo, pouco depois, sucedido pelo próprio Imperador no grão-mestrado.
Após a Proclamação da Independência por D. Pedro I em 7 de Setembro de 1822, o mesmo resolveu fechar o Grande Oriente em 25 de Outubro do mesmo ano, permanecendo adormecido até 1831. Trabalhos maçónicos continuaram, contudo, a ser executados em lojas individuais. O próprio Imperador chegou a montar uma Loja no palácio.
Os maçons deputados à Assembleia Nacional Constituinte continuaram actuando em forte oposição ao Imperador que resolveu fechá-la e outorgar uma Constituição em 24 de Março de 1824 que durou todo o período imperial. Depois disso, o maçom do Grande Oriente e os dos apóstolos, que tinham visto suas entidades serem fechadas pelo imperador, uniram-se contra ele, em um processo de solapamento do trono, o qual viria a culminar na abdicação de 7 de Abril de 1831, após a qual foi reinstalado o Grande Oriente.

Adormecimento, Reinstalação e um Oriente Concorrente

No período compreendido entre a suspensão dos trabalhos do Grande Oriente, em Outubro de 1822, e a abdicação de D. Pedro I, a actividade maçónica foi bastante atenuada, embora não tenha parado totalmente, nem nos trabalhos de Loja nem na política. Antes de abdicar, D. Pedro I, nomeou José Bonifácio, tutor de seu filho. Turbulências políticas não faltaram neste reinado de D. Pedro I, sendo que o principal facto foi o movimento revolucionário de 1824, que visava congregar sob regime republicano – na chamada Confederação do Equador – as províncias do Nordeste, que se haviam rebelado contra os actos de D. Pedro.
Movimento de nítida inspiração maçónica, a Revolução de 1824 teve, como um de seus principais líderes, o frei Caneca – Joaquim do Amor Divino Rabelo e Caneca -, frade carmelita, maçom e republicano, que já havia sido um dos expoentes da Revolução Pernambucana de 1817 e que, entre Dezembro de 1823 e Agosto de 1824, fez intensa pregação republicana em 29 números do Typhis Pernambucano, jornal que publicou no Recife, desferindo campanha contra o imperador, desde a dissolução da Constituinte e a imposição da Constituição de 24 de Fevereiro de 1824.
De 1824 a 1829, pouco se sabe sobre a actividade maçónica. Após a abdicação de D. Pedro I, a 7 de Abril de 1831, os maçons começaram a se reagrupar. O remanescente do primeiro reconhecido Grande Oriente Brasileiro, vendo que, após a renúncia, havia um clima mais liberal, o qual seria propício aos trabalhos maçónicos, reuniram-se em Outubro de 1831, reinstalando os três primeiros quadros. E, para que esse acto fosse legal, os primeiros oficiais da Obediência instalada em 1822 juntaram-se em assembleia, juntamente com o primeiro Grão-Mestre José Bonifácio, sob a determinação de que todos só serviriam provisoriamente, até que fosse concluída a Constituição do Grande Oriente do Brasil, sucessor do Grande Oriente Brasiliano. Logo depois que foi reinstalado, o Grande Oriente publicou um manifesto, assinado por José Bonifácio, dirigido a todos os maçons brasileiros e às Obediências estrangeiras, anunciando que seus trabalhos retomavam força e vigor.
Antes, todavia, da reinstalação do Grande Oriente do Brasil, já havia surgido outro, denominado Grande Oriente Nacional Brasileiro, ou simplesmente Grande Oriente do Passeio, em alusão à rua onde funcionava. O Grande Oriente do Brasil, que se considerava sucessor do Grande Oriente Brasílico (ou Brasiliano), de 1822, seria reinstalado a 23 de Novembro de 1831. No manifesto do Grande Oriente do Brasil, entre uma visão do desenvolvimento na Maçonaria no Brasil até aquela data, havia o convite, para que os membros do Grande Oriente do Passeio se reunissem em um só círculo maçónico, o qual, todavia, foi rejeitado.
Assistir-se-á um conflito permanente entre os dois Orientes na busca de representar a Maçonaria brasileira. Os problemas aumentariam, no fim de 1832, com a introdução, por Francisco Gê Acayaba de Montezuma, filiado a ambas as Obediências, de um Consistório e um Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito, já que o Grande Oriente do Passeio iria fazer com que suas oficinas adoptassem o rito. E o Grande Oriente do Brasil assumia o Rito Moderno, ou Francês.
Apesar desses percalços, o Grande Oriente do Brasil continuava trabalhando no terreno social, começando sua luta pela libertação dos escravos, com autorização de despesas para cartas de alforrias, até desembocar, na metade do século, em franca e decidida campanha abolicionista. Após a renúncia de D. Pedro, o país passou a ser governado por Regência – trina ou unas ocupadas por maçons de tendências liberais – gerando neste período uma série de convulsões políticas e sociais. Dada a fragilidade da regência fazia com que sectores conservadores trabalhassem pela restauração do primeiro imperador brasileiro, enquanto os sectores liberais queriam impedir qualquer tentativa de retorno do Imperador deposto.
Em 1835, o GOB instalava, a 6 de Agosto, o Soberano Capitulo do Rito Francês, ou Moderno. A 26 de Março de 1836, era fundado, no Rio de Janeiro, o Ilustre Conselho Kadosh N° 1. Em 1836, José Bonifácio era reeleito Grão-Mestre. Em 1837, constituía-se, em lugar dos Capítulos, um Grande Colégio de Ritos, ficando, com isso, regulamentado o REAA, embora o rito oficial da Obediência continuasse a ser o Francês. No final do mesmo ano, a 3 de Dezembro, José Bonifácio, com a saúde bastante abalada – viria a falecer a 6 de Abril de 1838 – , entregava o Grão-Mestrado ao futuro visconde de Albuquerque, Holanda Cavalcanti de Albuquerque, que havia sido eleito para o cargo. O novo GM tenta uma reaproximação com o Passeio. No mesmo ano ainda era reinstalada uma loja no Rito Adonhiramita, que não era mais praticado no Brasil. O Rito Adonhiramita, até a pouco tempo atrás, era praticado somente no Brasil, perecendo no resto do mundo.
No início da década de 40, o Passeio começa a entrar em decadência, perdendo diversas lojas para o GOB. No terreno político, membros das duas Obediências participavam activamente dos acontecimentos do período da Regência, em que quase todos foram maçons, e iriam ter actuação marcante no movimento pela maioridade do herdeiro do trono.
Neste período regencial, as correntes políticas organizavam-se em diversos grupos, trazendo instabilidade ao regime: o grupo dos exaltados queria chegar, logo, à república e ao federalismo; temendo esses excessos, os reaccionários (chamados de restauradores, ou “caramurus”) desejavam a volta do imperador, enquanto se formava a corrente preponderante, a dos moderados, liderada pelo maçom e jornalista Evaristo Ferreira da Veiga.
Quando foi tomada a decisão de substituir a Regência Trina pela Regência Una, o Ir. Feijó foi eleito, a 7 de Abril de 1835, Regente do Império, com 2.828 votos, ante 2.251 dados a Holanda Cavalcanti, futuro Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. Assistia-se, mais uma vez, o eterno embate entre maçons liberais e conservadores.
Com o acirramento das lutas entre os restauradores, os exaltados e os moderados, os regentes, não mais podendo suportar a pressão, retiraram, por decreto de 1833, José Bonifácio da tutoria, após o que ele foi preso e posto em sua casa, onde ficaria confinado, sendo Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, cargo para o qual fora eleito a 6 de Novembro de 1832. Embora confinado – já ostentando o 33° grau, recebido a 5 de Março de 1833, do Supremo Conselho criado por Montezuma -, ele continuaria com a autoridade do cargo.
Ainda durante esse período, teria início, em 1835, a Revolução Farroupilha, movimento autonomista que se estenderia até 1845 e que, tendo sido liderado pelo maçom Bento Gonçalves da Silva, teve entre os seus expoentes outros dois maçons: David Canabarro e Giuseppe Garibaldi, que iria posteriormente lutar pela unificação italiana.
A 1° de Janeiro de 1842 era dissolvida a Câmara dos Deputados, ainda durante as sessões preparatórias, o que enfureceu os liberais, ocasionando as revoluções armadas de Minas Gerais e de São Paulo, esta última chefiada, pelos maçons padre Feijó e senador Vergueiro. A 9 de Setembro de 1850, sucedendo a Holanda Cavalcanti, tomava posse, como Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, o então visconde – depois marquês – de Abrantes, Miguel Calmon du Pin e Almeida.

