MAÇONARIA ETERNO APRENDIZ

Ser ou estar M.'., não é apenas ter o conhecimento de sinais, toques e palavras. É muito mais que isto. É poder aplicar o seu conhecimento em busca da verdade que nós leva, sermos melhores a cada dia. É entendermos e aplicarmos os propósitos maçônicos, seus valores morais e éticos. É sabermos de como melhor servirmos ao próximo. QUE O DEUS DE SEU CORAÇÃO LHES CONCEDA LUZ, SABEDORIA E PROSPERIDADE. A TODOS PAZ PROFUNDA .'.
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domingo, 17 de janeiro de 2021

QUATRO ELEMENTOS

 

cinco

Vimos que os QUATRO elementos, envoltórios das quatro Essências que cinco os animam, constituem os princípios materiais básicos de que se formam todas as coisas no nosso mundo físico. Vimos, ainda, que aquelas Essências, actuando sobre cada um dos QUATRO elementos podem, no homem, agir de forma a lhe moldar o tipo, não só físico, mas, também o seu comportamento temperamental.

Quando estudamos o número DOIS, verificamos que ele preside os “contrários” que buscam, até encontrar, o equilíbrio. Equilíbrio é inércia, inércia é a, negação da Vida que é, por si mesma, vibrante e agitada. Os QUATRO elementos, antepondo-se DOIS DOIS, conduzem a matéria por eles formada, invariavelmente, para o equilíbrio, ou seja, para a morte! Numa conceituação biológica já foi dito que: “A morte é o equilíbrio entre o anabolismo e catabolismo”!

Assim, para que um corpo se mantenha vivo não bastam as QUATRO Essências que presidem os elementos que o formam. É necessária a presença de uma QUINTA – ESSÊNCIA capaz de evitar que os QUATRO elementos se equilibrem, se neutralizem e “morram”, enfim!

É o número CINCO que preside a esta Energia capaz de manter em vibração os elementos primários. A Bíblia implica-nos, simbolicamente, no Capítulo segundo do Génesis, o aparecimento desta QUINTA-ESSÊNCIA. Diz ela:

Gen. 11, 6 – “Mas uma neblina (AR e ÁGUA) subia da TERRA (pela acção do calor, ou seja FOGO) e regava toda a superfície do solo

7 – “Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser uma alma vivente”. (Os parêntesis são nossos)

Vemos, então, que o homem foi formado com os QUATRO elementos já nossos conhecidos, mas ainda assim, continuava matéria inerte, sem vibração, sem vida. Soprou-lhe, então, o Senhor, “nas narinas, o alego da vida”. O Senhor adicionou às QUATRO essências contidas nos elementos, mais uma, a QUINTA essência e, então, ele (o homem) “passou a ser uma alma vivente”.

A Essência número CINCO é o Espírito de Deus, capaz de não permitir que os QUATRO elementos se equilibrem. Assim, enquanto com eles coexistir a QUINTA essência, a vida estará nele presente e as suas forças não serão capazes de se neutralizar DUAS DUAS.

Esta Quinta Essência é o hálito, a respiração que mantêm a Vida, que permite ao ser manifestar-se como um ser vivo e que une o Espírito de Deus que, simbolicamente, conforme narra a Bíblia, lhe foi transmitido através de um “soro” nas suas narinas, “sopro” este que constitui o “fôlego da vida”. Feito de barro ele era matéria inerte. Recebido o “soro” do “fôlego da vida”, tornou-se uma “alma vivente”.

O simbolismo desta passagem bíblica é muito grande. Ao afirmar, o texto bíblico, que “Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra”, está, simbolicamente, afirmando que o corpo material do homem é composto dos QUATRO elementos primários que presidem a formação dos corpos físicos. Com efeito, sabemos hoje que o corpo humano é constituído de quase 90% de Água. Os 10% restantes são formados de substâncias sólidas representadas por sais minerais e substâncias orgânicas sendo estas, em última análise, constituídas, também, por elementos químicos.

Sais minerais e elementos químicos são, precisamente, os componentes que, em proporções adequadas, formam a Terra. Além disto, a função orgânica não se realiza sem o fenómeno da oxidação, ou seja, sem a presença do calor, um dos atributos do Fogo e, finalmente, a oxidação necessária só se faz em presença do Ar. Sabemos, também, que não basta a simples reunião destes QUATRO elementos para comunicar ao corpo a característica de “ser vivo”. Com efeito, uma pessoa que acaba de morrer, possui todos os elementos acima enumerados, mas, agora, já não é mais ser vivo!