O Ocaso do Passeio e a Criação dos Beneditinos

Enquanto isso, o Grande Oriente do Passeio conhecia um processo de franca deterioração. No início de 1861, o Grande Oriente do Passeio estava quase liquidado, com a passagem do visconde do Uruguai, ex-GM do Passeio, para o Grande Oriente do Brasil, acompanhado por cerca de 20 Lojas.
Em 1863, quando o Grande Oriente do Brasil, que funcionava agora na Rua do Lavradio e era conhecido daí por diante como Grande Oriente do Lavradio, livre das divisões, depois de absorver o Grande Oriente do Passeio, preparava-se para um período de pujança interna e externa, eis que surge uma grave cisão, com o afastamento de cerca de 1.500 maçons, que, sob a liderança de Ir. Joaquim Saldanha Marinho fundou uma nova Obediência, a qual tomou o nome do local onde funcionava: Grande Oriente do Vale dos Beneditinos ou, simplesmente, Grande Oriente dos Beneditinos.
A 25 de Novembro de 1963, em uma sessão tumultuada por elementos da oposição, o barão de Cayru era aclamado – dadas as circunstâncias – novo Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. Com o falecimento de Cayru, a 26 de Dezembro de 1864 era eleito Joaquim Marcelino de Brito para o Grão-Mestrado. Mesmo perdendo algumas Lojas para a agremiação de Saldanha Marinho, o Grande Oriente aumentou seu número de Oficinas, por meio da dinamização que a ele foi imposta, como reflexo da própria emulação provocada pela dissidência.
Em 1869, começavam gestões para reunificar as duas Obediências, por interferência da Maçonaria portuguesa, que, em Outubro daquele ano, realizara a fusão do Grande Oriente Lusitano com o Grande Oriente Português, daí resultando o Grande Oriente Lusitano Unido. Ocorre que o antigo Grande Oriente Lusitano havia assinado tratado de amizade e reconhecimento com o Grande Oriente dos Beneditinos, enquanto o Português possuía o mesmo tratado com o Grande Oriente do Lavradio, o que, depois da fusão, criou uma situação de mal-estar, fazendo com que os maçons portugueses pressionassem os brasileiros, para que estes imitassem as Obediências portuguesas.
Em decorrência disso, Saldanha Marinho propõe a Marcelino de Brito, no final de 1869, o início de um diálogo para a união das duas Obediências, o que foi aceito pelo Lavradio, formando, cada um dos grémios, em 1870, comissão destinada a estudar a questão e cujos trabalhos se estenderiam até 1871. No plano político-social, a actuação dos maçons e da Maçonaria foi, nessa década, bastante evidente e produtiva, em torno do abolicionismo, já bastante amadurecido, e do nascente movimento republicano.
Em relação ao abolicionismo, embora só nessa década e ele se tivesse tornado mais marcante, o facto é que diversos actos isolados, inclusive de maçons, já marcavam o movimento, como é o caso da atitude pioneira da República Rio-grandense, originária da eclosão da Revolução Farroupilha, liderada pelos maçons Bento Gonçalves e David Canabarro, fazendo libertar os escravos.
Depois da lei do maçom Eusébio de Queirós, de 1850, que extinguia o tráfico, a escravatura, no Brasil, continuou a ser mantida pela reprodução. Isso levou o Comité Francês de Emancipação, entidade organizada pelo Grande Oriente da França, a solicitar, ao governo brasileiro, em 1867, a libertação total dos escravos no País; o governo imperial, por meio de Zacarias de Góes, chefe do Gabinete, responderia atenciosamente ao pedido, esclarecendo que, após a Guerra do Paraguai, em que o Brasil se empenhava, a questão seria tratada com carinho.
A essa altura dos acontecimentos, muitas Lojas já se encontravam em plena efervescência abolicionista, além de republicana, já que, na realidade, a campanha pela abolição ocorreu, nos meios maçónicos, com a campanha republicana, sendo ambas baseadas na radicalização de posições assumidas por uma ala jovem da Maçonaria brasileira, representada no governo central, no Parlamento, nos quartéis, nas letras e nas ciências.
No tocante ao movimento republicano, não foi menor a actuação no período, já que, como fruto desse trabalho, era lançado, a 3 de Dezembro de 1870, o manifesto republicano, de inspiração maçónica, liderado por Saldanha Marinho e redigido pelo também maçom Quintino Bocayuva, futuro Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. Ficava, assim, criado o Partido Republicano, que iria crescer extraordinariamente nos anos seguintes.
Os estudos para a fusão do Grande Oriente do Brasil com o Grande Oriente do Vale dos Beneditinos, encerrando a dissidência de 1863, acabariam dando em nada, diante das posições que seriam assumidas por ambas as Obediências, a partir de Abril de 1871.
Uma comissão de notáveis havia sido designada para encontrar um nome aglutinador e experiente, para dirigir o Grande Oriente naqueles agitados dias. Indicado inicialmente, o conselheiro José Tomaz Nabuco de Araújo acabou por não aceitar, o que fez com que a comissão se fixasse no nome de José Maria da Silva Paranhos, o visconde do Rio Branco. Essa escolha suscitou muitas objecções, já que a oposição alegava que o visconde, não sendo membro efectivo do Supremo Conselho, não poderia se candidatar ao cargo de Soberano Grande Comendador Grão-Mestre. A objecção acabaria sendo superada, quando o Grande Oriente do Brasil resolveu considerar elegíveis todos os portadores do 33° grau do Rito Escocês, para os cargos de Grão-Mestre e de Grão-Mestre Adjunto.
Em 1870, como ministro dos Estrangeiros, no gabinete, do marquês de Itaboraí (Joaquim José Rodrigues Torres, que havia sido Grande Orador do Grande Oriente do Passeio), Paranhos havia assinado o tratado de paz com Assunção (Paraguai), o que lhe valeu a nomeação para o Conselho de Estado e o título de visconde do Rio Branco. Alguns dias antes de assumir o Grão-Mestrado do Grande Oriente do Brasil, ele se tornaria presidente a presidência do Conselho de Ministros, tendo seu Gabinete, sido o de mais longa duração de toda a história do Império, de 7 de Março de 1871 a 25 de Julho de 1875.
O mandato do visconde do Rio Branco no GOB representa um dos pontos altos da Maçonaria brasileira. A gestão de Rio Branco, à frente do Gabinete, foi das mais profícuas do Segundo Império. Do ponto de vista maçónico, entretanto, sua contribuição mais notável foi a apresentação da lei aprovada a 28 de Setembro de 1871, a qual declarava livres, daí em diante, as crianças nascidas de escravas e que passou à história com o nome vulgar de Lei do Ventre Livre (embora tenha, legislativamente, sido denominada “Lei Visconde do Rio Branco”). Sob pressão não só maçónica, mas também política, por parte dos que viam, nessa lei, uma alternativa ao caos que representaria urna imediata e extemporânea extinção total da escravatura, Rio Branco, aproveitando a viagem do imperador e da imperatriz Tereza Cristina à Europa, com a consequente regência entregue à princesa Isabel, apresentou a lei, que levou seu nome.
Como chefe do Gabinete, ele viria a enfrentar, também, a agitada Questão Religiosa, a qual, embora tenha sido uma pendência entre o alto clero e o governo imperial, acabou envolvendo ambas as Obediências maçónicas brasileiras da época. O pretexto para o desencadeamento das hostilidades foi uma festa maçónica realizada a 2 de Março de 1872, para comemorar a aprovação da lei Visconde do Rio Branco. Durante essa solenidade, pronunciou-se um discurso em que enaltecia a actuação da Maçonaria na libertação dos escravos, abordando os factos, desde a lei Euzébio de Queirós. Mas o estopim da crise foi aceso, na solenidade, quando o Grande Orador Interino, padre José Luiz de Almeida Martins, destacado maçom, pronunciou um veemente discurso, no qual enaltecia a Maçonaria e o Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, pela obra realizada em torno da abolição gradual da escravatura. O discurso foi publicado, no dia seguinte, pelos jornais diários, causando a reacção do bispo do Rio de Janeiro, que, advertindo o padre, exigiu que ele abandonasse a Maçonaria. Diante da recusa deste, o bispo o suspendeu. Isso acabaria desencadeando a querela.
Diante da reacção do bispo do Rio de Janeiro, as duas Obediências, do Lavradio e dos Beneditinos, apressaram-se a defender o Irmão atingido. Após o entrevero com os bispos, os dois Orientes tentaram se reunir, mas tudo foi em vão. No cenário político, no ano de 1873, ocorreria um facto de extraordinária importância para o movimento republicano: a Convenção de Itu, de inspiração maçónica e que tivera seus perídromos a 10 de Novembro de 1871, quando 78 partidários da república federativa haviam se reunido, em Itu, na Província de São Paulo, com a finalidade de organizar o partido republicano local, criando um clube republicano, que pudesse servir de núcleo e centro do partido. Como corolário desse movimento, a 18 de Abril de 1873, com a presença das principais lideranças políticas, era realizado a primeira Convenção Republicana no Brasil, a qual ficou conhecida como Convenção de Itu.
A par da campanha republicana, encetada por várias dessas Lojas, prosseguia a luta abolicionista, que contava com maçons de peso, como Luís Gama, Joaquim Nabuco e José do
Patrocínio. Em 1880, nas eleições realizadas a 15 de Março, Rio Branco era reeleito para o cargo de Grão-Mestre. O GOB, todavia, seria, na prática, dirigida pelo Adjunto, pois Rio Branco, cada vez mais doente, não tinha mais condições físicas para o exercício do cargo, vindo a falecer a 1° de Novembro do mesmo ano.
Em 1882 e sob o Grão-Mestrado de Cardoso Júnior, chegava ao fim a cisão na Maçonaria brasileira, com a fusão das duas Obediências. Saldanha Marinho, já doente e cansado, sem poder comandar, convenientemente, seu Grande Oriente “Unido”, pedira demissão de seu cargo, a 30 de Março de 1882, incentivando, inclusive, a fusão, cujas negociações foram mais incrementadas a partir do momento em que o Supremo Conselho dos Estados Unidos, jurisdição Norte, reconhecia o Grande Oriente do Brasil, em Junho do mesmo ano, ocasião em que foram expedidas as patentes de reconhecimento mútuo. Assim, a 18 de Dezembro de 1882, era considerado extinto o Grande Oriente Unido, antigo dos Beneditinos, oficializando-se a união 30 dias depois, a 18 de Janeiro de 1883, permanecendo uma Obediência única, sob o título original: Grande Oriente do Brasil.
No plano político-social, prosseguia a luta abolicionista e recrudescia a campanha republicana, com participação activa de muitas Lojas. A lei dos sexagenários que libertava os escravos que se encontravam nessa faixa etária, ou acima dela, e a lei Áurea de 13 de Maio de 1888, que extinguia totalmente a escravidão, completariam a luta abolicionista e ajudariam a precipitar o fim do império, já que a abrupta abolição causara grande descontentamento entre os proprietários de terras, pois não houvera tempo suficiente para que eles substituíssem, em suas lavouras, o braço escravo.
A campanha republicana, por seu lado, era incrementada pela Questão Militar, que, na verdade, consistiu em uma série de atritos, acontecidos entre 1883 e 1889, entre políticos e militares, causados pelo brio destes e pela inabilidade de políticos e ministros. Esses atritos iriam criar uma atmosfera propícia para o levante militar final, em 1889, o qual resultaria na implantação do regime republicano, sob a liderança de maçons militares como Manuel Deodoro da Fonseca e Benjamin Constant Botelho de Magalhães.
Apesar da intensa movimentação, os velhos militares, com patente de major para cima, tinham grande respeito pelo imperador, que, durante a guerra do Paraguai, se mantivera firme ao lado dos alvos nacionais da campanha sustentada pelas forças armadas. Os postos inferiores, entretanto, estavam preenchidos por jovens alunos das escolas militares, os quais, além de não experimentar sentimentos semelhantes aos dos oficiais mais antigos, estavam altamente doutrinados pelo professor de maior prestígio da Escola militar, aquele que viria, por sua actuação, a ser cognominado “o pai da República”: o maçom e positivista tenente-coronel Benjamin Constant, que fazia aberta apologia do movimento republicano e era um dos mais categorizados críticos do governo imperial.
A par das actividades militares, com a actuação de muitos maçons, era grande a efervescência nas Lojas e nos clubes republicanos de inspiração maçónica, destacando-se, nesse período, muitos maçons civis, que seriam chamados de “republicanos históricos”: Quintino Bocayuva (fundador do jornal A República e futuro Grão-Mestre do GOB), Campos Sales (futuro Presidente da República), Prudente de Moraes (primeiro presidente civil da República), Silva Jardim, Rangel Pestana, Francisco Glicério, Américo de Campos, Pedro de Toledo, Américo Brasiliense, Ubaldino do Amaral, Aristides Lobo, Bernardino de Campos e outros.
O levante para a Proclamação da República ocorreu em 15 de Novembro de 1889. Deposto todo o Conselho de Ministros, presidido pelo visconde de Ouro Preto, Deodoro, todavia, em um rasgo de sua antiga fidelidade a D. Pedro II, não se dispunha a tomar providências para implantar a república, tendo declarado, a Ouro Preto, que iria mandar procurar o imperador, em Petrópolis, para propor-lhe um novo gabinete. Foi aí que, mais uma vez, entrou em cena Benjamin Constant, que fez ver, a Deodoro, o perigo que eles correriam daí em diante, por sua rebeldia, com a sobrevivência do governo imperial. E, assim, se fez a república no Brasil.
Implantada a república, Deodoro assumiria o poder, como chefe do Governo Provisório, com um ministério totalmente constituído por maçons: Quintino Bocayuva, na Pasta dos Transportes; Aristides Lobo, na do Interior; Benjamin Constant, na da Guerra; Rui Barbosa, na da Fazenda; Campos Salles, na da Justiça; Eduardo Wandenkolk, na da Marinha; e Demétrio Ribeiro, na da Agricultura. Esses homens foram escolhidos pelo facto de representarem – com excepção de Rui Barbosa -, a nata dos “republicanos históricos”, que, por feliz coincidência, pertencia ao Grande Oriente do Brasil, em uma época em que a Maçonaria abrigava os melhores homens do País e a elite intelectual da nação.
A 19 de Dezembro do mesmo ano de 1889, pouco mais de um mês após a implantação da república, Deodoro, sendo chefe do Governo Provisório, era eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. A partir desta data, a “matriz Benjamim Constant” positivista toma o poder no GOB.

A República Velha

Durante o período da República Velha – 1889/1930 – assistir-se-á a um changez de place na Presidência da República entre dois grupos maçónicos: a matriz positivista e militar de Benjamin Constant e o núcleo civil e liberal do Estado de São Paulo. O final desta época culmina também com a grande cisão do GOB de 1927, inicio do declínio institucional da Maçonaria brasileira, que perdura até os dias actuais. Antes de 1927 a história da Maçonaria estava imbricada com a história do Brasil, para não dizer que eram a mesma, a partir de então as duas se separam.
A 24 de Fevereiro de 1891, o Congresso Constituinte aprovava e promulgava a primeira Constituição da República, a qual instituiu o presidencialismo, o laicismo e o federalismo. Dois dias depois, a assembleia elegia os governantes definitivos, colocando, portanto, fim ao Governo Provisório, que marcara a etapa de transição. Uma das chapas que se apresentaram à eleição tinha, como candidato à presidência, o marechal Deodoro, Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, e, como candidato à vice-presidência, o também maçom almirante Eduardo Wandenkolk, enquanto a chapa de oposição era encabeçada pelo maçom Prudente de Moraes tendo, como candidato a vice-presidente o marechal Floriano Peixoto. Deodoro venceu por estreita margem de votos (129 a 97), enquanto Floriano derrotava Wandenkolk. A partir de então a Marinha iria contestar o Exército que detinha as rédeas da República.
Deodoro encontrou um Parlamento hostil, que só o elegera sob a ameaça de intervenção armada. Não poderia, portanto, governar com ele. E o dissolveu, a 3 de Novembro de 1891. Com isso, perdeu todos os apoios, inclusive nos meios militares, pois uma ditadura seria uma mancha muito grande para um regime republicano que ainda engatinhava e que procurava sua consolidação. E quando, a 23 de Novembro, o almirante Custódio de Melo, a bordo do encouraçado Riachuelo, declarou-se em revolta, em nome da Armada, Deodoro, encontrando-se só, renunciou, para não desencadear uma guerra civil, entregando o governo ao seu substituto constitucional, Floriano Peixoto.
Deodoro, desencantado, então, com tudo, renuncia também ao Grão-Mestrado, em carta de 18 de Dezembro de 1891. No plano social, os maçons, diante dos problemas surgidos com a rápida industrialização do País, principalmente no Estado de São Paulo, começavam a tratar dos interesses do incipiente operariado industrial, ainda sem organismos protectores. A 30 de Junho de 1892, realizavam-se novas eleições para o Grão-Mestrado do Grande Oriente do Brasil, sendo eleito Macedo Soares.
Enquanto tudo isso ocorria, internamente, no âmbito externo político-social, os maçons, como toda a sociedade, em geral, enfrentavam tempos agitados. Existia um conflito entre os maçons militares positivistas do Estado do Rio de Janeiro e os maçons civis, principalmente do Estado de São Paulo. Após um período de conflitos civis e armados, Floriano entrega o poder, no final do seu mandato ao seu sucessor paulista, o Ir. Prudente de Moraes, que era o representante das oligarquias rurais e, portanto, do federalismo, enquanto os militares positivistas retornavam à caserna, finda que estava a espinhosa missão de consolidar o regime.
Obviamente houve, durante esse período, certa confusão entre as classes mais politizadas da nação, incluindo-se a Maçonaria, dirigida pelo conselheiro Macedo Soares. Enquanto uma parte do mundo maçónico, encontrada, principalmente, entre os oficiais das forças armadas, apoiava quase geralmente os actos de Floriano, outra facção, ligada à política regional e às oligarquias rurais, promovia revoltas, como a guerra civil do Rio Grande do Sul, envolvendo os parlamentaristas do maçom Silveira Martins e os presidencialistas, liderados por Júlio de Castilhos, que tinha o apoio de Floriano.
Terminado o governo do Ir. Prudente de Morais, o poder permaneceria, pacificamente, nas mãos das oligarquias rurais – como, de resto, ocorreu até 1930 – com a eleição do Ir. Campos Sales, expoente da Maçonaria do Estado de São Paulo, cujo governo foi caracterizado pelo grande realismo na política económico-financeira do maçom Joaquim Murtinho, ministro da Fazenda.
Em Fevereiro de 1901, realizadas novas eleições, no Grande Oriente do Brasil, era eleito, para o cargo de Grão-Mestre, Quintino Bocaiúva, que no dia da Proclamação da República, cavalgou ao lado do Mal. Deodoro, e tendo como Adjunto Henrique Valadares, discípulo na Escola Militar de Benjamim Constant. A matriz positivista mantinha o seu controle sobre o GOB.
Quintino Bocayuva, apesar de todo o trabalho efectuado, não podia se dedicar integralmente ao Grão-Mestrado, pois fora eleito e, a 31 de Dezembro de 1900, empossado no cargo de presidente do Estado do Rio de Janeiro, para um mandato de três anos, o que fez com que, em várias ocasiões, ele fosse substituído por Henrique Valadares. Mesmo assim, concluiu seu mandato no Grande Oriente, com grande saldo positivo, a 21 de Junho de 1904, entregando o malhete de supremo mandatário da Maçonaria brasileira ao general Lauro Sodré, positivista, Senador da República por vários mandatos, candidato à Presidente da República contra o Ir. Campos Sales, e secretário de Benjamin Constant quanto este ocupou a Pasta da Guerra.
Esta matriz positivista, juntamente com os maçons, também positivistas, do Estado do Rio Grande do Sul, entrará em conflito com os Presidentes da República da época, egressos da maçonaria liberal e civil do Estado de São Paulo. Lauro Sodré será até mesmo preso, enquanto GM do GOB, no encouraçado Deodoro por quase 6 meses.
Na política republicana brasileira, nessa década, entre outros maçons, sobressaiu-se o filho do visconde do Rio Branco, o barão do Rio Branco, Patrono da Diplomacia brasileira, que, em 1902, foi nomeado, pelo presidente Rodrigues Alves, ministro das Relações Exteriores do Brasil, ocupando o cargo até sua morte, em Fevereiro de 1912, durante os governos dos IIr. Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca, com grande destaque na resolução dos litígios com nações limítrofes.
No final do governo do Presidente Ir. Rodrigues Alves era eleito, para a presidência da República, o mineiro Ir. Afonso Pena, iniciando a alternância São Paulo-Minas Gerais no poder. Tendo sido eleito por uma coligação dos partidos situacionistas estadual – os verdadeiros donos da política da época -, que se havia oposto a um candidato da preferência de Rodrigues Alves, Afonso Pena encontraria o Congresso comandado por uma maioria liderada pelo senador Ir. Pinheiro Machado, líder político e maçónico, o que fazia supor que os problemas sucessórios deveriam ser submetidos, necessariamente, à apreciação desse grupo, composto por uma maioria de maçons de diversos Estados. Tendo surgido a candidatura do Ir. Davi Campista, em 1908, suscitando grande resistência, pois ele se proclamava um intervencionista, o grupo liderado por Pinheiro Machado esposou a candidatura do maçom Hermes da Fonseca, que, em sua gestão no Ministério da Guerra, criara fama de grande administrador.
Ocorreria, então, o falecimento de Afonso Pena, no auge da crise, com a consequente ascensão, ao poder, de Nilo Peçanha, também líder maçónico, o qual iria ser Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, de 1917 a 1919. Em torno dele, iria se fixar o oficializou político em relação à candidatura do Ir. Hermes da Fonseca, general e sobrinho de Deodoro da Fonseca, o que provocou, pela primeira vez na história da república, uma séria candidatura de oposição, por meio de Rui Barbosa. Hermes, todavia, seria eleito, pois tinha o apoio dos principais Estados.
Terminado o período de Hermes da Fonseca, os nomes mais cotados para a Presidência da República eram os do Ir. Pinheiro Machado e do Ir. Rui Barbosa: todavia, um acordo, entre os partidos republicanos dominantes de São Paulo e Minas Gerais traria à baila o nome do vice-presidente da República, o maçom Wenceslau Brás, o qual foi eleito sem oposição, enquanto o mundo se debatia na Primeira Guerra Mundial. Com a eleição de Lauro Sodré para governador do Estado do Pará, será eleito GM do GOB Nilo Peçanha em primeiro de Junho de 1917. O Brasil entrará na guerra a 26 de Outubro do mesmo ano.
No governo da República, acabado o mandato de Wenceslau Brás, em 1918 era eleito, para um novo mandato presidencial, Rodrigues Alves, que viria a falecer antes de tomar posse, o que fez com que o vice, Ir. Delfim Moreira assumisse até Julho de 1919. Como este, cansado e doente, não tinha condições de comandar a política nacional, foi eleito, para completar o quadriénio, Epitácio Pessoa, que teria de enfrentar graves crises políticas.
Em 1919, a política maçónica, liderada por Nilo Peçanha, foi geralmente de oposição ao presidente Epitácio Pessoa, pois Nilo havia indicado Rui Barbosa para completar o período governamental de Rodrigues Alves. Essa posição seria mantida, embora com menor intensidade, durante o Grão-Mestrado do general Thomaz Cavalcanti de Albuquerque, que viria a suceder Nilo Peçanha, quando este renunciou ao seu mandato, a 24 de Setembro de 1919. Enquanto o ambiente político estava agitado, diante da nova eleição presidencial e dos episódios que, supostamente, envolviam Arthur Bernardes, a situação do Grande Oriente também não era tranquila, pois iniciava a década com nova cisão, provocada por uma eleição fraudulenta.
Com a morte, a 28 de Janeiro de 1921, do Grão-Mestre Adjunto Luis Soares Horta Barbosa realizou-se novas eleições, a 25 de Abril daquele ano, para o preenchimento do cargo vago. A 3 de Março, havia se realizado, no Rio de Janeiro, uma convenção para a escolha do candidato ao cargo; nessa reunião, com pouco mais de 40 convencionais, surgiram duas candidaturas: a de Mário Marinho de Carvalho Behring, sustentada por uma pequena maioria, que detinha o poder no Grande Oriente, e a do general José Maria Moreira Guimarães. Com o apoio de São Paulo, que não se fizera representar na convenção, Moreira Guimarães obteve a maioria dos votos. Manipulando, todavia, os dados, a junta apuradora anulou votos de ambos os lados, mas principalmente os do general, de tal maneira que Behring acabaria sendo eleito. Como se verá mais adiante Behring será o responsável por uma das maiores cisões que sofrerá o GOB no século XX e que perdura até os dias actuais.
Ao final da gestão do general Thomaz Cavalcanti, Nilo Peçanha era indicado, mais uma vez, para o Grão-Mestrado. Os acontecimentos políticos do País, nesse agitado período, todavia, acabaria por tornar inoportuna sua candidatura – ele fora, inclusive, ilegalmente preso, apesar de suas imunidades como senador da República -, fazendo com que elementos ambiciosos saíssem da sombra e iniciassem o trabalho de intriga, visando galgar os altos postos do Grande Oriente do Brasil.
Os elementos que ambicionavam o Grão-Mestrado estavam ligados ao Ministério da Justiça de Artur Bernardes, então ocupado pelo maçom João Luis Alves. A 20 de Maio de 1922, Mário Behring seria eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, com o beneplácito de João Luis Alves. Enquanto isso, ia agitado o ambiente político nacional, com a publicação das cartas, atribuídas Arthur Bernardes – e que se verificou, depois, serem falsas -, contendo insultos ao Exército. Liderando a revolta contra as cartas, encontrava-se o Clube Militar, presidido pelo então por Hermes da Fonseca, o que provocaria a reacção governamental, com o fechamento do Clube e a prisão de Hermes, factos que provocariam o maior inconformismo das forças armadas e a revolta do Forte de Copacabana, a 5 de Julho de 1922, no episódio conhecido como o “dos dezoito do Forte”, que iniciou a mística do movimento conhecido como “tenentismo”, o qual iria assumir o poder com o golpe de 1930.
Eleito e empossado na Presidência da República, Arthur Bernardes teve um dos mais agitados períodos presidenciais, só comparáveis ao de Floriano, governando, praticamente, sob estado de sítio e intervenção federal nos Estados, embora combatido por alguns poucos destemidos, como o maçom Nilo Peçanha, ex-Grão-Mestre do Grande Oriente. Em seu governo, eclodiu, em São Paulo, a revolta de 5 de Julho de 1924 – durante a qual as Lojas maçónicas foram fechadas – chefiada pelo general Isidoro Dias Lopes e sufocada em 22 dias; no mesmo ano, em Outubro, estouraria, no Rio Grande do Sul, outro movimento rebelde, liderado pelo capitão Luís Carlos Prestes, que, juntamente com os remanescentes da revolta paulista, formou a “Coluna Prestes”, que realizou a marcha de 30 mil quilómetros pelo interior do Brasil, sempre perseguida pelas forças governamentais.

A Grande Cisão de 1927

A cisão de 1927 cria, no Brasil, as Grandes Lojas estaduais que vigoram até os dias actuais. No âmbito interno da Ordem Mário Behring estava licenciado, mas reassumiu a 23 de Junho de 1925, diante do risco que corria sua reeleição. Behring ganha às eleições num pleito fraudado. A partir de então as cisões no GOB ocorrerão sempre por perda de eleições. A Assembleia Geral, em sessão extraordinária, reconhecera a fraude. Estabelecido o impasse, em nova assembleia, no dia 8, os três candidatos propõem a anulação do pleito e a convocação de nova eleição. Em decorrência disso, Behring reassume, a 23 de Junho e dissolve o Conselho Geral da Ordem. Vinte dias depois, a 13 de Julho, ele renunciava ao Grão-Mestrado, após ver desmoronar seu sonho de reeleição e diante da impossibilidade de saldar o empréstimo contraído em 1924. Assumiria, então, como Grão-Mestre Interino, o Adjunto, Bernardino de Almeida Senna Campos, amigo e correligionário de Behring.
Em sessão especial da Assembleia Geral, a 21 de Dezembro de 1925, para apuração da nova eleição eram proclamados e reconhecidos os mais votados: Vicente Saraiva de Carvalho Neiva, para o cargo de Grão-Mestre, e João Severiano da Fonseca Hermes, para o cargo de Adjunto. Carvalho Neiva tivera 3.179 votos, enquanto Behring recebia apenas 317 em um verdadeiro julgamento plebiscitário de sua gestão. Apesar de renunciar ao cargo de Grão-Mestre, Behring manteve o de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do REAA, contrariando o disposto na lei maior do Grande Oriente, a qual previa a ocupação dos dois cargos pelo Grão-Mestre, já que a Obediência era mista, facto que fora totalmente aceito nos Congressos Internacionais de 1907, 1912 e 1922.
Nessa ocasião, Behring já começava a tramar a cisão que viria a ocorrer em 1927, pois tratara, a 2 de Novembro de 1925, de registrar os estatutos do Supremo Conselho, embora já houvesse um assento do Grande Oriente – como Obediência mista – englobando o Supremo Conselho, feito por ocasião da promulgação da Constituição de 1907. Esse registro de 1925, portanto, era totalmente nulo, mas serviria, posteriormente, aos desígnios de Behring.
Diante do conflito assume finalmente a direcção do GOB Octavio Kelly, que fora eleito para o cargo e empossado a 21 de Março do mesmo ano que tentará sanar os estragos promovidos por Behring. Behring, todavia, sabendo antecipadamente o que iria ocorrer, promoveu, no dia 17 de Junho de 1927 (aniversário do GOB), fora do Lavradio – e, portanto, às escondidas -, uma reunião extraordinária do Supremo Conselho, com apenas 13 membros efectivos, e declarou sua separação do Grande Oriente, sem ter esquecido, antes, de subtrair todos os papéis e documentos dos arquivos do Supremo Conselho, no Lavradio, transportando-os para outro endereço, em um flagrante delito maçónico, pois os papéis não lhe pertenciam.
Behring refere-se às eleições procedidas no Supremo Conselho desde 1921 e que se tornou necessário votar o tratado entre o Supremo Conselho e o Grande Oriente; e, considerando que vinha pedindo a reforma da Constituição, sem êxito, o Supremo Conselho deliberara, por unanimidade – de apenas 13 dos 33 membros – denunciarem, à Confederação Internacional do Rito, a situação, e, consequentemente, o tratado de 1926. E termina por anunciar que se desliga do Conselho Geral.
Os dirigentes do GOB não souberam aquilatar o significado de tal decisão, apelando para uma união bem próxima, sem saber que o golpe mortal sobre o Grande Oriente já fora veladamente desferido. Behring refere-se, inicialmente, às eleições procedidas no Supremo Conselho, em 1922. Diz que, após o malogro da Constituinte, fora necessário selar o tratado entre o Supremo Conselho e o Grande Oriente, para cumprir as resoluções da Conferência de Lausanne, de 1922. Que o Supremo Conselho vinha solicitando reforma da Constituição sem a obter e que, por isso, no dia 17, deliberara denunciar à Confederação Internacional do Rito a união em que vivia como Grande Oriente e, consequentemente, o tratado celebrado em 1926. Termina dizendo que o Supremo Conselho mantém seu decreto de 1921, motivo pelo qual ele reconhece, unicamente, as Grandes Constituições e os Estatutos do Rito Escocês, só lhe restando, portanto, se retirar do seio do Conselho da Ordem. Era a suprema rebelião. Mas dava a entender que haveria, apenas, a separação das Obediências – Supremo Conselho e Grande Oriente – sem que fosse provocada a cisão no simbolismo.
Behring, todavia, programara essa cisão, criando um substrato simbólico para o seu Supremo Conselho, na figura de Grandes Lojas estaduais. A primeira delas, a da Bahia, já havia sido fundada a 22 de Maio de 1927, recebendo, do Supremo Conselho, a carta constitutiva N° 1; outras duas, logo depois de declarada a cisão, foram: a do Rio de Janeiro e a de São Paulo. A partir de então a Maçonaria brasileira entrou em um processo de declínio, deixando de ser um grupo de elite estratégico para se tornar um grupo convencional de classe média como muitos que existem no Brasil.
A Revolução de 1930 ira aprofundar mais ainda essa característica até os dias actuais quando o crescimento do GOB a taxas chinesas poderá gerar uma mudança qualitativa. A 3 de Agosto de 1927, Behring e seus seguidores lançam um Manifesto às Oficinas Escocesas do Brasil e o um decreto – que ficou famoso pela atitude inusitada envolvida – declarando, oficialmente, o Grande Oriente como potência irregular no seio da Maçonaria Universal. O inusitado é uma Obediência dos Altos Graus escoceses declararem irregular uma Obediência simbólica. Mesmo assim, não deixou Behring, desde que promoveu a cisão, de cortejar a Grande Loja Unida da Inglaterra, no sentido de obter, desta, o reconhecimento para suas Grandes Lojas, o que lhes daria a tradicional regularidade emanada da Obediência Mater. Nada conseguiria, entretanto, como se verá posteriormente, pois a Grande Loja Unida da Inglaterra sempre reconheceu o GOB como seu parceiro no Brasil.

A Revolução de 1930

Enquanto o Grande Oriente do Brasil passava por essa convulsão interna, o País, depois do agitado período de Arthur Bernardes, iria conhecer um tempo de relativa tranquilidade, com a ascensão, à Presidência da República, do maçom Washington Luís Pereira de Sousa, em 1926. O governo de Washington Luís seria tranquilo até 1929 quando a grande crise mundial, desencadeada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York, trouxe problemas económicos ao País, com o grande aumento dos estoques de café, em uma situação agravada pela recusa do governo em auxiliar, financeiramente, a lavoura em crise.
O ano de 1930 começava, para todo o Brasil, sob o signo da tranquilidade. A par da grande depressão económica, oriunda da crise mundial de 1929, havia grande perturbação nas esferas políticas, em decorrência da crise que o País atravessava, com a violenta queda da estrutura económica, baseada na exportação do café.
Deste o início da República até 1930, São Paulo partilharia, com Minas Gerais, sua influência na política e na administração do País. Já antes da crise de 1929, a política de valorização do café, do governo de Washington Luís, encontrava adversária dentro do próprio Partido Republicano Paulista – PRP, que reunia a burguesia cafeeira de São Paulo.
Ao se aproximarem as eleições para a Presidência, o PRP indicava, para suceder a Washington Luís, o ex-presidente do Estado, líder do governo na Câmara e maçom Júlio Prestes de Albuquerque, deixando de lado dois nomes de projecção nacional: Borges de Medeiros, ex-presidente do Rio Grande do Sul, e Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, presidente de Minas Gerais. Este, então, passou à franca oposição, estabelecendo, com o Rio Grande do Sul, uma coligação política denominada “Aliança Liberal”, que lançaria a chapa Getúlio Vargas- João Pessoa, para combater a de Júlio Prestes-Vital Soares.
A 1° de Março de 1930, realizadas as eleições, vencia como era esperado, a máquina eleitoral do PRP, tendo, em ambos os lados, funcionado a fraude eleitoral. A oposição, então, começou a conspirar para promover o levante armado contra o governo, e tendo, o estopim da revolta sida o assassinato de João Pessoa, a tiros, por João Duarte Dantas, por simples questões familiares da Paraíba – Estados presidido por Pessoa – e sem nenhuma conotação política, mas que foi muito explorado pelos rebeldes.
Eclodida a revolta, em Porto Alegre, a 3 de Outubro de 1930, ela culminaria com a deposição do presidente constitucional, Washington Luís, e a entrega do poder a Getúlio Vargas, que governaria durante 15 anos, primeiro como chefe do governo provisório, depois, como presidente constitucional e, finalmente, como ditador absoluto, até sua deposição, em 1945. O golpe de 1930 e a ascensão de Vargas ao poder teriam grande repercussão na Maçonaria brasileira, proporcionando-lhe um período de estagnação e, até, de involução, do qual está até hoje se recuperando.
No Grande Oriente, Octavio Kelly, desencantado com a insistente oposição e as perseguições que lhe moviam, deixava o cargo, a 17 de Junho de 1930, só retornando a 3 de Julho, depois de promulgada a nova Constituição do GOB, a 19 de Junho. Em Outubro de 1930, diante da convulsão social e política, causada pelo golpe de 24 de Outubro, com implantação de estado de sítio e fechamento dos bancos, muitas Lojas suspenderam seu funcionamento, até por dificuldades de ordem financeira. No mesmo ano de 1930, o Grande Oriente do Brasil havia participado do Congresso de Bruxelas, realizado pela AMI (Associação Maçónica Internacional), sendo reconhecido como única Potência Simbólica no Brasil.

De 1930 até a Transferência da Capital

Da Revolução de 1930 até a transferência da capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília, inaugurada pelo Presidente Juscelino Kubitschek em 1960 poucos factos estratégicos foram dignos de nota na Maçonaria brasileira. Dentre estes podem ser citados o Tratado do GOB com a Grande Loja Unida da Inglaterra em 1934, pelo Grão-Mestre general Moreira Guimarães. A partir do de 1935, o ambiente político-social do País iria ser, mais uma vez, agitado, envolvendo evidentemente o Grande Oriente do Brasil, representante ainda de uma parcela ponderável e actuante da sociedade brasileira, apesar de ter perdido a característica de elite estratégica do país. Os extremismos de direita e esquerda passam a fazer parte do ideário político de parcelas ponderáveis da elite brasileira.
Driblando as escaramuças ideológicas Vargas, por meio da docilidade do Congresso, não tardou a dar o golpe de Estado. E este aconteceu a 10 de Novembro de 1937, quando era dissolvido o Congresso, extintos todos os partidos, extinta a Constituição de 1934 e publicada uma nova Constituição de cunho autoritário. Estava implantada a ditadura do Estado Novo.
Isso iria repercutir em todas as instituições sociais brasileiras, não sendo, o Grande Oriente do Brasil, uma excepção. O fechamento da Maçonaria foi aconselhado ao governo, a 25 de Novembro de 1937, 15 dias após o golpe.
Em 1941, as Lojas maçónicas que haviam permanecido fechadas desde a implantação do Estado Novo, em 1937, procuravam voltar à sua normalidade, embora sob a mira dos beleguins da ditadura, infiltrados na própria instituição, e embora sob o peso de decretos maçónicos castradores da liberdade de manifestação do pensamento. A 22 de Agosto de 1942, em vista da série de torpedeamentos dos navios mercantes por submarinos alemães, o Brasil, por nota ministerial, reconheceu o estado de guerra com os países do Eixo, pensando-se então no envio, à Europa, de uma Força Expedicionária Brasileira.
Em todo o desenrolar da guerra, como acontecera durante o primeiro conflito mundial, havia intensa movimentação e comunicação maçónicas entre Obediências. Em Abril de 1943, atendendo à solicitação do governo, o Grande Oriente recomendava, às Lojas, que adquirissem bónus de guerra, para auxiliar o esforço bélico dos países aliados. Com o fim da guerra, o ditador Getúlio Vargas era deposto por um golpe de estado, a 29 de Outubro de 1945.
Em 24 de Junho de 1953, foi eleito Grão-Mestre o almirante Benjamin Sodré, filho do ex-Grão-Mestre Lauro Sodré, tendo como Adjunto Cyro Werneck de Sousa e Silva, que seria GM a partir de 1955. A matriz positivista ainda dava as cartas no GOB. Vargas voltaria ao poder por eleições directas em 1950. Em meados de 1954, o Brasil passava por um dos grandes traumas de sua existência, o qual propiciaria uma grave crise política e institucional. Surgiram denúncias e mais denúncias de escândalos administrativos, aproveitados pela oposição, à frente da qual se destacava o jornalista e deputado Carlos Lacerda, filho do político e maçom Maurício de Lacerda. No dia 4 de Agosto de 1954, ao retornar de uma conferência, Lacerda foi vítima de um atentado a tiros, no qual foi morto um oficial da Aeronáutica; e a situação iria se tornar extremamente grave quando o inquérito, então instalado, mostrou que o assassino era dirigido por um áulico do presidente. Este, a 23 de Agosto, crendo que venceria a crise, com um pedido de afastamento temporário, viu na manhã seguinte que isso não satisfazia a oposição. Sem poder, então, contornar a crise, suicidou-se, nesse dia 24, com um tiro no coração.
Assumindo em meio à crise e ao trauma gerado pelo gesto de Vargas, o vice-presidente João Café Filho presidiu a eleição do novo presidente da República. Foi eleito, então, o ex-governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek de Oliveira, tendo como vice-presidente João Goulart. O qual da que tomaram posse a 31 de Janeiro de 1956. Em 1957, O Grande Oriente do Brasil participava como Obediência internacionalmente reconhecida, do Congresso Maçónico Internacional de Haia, na Holanda. Na exposição, então apresentada, o Grão-Mestre Cyro Werneck fala da história do Grande Oriente e dos reconhecimentos internacionais de que ele desfrutava, naquela época.
No governo da República, o presidente Juscelino Kubitschek, programando uma série de metas a ser atingidas, tinha como fundamental a mudança da capital federal do Rio de Janeiro para o Planalto Central, aspiração que, embora fosse muito antiga – lembrada, já, na Constituinte do Império, de 1823, e registrada na Constituição republicana de 1891 -, jamais fora levada avante. Em decorrência, entretanto, da firmeza do governo, lançando as bases de Brasília, a nova capital, no Planalto Central, várias entidades – e, entre elas, o Grande Oriente – começaram a planejar a futura mudança de sua sede central para o novo Distrito Federal.
O ano de 1961 começava, para o Brasil, com a posse de um novo presidente da República, Ir. Jânio Quadros que durou apenas 7 meses no poder, tendo renunciado em Agosto de 1961. Isso desencadeou uma crise política sem precedentes na história republicana, envolvendo, também, o Grande Oriente do Brasil -, pois, depois de o cargo ser entregue, na forma constitucional, ao presidente da Câmara Federal, Pascoal Ranieri Mazzilli, já que o vice-presidente João Goulart estava viajando pela Ásia, os ministros militares, considerando perigosa a entrega do poder a Goulart, pediam ao Congresso a declaração de seu impedimento. Seguiram-se alguns dias de apreensões, com vários segmentos da sociedade defendendo a intangibilidade do mandato do vice-presidente.
O Grão-Mestre Cyro Werneck, em nome do Grande Oriente do Brasil, manifestou-se publicamente pelo respeito à Constituição, com a consequente posse de Goulart na Presidência.

O Movimento Militar de 1964

Diante dos protestos emanados de diversos sectores da sociedade brasileira, encontrou- se, depois de dez dias de incertezas, uma solução política para a crise: o Congresso resolvia convocar o vice-presidente, mas tirava-lhe os poderes, aprovando, sob a forma de Acto Adicional à Constituição, a instituição do sistema parlamentarista. A 7 de Setembro de 1961, Goulart assumia o cargo, indicando para a presidência do Conselho de Ministros o político mineiro Tancredo Neves, do PSD.
No Grande Oriente do Brasil, nesse ano de 1963, ocorriam novas eleições para os cargos de Grandes Dignidades, sendo eleito Grão-Mestre Álvaro Palmeira, empossado a 24 de Junho. Enquanto o Grande Oriente entrava em fase de relativa calmaria, o ambiente político do País prosseguia em crescente agitação, pois Goulart, fortalecido pelo plebiscito de 1963, propunha, ao Congresso, várias reformas de base (agrária, fiscal, política e universitária), que, embora reconhecidas como necessárias pela maioria oposicionista no Congresso, suscitavam discordâncias pela maneira como seriam feitas, principalmente a reforma agrária.
Na madrugada de 31 de Março, irrompia o movimento político-militar, que iria depor Goulart, ocasionando sua fuga para o exterior. Em seguida, era emitido um acto institucional, que suspendia as garantias constitucionais e iniciava um expurgo na vida pública do País.
A 15 de Abril, eleito pelo Congresso, assumia a Presidência da República o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Nesses agitados dias, embora houvesse uma divisão de opiniões na Maçonaria brasileira, a maioria dos maçons apoiou, inicialmente, o movimento, diante da situação caótica para a qual caminhava o País. Em nenhum momento, no período do regime militar, o Grande Oriente do Brasil, como instituição, foi molestado, embora a repressão que se seguiu à queda de Goulart tenha atingido a intimidade dos templos maçónicos, não directamente pelo governo, mas por meio da corrente que apoiara o movimento e que iniciava, no seio da instituição, uma verdadeira caça às bruxas, a qual iria ser incrementada a partir de 1968, quando foi fechado o Congresso Nacional e editado o Acto Institucional N° 5 – AI-5. Era a “revolução na revolução”.

A Cisão de 1972-1973

Em 1973 aconteceu a última cisão, também por questões eleitorais, em 27 de Maio, quando vários Grão-Mestres estaduais abandonaram o GOB. Tal movimento, sob a liderança do Grão-Mestre de São Paulo Ir. Danilo, eliminado anteriormente do GOB, assinaram uma proclamação onde se declaravam autónomos, surgindo ali o Colégio de Grão-Mestres, que resultou actualmente na COMAB – Confederação da Maçonaria Brasileira.
Sérias dissensões no Grande Oriente do Brasil iriam ser uma das causas remotas da crise institucional que a Obediência enfrentaria, a partir de 1970, resultando na cisão de 1973, produto do acirramento ideológico. No governo federal, sucedendo ao presidente Castelo Branco, assumia o governo, a 15 de Março de 1967, o marechal Arthur da Costa e Silva. No dia da posse de Costa e Silva, entrava em vigor a nova Constituição brasileira, que fora promulgada pelo Congresso Nacional a 24 de Janeiro.
Durante todo esse período o GOB não se notabilizou por alguma acção de vulto, mantendo um perfil baixo, dentro daquele padrão de declínio desde a grande cisão de 1927. No âmbito governamental, nova crise iria acontecer com a doença do presidente Costa e Silva e seu consequente afastamento do governo. Constitucionalmente, deveria assumir o vice-presidente Pedro Aleixo, o qual, todavia, por ter se pronunciado contra o AI-5, foi impedido de tomar posse, a 31 de Agosto de 1969, pela junta militar que assumiria, provisoriamente, o poder. Logo depois, a junta declararia extinto o mandato de Pedro Aleixo e providenciaria uma nova eleição indirecta pelo Congresso Nacional.
Seria, então, eleito, a 25 de Outubro, o general Emílio Garrastazu Médici, que tomaria posse a 30 de Outubro, implantando profunda censura a todos os órgãos da comunicação social nacional. No Grande Oriente do Brasil, por essa época, já circulava, pelas Lojas e Corpos Maçónicos, uma publicação, denominada Prancha Informativa, que, sob a responsabilidade do Ir. Felix Cotaet, deputado à Soberana Assembleia Federal Legislativa – com o apoio e a assessoria de outros deputados da bancada paulista -, trazia notícias daquele corpo legislativo do Grande Oriente do Brasil. Apesar de constar como de “Circulação restrita aos maçons do Grande Oriente do Brasil”, a publicação, como o próprio autor divulgou, era enviada a autoridades civis e militares e não poucas vezes continhas criticam contundentes ao então GM do GOB, Ir. Moacyr Arbex Dinamarco, a quem fazia, notoriamente, oposição. Aproveitando o clima da época e sob a alegação de que, como oficial da reserva do Exército, cabia-lhe uma parcela da defesa da democracia, o autor inseria, em sua Prancha Informativa, mal velada insinuações de “infiltração comunista no Grande Oriente do Brasil”, a qual aconteceria, segundo ele, sob as vistas grossas do GM.
Quando empossado no Grão-Mestrado do Grande Oriente de S. Paulo, a 17 de Junho de 1969, o Ir. Danilo José Fernandes, havendo derrotado o candidato oposicionista, apoiado por Cotaet, Nery Guimarães e outros, passou a sofrer, na Prancha Informativa, o mesmo tipo de críticas que Dinamarco. Diante das críticas, Danilo, depois de grandes altercações com Cotaet, proibia a circulação da Prancha Informativa, a 25 de Fevereiro de 1970. A 13 de Agosto, seis meses após a edição da circular – que não havia suscitado reacção quando publicada -, Cotaet apresentava denúncia à Secretaria de Segurança Pública, contra o Grande Oriente do
Brasil e o Grande Oriente de S. Paulo, tentando envolver o Grão-Mestre Geral, Moacyr Arbex Dinamarco, e comprometer o Grão-Mestre de S. Paulo com as autoridades da área da Segurança Nacional. Foi, então, instaurado um inquérito policial-militar, o qual teria um desfecho, em Outubro de 1971, quando o Juiz Auditor determinou o arquivamento dos autos, considerando infundada a denúncia.
Apesar do tumulto no Poder Central, o Grão-Mestre continuava tentando manter a normalidade administrativa e social e comemorar os festejos do sesquicentenário do Grande Oriente do Brasil, os quais seriam realizados em Junho de 1972.
O ano de 1971 começava, para o GOB, com a grande agitação provocada pelas pressões, sobre o GM Dinamarco, dos integrantes do grupo já referido, em torno de uma suposta “infiltração comunista” na Obediência, a partir de S. Paulo e de seu Grão-Mestrado estadual. Pouco tempo depois Felix Cotaet era suspenso de todos os seus direitos maçónicos no Grande Oriente de São Paulo. Um novo conflito surgiria quando da escolha do candidato à sucessão de Dinamarco, que soou, para alguns como um jogo de cartas marcadas, pois, como o Grão-Mestre podia deter a maioria de votos da Soberana Congregação, já que muitos de seus componentes eram nomeados pelo próprio Executivo, venceria aquele que, por este, fosse indicado. Pelos cálculos desses, que se opunham à política do Poder Central e a um eventual continuísmo, só poderiam ser contrários ao candidato indicado pelo Grão-Mestrado, alguns dos 15 Grão-Mestres estaduais e o antecessor de Dinamarco, Álvaro Palmeira. Surgiam, então, como eventuais candidatos de oposição, os Grão-Mestres estaduais Athos Vieira de Andrade (Minas Gerais), Enoch Vieira dos Santos (Paraná), Frederico Renato Mótola (Rio Grande do Sul), Miguel Christakis (Santa Catarina) e Danilo José Fernandes (São Paulo).
No início de 1972, a posição do Grão-Mestre de S. Paulo era de frontal oposição ao Grão-Mestre Geral. Enquanto isso, a 19 de Abril de 1972, acontecia, em São Paulo, uma reunião, da qual resultaria a “Proclamação de São Paulo”, com o lançamento das candidaturas de Athos Vieira de Andrade (Minas) e Raphael Rocha (Rio de Janeiro), para os cargos de Grão- Mestre e Adjunto, respectivamente, nas eleições que seriam realizadas em 1973.
A 9 de Maio, processado e julgado pelo Tribunal de Justiça Maçónico, Danilo tinha suspensos seus direitos maçónicos, sob a alegação de que a dívida de São Paulo para com o Poder Central não fora paga. Iniciou-se uma querela jurídica entre o GM do GOB e o Grão- Mestre de São Paulo sobre despesas não-pagas.
Diante do impasse, a situação agravou-se. Danilo enviou petição ao Tribunal de Justiça Maçónica, propondo a formação de uma Comissão de Verificação, destinada a proceder ao levantamento e acerto das contas; declarou, também, que aceitaria como definitivo o relatório dessa Comissão. O Tribunal decidiu não tomar conhecimento da petição, por entender que Danilo estava com seus direitos suspensos e não poderia solicitar em nome próprio nem requerer como Grão-Mestre de S. Paulo. Diante disso, Danilo ingressava em Juízo, em uma das Varas Cíveis do Rio de Janeiro, ou seja, na Justiça profana.
Deveria assumir o grão-mestrado estadual o adjunto que não conseguiu o seu intento. A oposição lança então as candidaturas Athos Vieira de Minas Gerais e Raphael Rocha do Rio de Janeiro e era assinado pelos seguintes grão-mestres estaduais: Danylo José Fernandes, Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo; Enoch Vieira dos Santos, Grão-Mestre do Grande Oriente do Paraná; Miguel Christakis, Grão-Mestre do Grande Oriente de Santa Catarina; Frederico Renato Móttola, Grão-Mestre do Grande Oriente do Rio Grande do Sul; Gumercindo Inácio Ferreira, Grão-Mestre do Grande Oriente de Goiás; Manuel Paes de Lima, Grão-Mestre do Grande Oriente de Pernambuco. Posteriormente, essa proclamação recebeu o apoio de Salatiel de Vasconcellos Silva, Grão-Mestre do Grande Oriente do Rio Grande do Norte; Celso Fonseca, Grão-Mestre do Grande Oriente de Brasília; e Cyro Werneck de Souza e Silva, ex-Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.
O Grão-Mestre Geral, então, nomeia a 26 de Maio de 1972, o general reformado Luiz Braga Mury, como interventor no Grande Oriente de S. Paulo. Danilo obtinha liminar ao mandado de segurança impetrado junto ao Tribunal de Justiça do Estado de S. Paulo e era reintegrado no cargo, retomando a posse do prédio.
Um longo conflito iria perdurar em São Paulo, ao mesmo tempo, lançam-se como candidatos oficiais ao Grão-Mestrado: Osmane Vieira de Resende (que era Adjunto), para Grão-Mestre, e Osiris Teixeira, de Goiás, senador da República e obscuro maçom, para Adjunto.
Realizadas as eleições, o resultado oficial mostrava a vitória de Osmane, com 2129 votos, ante 1107 dados a Athos, enquanto Osiris Teixeira também vencia, com 2046 votos, diante de 1180 de Raphael Rocha. Segundo a oposição, entretanto, o resultado “extra-oficial” consignava 7175 votos para Athos, contra 3820 para Osmane; e 7195 para Raphael, contra 3794 para Osiris. Ocorre que, no Tribunal, mais de 6 mil votos de Athos foram anulados, enquanto Osmane perdeu menos de 2 mil, tendo, isso, acontecido sob a alegação de débitos com o Poder Central e preenchimento irregular das actas das eleições. Todo o processo ocorreu num ambiente bastante agitado, já que os representantes da chapa oposicionista, na apuração alegavam fraudes na anulação de actas eleitorais, com parcialidade do tribunal, em favor dos candidatos oficiais.
A partir daí estava deflagrada nova cisão no GOB com a perda de inúmeros Irmãos de escol de diversos estados brasileiros tais como: São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Estado do Rio de Janeiro. O Estado de Goiás que permaneceu coeso em torno do GOB iria jogar um papel importante no desenrolar dos acontecimentos, além do mais a Capital da República tinha se mudado do Rio de Janeiro para Brasília. O facto lamentável, contudo, era que se tornou ainda mais fraca a Maçonaria brasileira.
A 24 de Junho de 1973, tomava posse, como Grão-Mestre do GOB Osmane Vieira de Resende que realizou uma gestão opaca. A 15 de Março de 1974, o Brasil tinha novo presidente, com a posse do general Ernesto Geisel, também eleito pelo Congresso Nacional, a 15 de Janeiro. Pouco depois, a 16 de Maio, o presidente da República recebia, em audiência, o Grão-Mestre Geral e seu Adjunto, quando este, como senador do partido situacionista, leu um ofício em que o Grande Oriente reafirmava seu apoio ao governo que havia se instalado após o movimento de 1964.

Da Redemocratização ao Dias Actuais

Dos governos dos Presidentes Ernesto Geisel e João Batista Figueiredo até à redemocratização as gestões do GOB foram opacas para não dizer lamentáveis, até a eleição de Jair Assis Ribeiro de Goiás. Digno de nota foi que o Senador Osíris Teixeira empossado no cargo, a 24 de Junho de 1978, já a 13 de Julho, providenciava a mudança da sede do Grande Oriente do Brasil para a capital federal, Brasília, que já tinha a estrutura suficiente para abrigar a Obediência.
Em Março de 1983, era eleito, para o cargo de Grão-Mestre Jair Assis Ribeiro, que representou um marco de ressurreição da Maçonaria brasileira. Não só responsável pela construção do Palácio Maçónico de Brasília como também por ser um pacificador do GOB. A gestão de Jair Ribeiro iria assistir à redemocratização do Brasil com as primeiras eleições directas para presidente da república desde 1964. Com a eleição do Presidente Tancredo Neves, que não tomaria posse, por vir a falecer poucos dias depois de eleito, assumiu a Presidência, o vice José Sarney.
Se Jair Assis Ribeiro representou um ponto de inflexão no declínio da Maçonaria brasileira e eleição de Murilo Pinto pode ser vista como a consolidação, a abertura para o exterior – depois de décadas de isolamento de administrações provincianas desde Cyro Werneck – e um robusto programa de educação maçónica. A gestão de Laelson Rodrigues pode ser vista como de saneamento financeiro do GOB e de consolidação de abertura para o exterior. A de Marcos José da Silva, ainda é muito nova para algum tipo de comentário mais profundo.
Actualmente a Maçonaria do GOB atravessa uma fase de criação de Lojas de Pesquisa, Lojas universitárias e Academias Maçónicas, Acção Paramaçónica Juvenil, Fraternidade Feminina, etc.
William Almeida de Carvalho

Notas

[1] William Almeida de Carvalho, Maçonaria, Tráfico de Escravos e o Banco do Brasil (São Paulo: Ed. Madras, 2010).

Anexo 1

Grão-Mestres do GOB
  • José Bonifácio de Andrada e Silva – Ministro – 1822
  • Pedro I- Príncipe Regente e Imperador – 1822
  • José Bonifácio de Andrada e Silva – Ministro – 1831 a 1838
  • António Holanda Cavalcanti – Visc. de Albuquerque – 1838 a 1850
  • Miguel Calmon du Pin e Almeida – Marquês de Abrantes – 1850 a 1863
  • Honorário Luiz Alves de Lima e Silva – Duque de Caxias – 1850 a 1863
  • Bento da Silva Lisboa – Barão de Cayrú – 1863 a 1865
  • Joaquim Marcelino de Brito – Sup.Tribunal de Justiça – 1865 a 1870
  • José Maria da Silva Paranhos – Visconde do Rio Branco – 1870 a 1880
  • Francisco José Cardoso Junior – Marechal – 1880 a 1885
  • Luiz Antonio Vieira da Silva – Visconde Vieira da Silva – 1885 a 1889
  • João Baptista Gonçalves Campos – Visconde de Jary – 1889 a 1890
  • Manoel Deodoro da Fonseca – Presidente do Brasil – 1890 a 1891
  • Antonio Joaquim de Macedo Soares – Conselheiro – 1891 a 1901
  • Quintino Bocayuva – Ministro de Estado – 1901 a 1904
  • Lauro Nina Sodré e Silva – General e Senador – 1904 a 1916
  • Interino Francisco Glicério de Cerqueira Leite – General – 1905
  • Veríssimo José da Costa Júnior – Almirante – 1916 a 1917
  • Nilo Procópio Peçanha – Presidente da República – 1917 a 1919
  • Thomaz Cavalcanti de Albuquerque – General – 1919 a 1922
  • Mário de Carvalho Behring – Engenheiro e Jornalista – 1922 a 1925
  • Interino Bernardino de Almeida Senna Campos – 1925
  • Vicente Saraiva de Carvalho Neiva – Ministro do STF – 1925 a 1926
  • João Severiano da Fonseca Hermes – 1926 a 1927
  • Octávio Kelly – Ministro do STF – 1927 a 1933
  • José Maria Moreira Guimarães – General – 1933 a 1940
  • Joaquim Rodrigues Neves – 1940 a 1952
  • Benjamin de Almeida Sodré – Almirante – 1952 a 1954
  • Cyro Werneck de Souza e Silva – Advogado – 1954 a 1963
  • Álvaro Palmeira – Professor – 1963 a 1968
  • Moacir Arbex Dinamarco – Médico – 1968 a 1973
  • Osmane Vieira de Resende – Odontólogo – 1973 a 1978
  • Osiris Teixeira – Senador – 1978 a 1983
  • Jair Assis Ribeiro – Empresário – 1983 a 1993
  • Francisco Murilo Pinto – Desembargador – 1993 a 2001
  • Laelso Rodrigues – Empresário – 2001 a 2008
  • Marcos José da Silva – Funcionário Público – 2008 a 2013.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Às suas Excias. do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL .'. pp.'.

Excelências: nossa saudação fraternal

Nada sou além de um eterno aprendiz, mas aos 72 anos de idade, quase que na linha de chegada, me sinto no direito de me manifestar. As ideologias no meu entendimento são "colocadas" em cada um de nós, por meio de convencimentos feitos por lideres interessados que elas sejam implantadas em cada um de nós. Há muito tempo, vivendo sob a governança de lideres políticos com ideologias de esquerda, ditas socialistas/ comunistas, embora não acredite que ELES , tenham estas ideologias, foram por interesses pessoais, partidários e tudo mais, impostos ao cidadão comum brasileiro, através do professorado que aceitou estas ideologias e que também foram por interesses classistas.

Concordamos que a DEMOCRACIA , é o melhor caminho ou é um regime que melhor serve a sociedade dos homens de bem. Eu me considero semi analfabeto, mas suas Excelências com toda a cultura adquirida, entendem que em cada País o regime de governo, segue o que mais interessa aos governantes. O comunismo, existe hoje, em poucos países, mas até mesmo na CHINA , eles querem demonstrar que não e que embora pertençam todos ao PARTIDO COMUNISTA , o regime seria socialista. Tudo uma grande mentira.
Suas excelências como cultos que são , sabem porque originou a criação do ESTADO. O homem vivendo sem regras era um desastre, mas que não tinha outra alternativa, cada um se defendia como podia, para sobreviverem. Gradativamente os Estados, tiveram a forma e regimes modificados, sempre buscando a criação de um Estado justo e quase perfeito, onde tudo deveria ser feito em prol do bem comum.

Todos sabem que a nossa DEMOCRACIA, precisa ser reformulada, pois não atende ao povo como um todo. As Leis, são criadas, mais pelo interesse de alguns e não em favor de todos. A maioria do que existe em nossa legislação, é fruto de aprovação em razão do medo na perda do voto. Os parlamentares precisam contentar o povo e grupos que nos impõe que sejamos IGUAIS em todos os sentidos, mas não sou obrigado a ser GAY por exemplo, só porque acham isto normal e maravilhoso. Tenho independentemente de Lei , respeitar quem quer que seja e se cometer algo gratuito, responder e ser responsabilizado. Agora ME TORNAR IGUAL , nem a |Lei , pode me obrigar a isto.
O próprio STF , já se manifestou que as autoridades constituídas, não devem OUVIR O POVO. Mas...as LEIS , deveriam ser em favor do povo, honesto, ordeiro, trabalhador e não da classe política, que se acoberta pela força do cargo, de empresários apadrinhados, de pessoas de poder econômico magnifico. Será que a LEI é realmente para todos ? Temos duvidas, pois somente os que possuem recursos é que conseguem levar o processo até última instância e com isto conquistarem a prescrição.

O cidadão comum, tem permanecido na prisão, mesmo sem o devido julgamento, mas .....grandes autoridades, empresários, amigos do REI , estão todos libertos, mesmo depois da prática de grandes desvios, corrupções.  Fala-se hoje em RACHADINHA , mas aqui em SP , já tivemos isto , com denuncias contra o PT ; no RJ temos dezenas de parlamentares envolvidos mas somente um tem sido um alvo mais certeiro. Contra o PSDB , nada caminha que seja contra. AÉCIO , com tantos fatos denunciados nada acontece e tudo se estende até chegar à prescrição e assim tem acontecido com a família Sarnei , não sei o que Barbalho, um tal de RENAM e por ai vai .
O cidadão comum , entende que não esta sendo praticado a igualdade de direitos. Os bem aventurados ganham mais do que os não bem aventurados.

Grande parte do POVO , induzidos pelos discursos mentirosos dos esquerdistas, querem que o ESTADO custeie tudo e não pode ser assim. Existem limites e todos nós precisamos ir em busca da nossa autonomia.

Aprendi desde meu nascimento, que deveria ir em busca de muitas realizações e que nem meu Pai tinha esta obrigação. Por isto iniciei trabalho registrado aos 14 anos de idade. Tenho mais de 45 anos com registro , mas não consegui a aposentadoria que merecia. Mesmo depois de me aposentar proporcionalmente, continuei por mais quase 15 anos contribuindo para a Previdência e em nada isto me beneficiou. Nem quando tinha diagnóstico de CANCER , tive a doação dos deuses, auditores da receita federal, onde apesar de todos os atestados médicos do ACCAMARGO e outros, me pediram um LAUDO do ESTADO , que demorou mais de um ano , para me conceder, tendo me obrigado a pagar tudo. Assim é a realidade da vida . Fui radialista , servi o Exercito porque quis e depois de estar na iniciativa privada, prestei concurso, sem mesmo saber o que iria fazer , mas queria servir, fiquei como policial civil por 23 anos. Como assistente social, demos a nossa contribuição por quase quinze anos. Com grandes dificuldades em razão da saúde, me afastei do curso de direito, mas retomei e estamos tentando realizar um sonho. Nunca tive ajuda do ESTADO . No Depto. Médico do Estado, tive que escutar quando pela primeira vez, passei por ELE, de uma médica que ia me atender, falando com um colega, falou que eu estava é nervoso, sem me atender e nada, enquanto que o "professorado" e em grande número, estava de atestado particular na mão para renovar a licença que já cumpriam por grande tempo. As injustiças existem e não deveriam existir se todos fossem HONESTOS no que fazem.

O POVO FALA EM INTERVENÇÃO SENHORES, porque os parlamentares e nem o STF , tem promovido decisões em favor dele . Se é para continuarmos como estamos, onde poucos mandam e poucos se beneficiam e tendo um Congresso comprometido, muitos, mas muitos preferem a intervenção até que possamos novamente colocar a casa em ordem .

E tenho dito .'. sem medo de qualquer represália, pelo meu manifesto, pois acredito no que a CONSTITUIÇÃO FEDERAL ME FACULTA .

quinta-feira, 25 de junho de 2020

TUDO MUITO TRISTE

Verdade. Tudo muito triste, pois a globalização , modernidade, novas tecnologias, bem como novas regiões, não nos promove a EVOLUÇÃO QUE TUDO ISTO NOS PROMETEU E PROMETE.
O SER humano , está sim, desaprendendo. Não evolui. A busca da grande maioria , como vem acontecendo em todo o mundo é tão somente a de se dar bem . De se conquistar bens materiais. É isto que todos procuram valorizar. A relação humana, vem se deteriorando. O que era uma brincadeira, e nunca teve nada de racismo, preconceito e discriminação, hoje tudo é .
Não se pode mais promover humor , com piadas do português e nem dos brasileiros. Não podemos mais respeitosamente chamar o nosso amigo de "negão" . Estamos perdendo a liberdade por pressão e oposição de grupos que tem promovido é a divisão dos seres humanos. Tudo hoje é : RACISMO, HOMOFOBIA, DISCRIMINAÇÃO, PRECONCEITO. Nem olhar podemos, pois se se você estiver olhando para alguém e ele entender equivocadamente este olhar , ele vai acusar . Hoje se fala do assédio moral , quem nem sempre é o que se denuncia.
No olhar das lideranças de diversos grupos tudo é crime e tudo vem sendo denunciado sem critério.

Temos sim que combater os que gratuitamente agridem as mulheres, os LGSBTS .. Não podemos em nenhum momento permitir as agressões contra o nosso próximo. NO entanto estas  denuncias são feitas contra seres humanos iguais a nós e que em grande maioria não praticaram o denunciado. E o pior é que indiscriminadamente colocam na mídia , expondo todos a tudo.

A luta que deveria acontecer em prol do bem comum , em favor do SER HUMANO, na verdade não acontece. Muitas ações são praticadas por lideres de grupos com ideais políticos e que por isto generalizaram tudo e todos .

Precisamos lutar é por melhores dias, mas de maneira que todos nós unidos praticando esforços no sentido de sermos melhores a cada dia .
A educação que se teve em casa, a formação escolar conseguida de forma correta e sem ideologias sem sentido é que nos permitira , mudarmos este quadro .

CADA UM BRIGA POR SI E NÃO SE PROCURA PESQUISAR A REALIDADE DO FATO E DOS ATOS. ACEITA-SE SIMPLESMENTE POR FULANO TER DITO, ESCRITO.
NÃO ESTAMOS NO CAMINHO CERTO E ISTO É MUITO TRISTE .

ESTAMOS SOB O DOMÍNIO VERMELHO HA MAIS DE TRINTA ANOS E FOI ISTO QUE NOS LEVARAM A APRENDER E PRATICAR . É JUSTO ? PENSEM NISTO .

E TENHO DITO .'. TFA.'.PP.'. 

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Ato Solene 10 Anos do GOMB (Grande Oriente Maçônico do Brasil) e Todas a...

A historia da maçonaria, de Portugal ao Brasil.

precisamos REVER CONCEITOS para podermos ter uma vida mais digna .'.


Queridos IIrs.'. : por determinação da Grande Loja da Inglaterra, aqui no Brasil, a grande maioria das potências maçônicas, não são consideradas. No Landmark, dizem e confirmam que somente as Potências  filiadas a eles é que são reconhecidas. No Landmarks, determina também que as lojas ( todos) não podem ser MISTAS e ou FEMININAS, mas desde o inicio da Ordem, o papel da MULHER , foi significativo, produtivo, participativo. Basta que leiam os documentários que comentam a existência da Ordem. A mídia brasileira, criminaliza os que de alguma forma discriminam a mulher e não as consideram aptas para algumas atividades. O mundo vive uma guerra contínua onde o papel da MULHER, vem se destacando e em muitos, muito mais eficientes e eficazes que "homens".

O grande problema, senhores, não está no gênero, mas nas atitudes, na formação que cada um tem. Tudo se resume no caráter que cada um consegue construir e aplicar em sua vida. 

A Maçonaria Universal, diz em seus princípios de que ela tem que ser: EVOLUTIVA, PROGRESSISTA, e o Maçom, cumprir com o seu papel, que é o de efetivamente, concretamente siga os ensinamentos em sua vida como um todo. 
Muitos ingressaram e ingressam na Ordem, com outros fins. Querem a todo custo mostrarem ao outros do que acreditam ser e com isto terem uma aproximação e que sabe a conquista de "ajudas" . Usam a MAÇONARIA. A Maçonaria acaba sendo um trampolim para muitas conquistas. 
A AJUDA , se faz necessária em muitos momentos e tudo é uma questão de SOLIDARIEDADE e FRATERNIDADE , bem como de OBRIGAÇÃO em estender sua mão ao próximo, promovendo com isto que ele consiga continuar na sociedade com dignidade.
Não é porque alguém é , que não se avalia a pessoa. Não é por SER , que temos que esconder os seus erros. Não falo em PUNIR, mas de ajudar e fazer com que ele tenha a ajuda necessária. No entanto muitos cometem o que não se pode permitir e aí, não importa se ele É ou FOI, não podemos contempla-lo. É preciso que este cidadão que não consegue fazer com que a sua evolução aconteça, e que ele se torne a cada dia melhor, pois o que lhe importa é a conquista dos bens que ele acha que deve ter. 

NADA SOU, e vou continuar não sendo nada, mas aprendi a amar , respeitar e tentar executar todos os princípios que me ensinaram. Sei e reconheço a minha imperfeição e todos deveriam ter a coragem de aceitarem. Sei que erro, mas tenho que ter a CORAGEM , para modificar o erro que cometi.
Não só na MAÇONARIA, mas no dia dia, com amigos, familiares e mesmo inimigos, observei exemplos e todos aqueles que entendi e entendo como corretos me esforço em seguir.
Não somos, brancos, negros, amarelos ou sei lá o que mais. Aceito tão somente que SOMOS TODOS SERES HUMANOS, e como tal precisamos aprender a conviver em sociedade, dentro do RESPEITO AO PRÓXIMO. Posso não aceitar o que alguns grupos tentam impor na sociedade como certo, pois pelo que aprendi, muitas das modernidades de hoje, NÃO POSSO ACEITAR, mas respeito as opiniões, e até mesmo as ideologias. Me ensinaram que não podemos simplesmente aceitarmos a tudo, aceitarmos só porque um ser ilustre disse, aceitarmos o que um professor nos ensinou, aceitarmos simplesmente por lermos o escrito ou o que ouvimos. Temos o dever de pesquisar e tentarmos chegar a um conhecimento mais aprimorado e que nos permita , com a ajuda do Grande Arquiteto do Universo (deus) aplicarmos estre conhecimento positivamente e que seja em prol do bem comum. 

Que o DEUS do seu coração lhe permita entender o sentido da vida e que lhe conceda sabedoria para ter uma vida digna, respeitosa e que tudo que faça seja para o bem de todos nós. TFA.'. a todos os querido IIrs.'. , aos amigos e aos inimigos.'.
E tenho dito .'.



Sobre a GLADA

O que é

Ouroboros 
A Grande Loja Arquitetos de Aquário (GLADA) é uma Ordem Maçônica regular, legítima, independente, soberana, moderna e reconhecida internacionalmente, que admite, em igualdade de condições, homens e mulheres dispostos a construir a sociedade do Terceiro Milênio dentro dos ideais da Maçonaria Universal.
É uma entidade iniciática, filosófica, cultural, filantrópica e sem fins lucrativos.

Todas as Lojas da GLADA adotam obrigatoriamente dois Ritos:

Moderno ou Francês e Escocês Antigo e Aceito

A GLADA faz parte, desde 1993, da União Maçônica Internacional CATENA, entidade que congrega Potências Maçônicas Mistas em 4 continentes.
A Grã-Mestra Adjunta Vera Facciollo foi eleita Vice-Presidente nas duas últimas gestões da CATENA.
A GLADA, desde 2005 é membro ativo e reconhecido do CLIPSAS – Centro de Ligação e Informação das Potências Signatárias do Apelo de Strasburgo, a maior organização de Maçonaria Liberal do Mundo, fundada em 1961.
A GLADA trabalha tanto nos Graus Simbólicos (Aprendiz, Companheiro e Mestre) como nos Graus Filosóficos (4 ao 33º do Rito Escocês e 4 ao 10º do Rito Moderno).
Possui seu próprio Supremo Conselho independente, que foi reconhecido e recebeu Carta Patente da Grande Loja da Itália, cujo Supremo Conselho do Grau 33 é um dos mais antigos do mundo, fundado em Milão a 4 de abril de 1805, e do qual já foi Soberano Grande Comendador o herói de duas pátrias Giuseppe Garibaldi

OBS: não sou filiado a esta Potência, mas a conheci e é onde tenho muitas pessoas dignas do meu respeito e admiração.  É uma loja independente mas realiza a pura Maçonaria e leva a todos os seus IIrs.'. o conhecimento necessário para que possamos ser melhor a cada dia.'.

Princípios da Ordem Maçônica Universal

I - A Maçonaria é uma instituição Universal, essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista. É formada de pessoas de todas as raças, credos e nacionalidades, acolhidos por iniciação e congregados em Lojas, nas quais, por métodos ou meios racionais, auxiliados por símbolos e alegorias, estudam e trabalham para a construção de um mundo melhor, apoiado no Amor Fraternal;
II - Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria, luta incansavelmente pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade. Espera que com o Amor a Deus e ou à humanidade, à Pátria, à Família e ao Próximo se possa melhorar a espécie humana. Seu lema supremo é composto pela tríade LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, dentro dos princípios da Razão e Justiça, ou seja, LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, A IGUALDADE DE DIREITOS E DEVERES E A FRATERNIDADE UNIVERSAL;
III - Condena a exploração do homem, bem como os privilégios e as regalias, mas enaltece o mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à Pátria e à Humanidade. Dá a cada um segundo a capacidade, obras e mérito, seja ele Maçom ou não;
IV - Afirma que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade do espírito maçônico e proíbe expressamente toda discussão político-partidária: partido "a" x partido "b", ou religiosa sectária: religião "a" x religião "b", dentro de seus Templos. Não confunde porém, mitos, lendas e alegorias com a história real na apreciação das seitas e religiões. Luta, porém, pelo interesse e discussão da política e da causa pública, identificando principalmente o Maçom como um "Construtor Social".
V - Combate a ignorância, o fanatismo, a superstição, o obscurantismo e a tirania em todas as suas formas, lutando incansavelmente pela felicidade do gênero humano e pela sua emancipação progressiva e pacífica;
VI - Proscreve terminantemente todo recurso à força e à violência e afirma que todo homem acusado de delito tem o direito de ser presumido inocente até que sua culpa tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento justo, no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa;
VII - Reconhece o trabalho como um dever social; julga-o dignificante e nobre sob quaisquer de suas formas, seja manual, intelectual ou técnico, e condena o preconceito de casta profissional; qualquer profissão por mais humilde que seja é um instrumento indispensável à orquestra da vida.
VIII- Sustenta deveres essenciais de todo Maçom: o amor à humanidade, à Família, a fidelidade e o devotamento à Pátria, a obediência às Leis democráticas e justas do País, bem como o Amor ao próximo, expresso como conforto espiritual, ajuda material e caridade sigilosa;
IX - Combate o vício, a escravidão e a imoralidade sob todos os seus aspectos, pugnando por uma sociedade humana onde prevaleçam a pureza de costumes, a vida em perfeita harmonia com a natureza e com os princípios mais elevados da civilização; o respeito à infância, a igualdade de oportunidades, a proteção ao patrimônio cultural, geográfico, ecológico e natural da Terra, e a convivência pacífica entre os povos;
X - Defende a plena liberdade de reunião e de associação pacífica, assim como a completa liberdade de expressão do pensamento, dentro dos limites da responsabilidade e da ética;
XI - em perfeita harmonia com a Constituição brasileira, Proclama que os homens são livres e iguais em direitos e deveres, tenham ou não tenham religião, creiam ou não em Deus, e que a tolerância e respeito pelas idéias alheias constituem o princípio cardeal nas relações humanas, respeitando as convicções e a dignidade de cada um; demonstra que os seres humanos valem por seus atos e nunca por suas crenças.
XII - Considera a educação e a instrução primordiais nos ensinamentos maçônicos e como direitos fundamentais do ser humano e reconhece o direito à propriedade desde que não conflite com o bem comum;
XIII- Considera IRMÃOS a todos os Maçons, quaisquer que sejam suas raças, nacionalidades ou crenças, sejam eles de potências nacionais ou estrangeiras, de Lojas independentes, mistas, masculinas ou femininas, desde que respeitem aqueles princípios universais da Maçonaria, que tenham respaldo no bom senso e na liberdade com responsabilidade, e estende esses ideais a todos os seres humanos, sejam maçons ou não.
XIV - Recomenda a propaganda de sua doutrina pelo exemplo, e por todos os meios de comunicação do pensamento. Afirma que a Maçonaria é acessível a pessoas de todas as classes e crenças políticas ou religiosas, exceto àquelas que privem o homem da liberdade de consciência, restrinjam os direitos e as garantias individuais, bem como a dignidade da pessoa humana; que imponham uma religião, um messias, ideologia ou crença, e que exijam submissão incondicional aos seus chefes ou façam deles, direta ou indiretamente, instrumento de destruição da Maçonaria;
XV - Como preparativo para a entrada da Nova Era de Aquário e do Terceiro Milênio, a GLADAdesenvolverá planos de trabalho de contato com inteligências mais avançadas e espiritualmente elevadas de outros planetas, sistemas ou dimensões, seja através do próprio desenvolvimento espiritual de seus membros, seja através do incentivo à criação de modernos aparelhos de comunicação, para com esse contato possibilitar novas opções e descobertas que acelerem a evolução na Terra, reascendendo as esperanças da humanidade em torno de um futuro de paz e prosperidade entre os homens e as nações, onde as conquistas tecnológicas sejam colocadas a serviço da felicidade humana;
XVI - Incentivará os projetos e ideais que pugnem por:
a) um Governo Mundial, com uma administração político-econômica internacional, representada democraticamente por todos os povos do orbe;
b) um ordenamento jurídico internacional que respeite integralmente a Declaração Universal dos Direitos do Homem e que glorifique a máxima maçônica de liberdade com responsabilidade, igualdade de direitos e oportunidades e fraternidade universal.
c) uma língua universal que permita a real comunicação entre todos os povos;
d) uma moeda internacional, que permita uma administração mais justa dos negócios entre os povos;
XVII - Em todos os seus planos e projetos, por mais ousados que sejam, não perde o contato com a realidade, usando a velha orientação dos grandes iniciados, que afirma: "O homem, para errar menos, deve ter A MENTE NAS ESTRELAS (OU IDEAIS E ANSEIOS SUPERIORES), OS OLHOS NO CAMINHO E OS PÉS NA TERRA".

doações minimas

A POBREZA INTELECTUAL NA MAÇONARIA

terça-feira, 19 de maio de 2020

PORQUE TEMOS QUE VIVER SOB O DOMÍNIO DE CANALHAS ????.'.TFA.'.

Queridos IIr.'. , façam valer os princípios que a Maçonaria Universal , ensina a todos nós. Queridos amigos e inimigos, procurem fazer com que se cumpra os princípios da HONESTIDADE, da VERDADE, da SOLIDARIEDADE, da FRATERNIDADE e dos ensinamentos que a RELIGIOSIDADE nos vem recomendando.

Infelizmente, pelo desastre ocorrido na CHINA , vamos dizer assim, o Mundo sofre momentos difíceis e tudo indica que este momento ainda vai perdurar por bom tempo.

A nossa classe política, que deveriam entender que são SERVIDORES , não entendi assim e continuam em um briga sem sentido, promovendo muito mais dificuldade ao POVO , mas ao povo mais simples, humilde. 90% da população brasileira , vem sobrevivendo de MIGALHAS , que o Estado, vem oferecendo ao longo do tempo. Criticaram a chamada DITADURA MILITAR , promoveram a luta armada, diretas já. Se uniram para a retomada do PODER , da mesma forma que HOJE . 
Os interesses são muitos , e a divisão tem sido grande, onde muitos acostumados a idealizarem todos os seus desejos, não querem perder este foco. A grande maioria não tinha nada, inclusive EMPRESÁRIOS , que são considerados de sucesso, eram iguais à maioria do povo. Aliados que foram , se beneficiaram de recursos, que somente eles tiveram e se tornaram EMPRESÁRIOS MUNDIAIS .
A JBS , com tudo que aconteceu , continua sendo dos mesmos donos. Recentemente quem apareceu na IMPRENSA, foi um dos membros da conhecida família, se fazendo passar por bonzinho. Fez uma grande doação. Este, ainda disse estar orgulhoso do Avo. Tudo bem, o Avo nem deve ter nada haver com tudo que tomamos conhecimento, mas outros se enriqueceram de uma forma absurda e a pena foi quase nenhuma . Tantos outros também se beneficiaram com as ajudas dos PADRINHOS e estão mesmo tendo perdido alguma coisa, bilionários. As instituições financeiras, só DEUS, para entender. Quem era uma pequena financeira, cobrando juros abusivos de todos os POBRES , ficaram bilionários. Entraram no negocio de "lavanderia" de jogadores de futebol. Loja de departamento, virou banco e por ai vai.
As Igrejas, com os dízimos construíram IMPÉRIOS. 
O povo brasileiro, faz tempo, não tem emprego. Alguns e em número significativo, sempre levaram a vida na boa e sem se esforçarem como deveriam. Sempre viveram dos auxílios da vida e dos serviços "autônomos. O Estado, nem sempre ofereceu condições para que o POBRE, pudesse ter uma melhor qualificação, capacitação, ter como deixar de morar em comunidade e sem estar com regularidade exposto à drogas e a criminalidade. 
O povo "caipira" , continua com sua vida simples, mas produzindo a alimentação de todos nós. Ganham uma miséria. Os atravessadores é que ganham quanto podem e o que não precisavam ganhar. O Estado, neste sentido continua omisso . 
HOJE, o que assistimos é tudo muito triste. Sem qualquer possibilidade de terem um pequeno trabalho, para garantir a alimentação e outras despesas básicas, estão entrando em desespero. Muitas das famílias, sem entrar no mérito, mas onde MULHERES, são os chefes de família, por abandono do "companheiro" , na maioria dos casos, não conseguem pagar o aluguel, até mesmo em um barraco na comunidade e ou em locais da periferia. E os filhos, pequenos que poderiam até serem evitados, NÃO COM ABORTO, mas por outros meios, que culpa eles tem e que pena eles vão ter que cumprir ? 

A BRIGA PELO PODER É GRANDE. NÃO EXISTE HUMILDADE, SOLIDARIEDADE, FRATERNIDADE, POR PARTE DE NOSSOS LEGISLADORES E ATÉ MESMO DA CORTE MAIOR DO PAÍS. 

O CORONA VÍRUS É ALGO GRAVE, MAS DEIXOU TODOS OS REPRESENTANTES DO POVO À DERIVA. FALAM QUASE TUDO QUE PODEM, MAS NEM ELES TEM CERTEZA DO QUE DIZEM. TENTAM DE ALGUMA FORMA ADMINISTRAR A PROBLEMÁTICA QUE VIVEMOS.

A RELIGIÃO PERDEU A SUA FORÇA. O ESTADO A DERIVA. COMO FICAMOS ?

OS ESQUERDISTAS NEM EM DEUS ACREDITAM. O POVO PARA ELES É NÚMERO E SÓ LHES INTERESSA É O LUCRO QUE ESTES PODEM LHES DAR. 

ATÉ QUANDO SENHORES ? o crime organizado não para . Ninguém quer PERDER . Todo mundo quer ganhar , menos o cidadão de bem e sua família . Este está a mercê de todos os poderosos .

PRECISAMOS FAZER ALGUMA COISA SENHORES. A VIDA VAI FICAR AINDA MAIS TRISTE. PROMOVERAM UM FERIADÃO E AGORA ? O QUE O POVO VAI FAZER ? INFELIZMENTE MESMO OS MAIS HUMILDES QUE MORAM NA PERIFERIA, DEVEM SAIR PARA PASSEAR O FIM DE SEMANA PROLONGADO QUE OS DEUSES DETERMINARAM. 
CORPUS CRISTI , PARA ELES PODE SER QUALQUER DIA.  E O OUTRO TAMBÉM MAS TODOS ACREDITARAM QUE ELES ESTAVAM HOMENAGEANDO UMA PARCELA DA POPULAÇÃO. PURO ENGANO, ELES APROVARAM ESTA DATA APENAS PARA TEREM O VOTO QUE PRECISAM .

                 a      c     o     r     d     a           p   o   v   o 
para eles qualquer dia é dia . E a Igreja ? não se manifesta ?
pode ser qualquer dia ?


sábado, 16 de maio de 2020

AMIGOS E INIMIGOS. VIVEMOS O ABSURDO DOS ABSURDOS NO BRASIL

NADA SOU, a não ser um eterno aprendiz e um idoso que conseguiu chegar aos 72 anos de idade, lutando pela sobrevivência, pelas conquistas e sempre fazendo uso de princípios como o da honestidade, sinceridade, lealdade, verdade, transparência, e em todos os atos sabendo reconhecer os meus erros, e não ter qualquer tipo de constrangimento em voltar atrás e fazer a coisa certa. Somos imperfeitos e os erros , são passiveis de serem praticados. Mas uma certeza eu tenho, os erros nunca foram no sentido de prejudicar quem quer que seja. Os erros sempre aconteceram por atitudes que entendi que deveriam ser feitas.

Não tenho nada contra à aqueles que acreditaram e acreditam nos ensinamentos ditos socialistas/ comunistas. Infelizmente tudo isto é fruto do que conseguimos aprender, entender e praticar. Muitos, por N questões, foram alfabetizados para terem um entendimento específico sobre o que é ser socialista/ comunista. e de nada adiantou o que o Mundo nos mostrou, a respeito do que aconteceu com o povo em que o PAÍS , teve e continua tendo este regime. Na CHINA , ditadora, comunista, onde existe apenas um partido político, que é o COMUNISTA, hoje para que eles tenham um olhar diferente, dizem que ali se aplica o SOCIALISMO. É tudo uma grande mentira e todo mundo sabe disto, inclusive eles. O que eles não podem é se manifestarem, pois se o fizerem vão sofrer penalidades graves, como acontece na Venezuela , Cuba e tantos outros, que ainda são dirigidos por DITADORES . Mas...cada um é cada um. O que se espera é que com o APRENDIZADO, que podemos adquirir por vários meios, tenhamos a coragem de reavaliar tudo isto e termos um outro norte.
A CHINA, virou potência, pela escravidão que submete ao seu povo. Ali se trabalha , na grande maioria pelo minimo do mínimo e não tem como questionar nada. Por terem mão de obra barata é que o MUNDO , levou à CHINA , toda produção possível e inimaginável. Mas....não imaginavam que se tornariam REFÉNS da CHINA. Aqui no Brasil, eles já adquiriram muita coisa e possuem o domínio, da IMPRENSA , rádio, tv, jornal . São sócios de grandes grupos.
Governadores, Prefeitos e legisladores brasileiros, se encantaram com a grana que a CHINA tem e que distribui. Em São Paulo, o gestor do Estado que o diga. Ele e seus pares devem estar se dando bem. Assim é também com muitos EMPRESÁRIOS .

Não se trata de IDOLATRAR BOLSONARO e seus comandados, mas em verdade o que se assiste é uma grande vontade em acertar o que os ditos socialistas comunistas, praticaram e deixaram o Brasil a míngua. O povo, não deve ter a capacidade de alcançar os reais problemas que enfrentamos e o que lhes interessa é os auxílios que recebe, como bolsas, cotas , auxílios emergências, liberação de grana.
É preocupante e triste ver a dificuldade que a grande maioria sofre, mas a UNIÃO , não tem o dinheiro que se imagina e nem tem como continuar patrocinando AUXILIO , sem geração de renda.
OS PARLAMENTARES, OS MINISTROS DO JUDICIÁRIO e mesmo os que estão em altos cargos, possuem uma vida estável, confortável e mesmo assim querem AUMENTO DE SALÁRIO e os tem.
O FUNCIONALISMO como um todo, também, precisa reconhecer o momento e dar a sua colaboração.
Muitas das categorias que estão hoje, no enfrentamento dos problemas que nos atinge, sempre tiveram um salário de fome e mesmo assim, estão todos na linha de frente, tentando de tudo para nos ajudar. O devido reconhecimento na verdade o ESTADO nunca teve. O que os gestores fazem é USAR ESTES TRABALHADORES , para se promoverem e continuarem garantindo os seus cargos e conquistarem outros. HOJE ESTAMOS NA VERDADE EM VERDADEIRA CAMPANHA POLÍTICA. ISTO NOS ENVERGONHA.
BOLSONARO , não é cientista e nem médico, mas tudo que ele vem dizendo a respeito e principalmente do uso de medicamentos, é porque ESTE MEDICAMENTO ,tem sido usado com frequência em toda parte do mundo. Aqui mesmo em SP, o Dr. que comanda a campanha , com COVID19 , foi tratado com ele. Por razões politiqueiras ele não disse nada. PORQUE ? Em outros Países este medicamento que está sendo questionado, também foi usado e ajudou bastante.
É PRECISO QUE SE ENTENDA QUE NÃO HA REMÉDIO , NEM CURA e tudo vai demorar a acontecer. As experiências em todo o Mundo é que tem sido um norte . PENSEM NISTO.

Mudando um pouco de assunto, o que nos PREOCUPA é a atitude que vem tendo o JUDICIÁRIO BRASILEIRO. No STF , onde eles deveriam tão somente aplicar o conhecimento com base na CONSTITUIÇÃO FEDERAL , eles por interpretação acabam determinado leis .....
O grande problema que existe no mundo jurídico é justamente a INTERPRETAÇÃO. Temos a maior CONSTITUIÇÃO DO MUNDO , COM 100 ALTERAÇÕES. As leis nem sempre são tão claras como deveriam ser e a INTERPRETAÇÃO é que decide . Por isto, na primeira instância se tem uma decisão e na segunda outra e ainda na 3a. uma nova.
HOJE TIVEMOS A NOTICIA DE QUE UMA DESEMBARGADORA DO STJ SP TEVE UMA DECISÃO ABSURDA. LIBERA UM ASSASSINO, SEQUESTRADOR CONDENADO A MAIS DE VINTE ANOS SÓ PORQUE ELE TEM ASMA. Ela , sempre foi Advogada e isto gera um entendimento de que por isto a decisão foi tomada desta forma. A questão da fundamentação é algo pessoal e que bem escrita , estudada , justifica a sua decisão, mas nem sempre ela é JUSTA E PERFEITA. Tomara que alguém entre com algum recurso e que esta decisão seja INDEFERIDA.

O CRIME ORGANIZADO NÃO PODE CONTINUAR MANDANDO NO PAÍS,MAS INFELIZMENTE É ISTO QUE VEM ACONTECENDO. ELES TEM UMA GRANDE FORÇA E POSSUEM GRANDES NEGÓCIOS QUE LHES GARANTE A LAVAGEM DO DINHEIRO. DOMINAM O TRANSPORTE, DIZEM QUE OS POSTOS DE GASOLINA E MUITAS OUTROS EMPREENDIMENTOS.
Será que alguém tem CORAGEM em estudar com vontade tudo isto e tentar mudar.
VOCÊ que o que ? para você e sua família ?

sexta-feira, 1 de maio de 2020

a religião de jesus

Continuamos vivendo na MENTIRA e você ? vai fazer algo ?


Bem Gente estamos aqui de novo . CONTINUAMOS VIVENDO NA MENTIRA .
Infelizmente é verdade . Hoje 1 de maio , um dia que ficará na história. Momentos difíceis,

Após a chamada ditadura, dita pelos ditos "socialistas" políticos , nos tem mostrado o quanto estamos sendo enganados por quase todos os nossos legisladores, Tem muita gente que ao longo do tempo caminhou pela política e os honestos e crentes de que eleitos poderiam fazer algo em beneficio do povo, se decepcionou. Um parlamentar apenas NADA FAZ. Tanto no Estado ,como no Município e mesmo no Congresso Nacional (principalmente) onde as Leis nacionais são elaboradas , votadas e aprovadas ou não. Quem acreditou que era alguma coisa, não conseguiu fazer nada. Todo projeto de lei , encaminhado para possível prosseguimento nas casas legislativas, dependem da UNIÃO de muitos, caso contrário ele fica no papel. Mesmo seguindo os primeiros trâmites, tem todo um jogo a ser jogado. As lideranças dos partidos é que decidem na verdade o que interessa ou não. Tiririca por exemplo , apenas assinou , concordou e alguma coisa em seu nome seguiu, mas não foi nada dele e muito menos em favor do bem comum. Sérgio Reis , Clodovil , vivenciaram coisas tristes. A mesma coisa acontece agora. Não adianta ser PRESIDENTE e ter um mistério. Os poderes são limitados , em razão de vivermos em uma dita DEMOCRACIA , onde os parlamentares analisam , julgam é necessário aprovação do Congresso. Daí é que , as trocas precisam acontecer. Não acontecendo , no parlamento o projeto muda e nem sempre o que se pretendia vira realidade. Vejam : as verbas para os partidos , simplesmente ficaram como os parlamentares e partidos queriam. O orçamento depende da aprovação do congresso. 
Hoje, tomamos conhecimento do quanto os srs prefeitos e governadores , fizeram em prol do povo. Para a COPA DO MUNDO , criaram fabulosos Estádios, Hoje não temos HOSPITAIS, PS com capacidade de dar um atendimento de qualidade. Os profissionais com todo o risco existente, recebem salários de fome . Não são valorizados e reconhecidos pelo ESTADO como um todo. Tivemos verbas para SHOWS em todo o Brasil, onde famosos ganharam caches altos E VOCÊ bateu palmas. Gostou das festas. Hoje você precisa de atendimento médico e não tem. A grande maioria vive enganada por grande parte de nossos governantes que jogam em razão de interesses outros. A CHINA , ENVIOU PARA O MUNDO , equipamentos e tudo mais , com defeito. Muitos foram devolvidos mas aqui em sampa o governador DORIANA , tem parceria com eles e faz tudo que for possível para que os negócios com os chineses deem certo. O Presidente , precisa também reavaliar este relacionamento. O mundo , ficou sob domínio deles e não perceberam que eles querem é realmente DOMINAR TUDO . Não tiveram um crescimento dentro de uma normalidade. Todos eles inclusive KOREA , quer é a conquistas de grandes poderes. CUBA , beneficiada pelos esquerdistas ,a gora leiloa o PORTO , pago pelos brasileiros. Você acha que estas negociações todas , ninguém teve "presentes" ? . Os grandes empresários e parlamentares que nada tinham , ficaram bilionários . Tudo fruto do "trabalho" . Precisamos e ter vergonha na cara e lutarmos por mudanças. Ninguém quer ditadura, mas ninguém pode continuar vivendo nesta democracia mentirosa , onde poucos se dão bem e o empresario brasileiro honesto , não consegue seguir em frente, ACORDO POVO . Os políticos , não querem deixar o governo da união tentar melhorar a nossa situação e você está apoiando isto . PENSE . REPENSE . REFLITA. E tenho dito .'. tfa.'.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Sessão Maçônica..............

Estrutura (temporal) simples de uma Prancha Musical para uma Sessão Maçónica

Estrutura (temporal) simples de uma Prancha Musical para uma Sessão Maçónica tendo como referência o Rito Escocês Antigo e Aceite
  • Entrada de Venerável Mestre no Templo: (cerca de 1,5 a 2 min.) – Música de acentuado carácter triunfal… com sonoridade “ascendente”.
  • Cobertura Externa da Loja / Templo (Saída do Guarda Interno): (cerca de 1,5 a 2,5min) – Música com carácter intempestivo. que potencie o receio, a curiosidade.
  • Cobertura Interna da Loja / Templo (Verificação de Colunas por Vigilantes): (cerca de 2 a 3 min.) – Música que incentive ao “bailar”, ao “marchar”, ao caminhar. tal como numa Parada ou Marcha.
  • Abertura de Trabalhos / Acendimento das Luzes Litúrgicas: (cerca de 3,5 a 4,5 min.) – Música que potencie a reflexão, a egrégora dos presentes. Sonoridade “ascendente”, de preferência sem vocalização.
  • Assuntos da Loja: Música Ambiente. Sonoridade com tonalidades baixas.
  • Palavra a bem da Ordem: Música Ambiente. Sonoridade com tonalidades baixas.
  • Circulação do Saco das Propostas e do Tronco da Viúva: (cerca de 3 a 4,5 min) – Música, que potencie ou, com carácter ofertório. Sonoridade sem grandes oscilações.
  • Cadeia de União: (cerca de 4 a 7 min.) – Música ambiente, de preferência não vocalizada, para potenciar a reflexão, meditação, egrégora, espírito de pertença… sem grandes oscilações sonoras.
  • Encerramento de Trabalhos / Apagamento das Luzes Litúrgicas: (cerca de 3 a 4,5 min) – Música com características que potenciem a reflexão, a despedida. Sonoridade “descendente”, de preferência sem vocalização.
  • Saída de Venerável Mestre (e restantes Obreiros) do Templo: (cerca de 2,5 a 4 min.) – Música com sonoridade bastante alegre, que propicie momentos de grande alegria e comunhão entre todos os presentes.

Compositores Maçónicos sugeridos

  • Albert Lortzing,
  • Amadeus Wolfgang Mozart,
  • Fausto Bordalo Dias,
  • Franz Joseph Haydn,
  • Franz Liszt,
  • Félix Mendelssohn,
  • Giacomo Meyerbeer,
  • Hélder Bruno Martins,
  • Irving Berlin,
  • Jean Sibelius,
  • João Domingos Bomtempo,
  • Johann Christian Bach,
  • Johann Nepomuk Hummel,
  • John Philip Sousa,
  • Ludwig Van Beethoven,
  • Louis Spohr,
  • Rick Wakeman,
  • Samuel Wesley.

Outros Autores sugeridos

  • Compositores cinematográficos ex: Alexandre Desplat, Bernard Herrmann , Clint Mansell, Elmer Bernstein, Elia C. Miral, Ennio Morricone , Fernando Velazquez , Hans Zimmer, Itzhac Perlman, James Horner, Jerry Goldsmith, John Barry, John Williams, Leonard Rosemann, , Maurice Jarre, Max Richter, Miklos Rozsa, Ramin Djawadi, Vladimir Cosma.
  • Compositores “new age” ex: 2Cellos, Abel Korzeniowski , Bernardo Sasseti, Clannad, David Fedele, Enya, George Zamfir, Havasi, Jean- Michel Jarre, Levon Minassian, Ludovico Einaudi, Mark Knopfler, Pedro Burmester, Pedro Elias, Rodrigo Leão, Ryuichi Sakamoto, Shigeru Umebayashi, Wim Mertens, Yan Tiersen.
Nuno Raimundo

quarta-feira, 4 de março de 2020

UM TESOURO DE PEDRAS.'.

Rosslyn Chapel: um tesouro em pedra

Rosslyn Chapel
A requintada Capela Rosslyn é uma obra-prima em pedra. Era um dos segredos mais bem guardados da Escócia, mas tornou-se mundialmente famosa, após ter sido apresentada no livro “Código da Vinci” de Dan Brown.
A capela foi construída por um antepassado do marido da historiadora de arte Helen Rosslyn, que nos guia através de uma jornada de descoberta em torno desta jóia perfeita que este edifício é. Esculturas extraordinárias de homens verdes, anjos invertidos e marcas maçónicas misteriosas levantam as questões de onde é que essas imagens vêm e quem foram os pedreiros que as criaram? A busca de Helen leva-a pela Escócia e pela Normandia em busca dos criadores desta obra-prima medieval.
A Capela de Rosslyn, anteriormente conhecida como Collegiate Chapel of St Matthew, é uma capela do século XV localizada na vila de Roslin, Midlothian, na Escócia.
A Capela de Rosslyn foi fundada numa pequena colina acima de Roslin Glen como uma igreja católica colegiada, em meados do século XV. A capela foi fundada por William Sinclair, 1º Conde de Caithness da família Scoto-Norman Sinclair.
Sinclair fundou a faculdade para celebrar o Ofício Divino durante o dia e a noite, e também para celebrar missas por todos os fiéis que partiram, incluindo os membros falecidos da família Sinclair. Durante este período, a rica herança de canto simples (uma única linha melódica) ou polifonia (harmonia vocal) foi usada para enriquecer o canto durante a liturgia. Sinclair fez uma doação para pagar o apoio dos sacerdotes e membros do coro, perpetuamente.
Após a Reforma Escocesa (1560), o culto católico na capela foi encerrado. A família Sinclair continuou sendo católica até ao início do século XVIII. Desde então, a capela foi fechada ao culto público até 1861. Foi reaberta como local de culto de acordo com os rituais da Igreja Episcopal Escocesa, uma igreja membro da Comunhão Anglicana.
A Capela de Rosslyn pertence à família St. Clair desde a sua fundação em 1446. O actual proprietário é o conde de Rosslyn, Peter St Clair-Erskine, sétimo conde de Rosslyn, conhecido profissionalmente como Peter Loughborough, é um par da coroa britânica e  antigo comandante da Polícia Metropolitana
A Condessa de Rosslyn preside ao Comité de Gestão dos curadores, que auxilia os curadores na gestão estratégica dos planos de negócios e de conservação, trabalhando com o director que é responsável diariamente pelo local.

Fontes

  • Hazel Allen
  • Wikipedia