Há, então, que se considerar a existência de um QUINTO elemento capaz de permitir que os QUATRO outros adquiram a condição de vitalidade. Este QUINTO elemento é a Energia UNA, o “sopro” que causa o “fôlego da vida”, e que, retirado do homem o transforma num cadáver!

Vemos, então, que o homem vivo é formado de CINCO elementos e a sua representação simbólica, na Filosofia Maçónica, é o Pentagrama ou Estrela Flamígera, o símbolo do Companheiro Maçom.

Ela indica que o Companheiro atingiu, nos seus estudos, o conhecimento do Plano Astral ou Espiritual. Para alcançar a este Plano teve ele de empreender CINCO viagens e agora consegue apreciar a “Verdadeira Luz”, a “Luz Espiritual” e com ela pode perceber novos horizontes de generosos sentimentos que devem ser exaltados e, por isto, despreza o egoísmo como um sentimento abominável A Estrela Flamejante, ainda que não seja tão brilhante quanto o Sol, é a principal Luz de uma Loja. A sua luz é suave e sem irradiações resplandecentes. Por isto mesmo, não ofusca os olhos do Companheiro que pode trabalhar tranquilo na conquista do novo Plano Espiritual. Ela representa a virtude da Caridade, pois, espalhando luz (ensino) e calor (conforto) ensina-nos a praticar o BEM em todos os lugares a que esta Caridade possa alcançar.

O simbolismo da Estrela Flamejante, que é a representação do homem, tem importância capital na posição em que a Estrela está disposta. Assim, quando colocada com uma ponta para cima, representa o homem espiritualizado. Nesta posição, as duas pontas inferiores da Estrela representam as pernas afastadas do homem; as duas pontas laterais representam os seus braços abertos e a ponta superior representa a cabeça.

Os QUATRO membros do homem estão assim simbolizados e, também, a cabeça que os governa como centro das faculdades intelectuais, e que é sede da inteligência, atributo espiritual, e que domina o quaternário de elementos materiais. Colocada entre as figuras do Sol e da Lua, significa que a inteligência e a compreensão por ela indicadas procedem da Razão e da Imaginação.

Representando o homem, considerado como uma miniatura do mundo, ela corresponde ao Microcosmo. Símbolo do Companheiro Maçom, ela, com a sua ponta voltada para o alto, lembra-o erecto, de cabeça erguida para o céu de onde lhe vem a Verdadeira Luz que, encontrará nele vibrações adequadas, preparadas por estudos e meditações apropriadas, oferece-lhe faculdades especiais, armando-o de novos sentimentos que em contacto com as vibrações subtis de um novo mundo espiritual, dantes inteiramente desconhecido para ele, o fazem sentir um novo ser perfeitamente integrado na harmonia do Macrocosmo!

A Estrela Flamejante “é o emblema do génio que eleva as grandes causas. É a imagem do fogo sagrado que abrasa a alma de todo homem que, resolutamente, sem vaidade, sem baixa ambição, vota a sua vida à glória e à felicidade da Humanidade”! O seu simbolismo iniciático se refere ao homem evoluído, possuidor de poderes psíquicos, coroado de brilhante inteligência e cujos trabalhos estão voltados para a especulação de campos superiores. É por isto que ela se mostra como uma Estrela Flamejante.

O pentagrama simples (não flamejante) é, também, uma representação do homem, mas de um homem não iniciado que não pode retirar do reservatório eterno aquelas forças novas que o auxiliem na sua elevação para as esferas mais altas da espiritualidade!

O verdadeiro Iniciado acha-se em íntima comunhão com as luzes superiores e eternas, pode penetrar, espiritualmente, em outros mundos e possuir, assim, os dons da clarividência.

Colocada com a ponta voltada para baixo, a significação simbólica da estrela é completamente diferente. Começa por não ser flamejante, pois não distribui luz e nem dispensa dotes de inteligência. A sua ponta voltada para baixo representa os órgãos sexuais do homem, o que vale dizer que se trata de um homem inteiramente materializado, com predominância do sexo. Voltado para as preocupações do mundo da matéria, esquece-se do mundo do Espírito. É um ente atrasado, facilmente corruptível, egoísta, incapaz de praticar acções nobres!

Vimos, então, que o homem é formado de CINCO componentes, sendo quatro elementos inertes e um Espírito que vivifica todo o conjunto. Este QUINTO elemento espiritual, que vivifica o homem é a representação do poder Criador nos mundos divino, intelectual e material. O corpo físico do homem colhe informações do mundo exterior onde ele vive através de CINCO sentidos que exercem, cada um deles, influência sobre pontos essenciais para o conhecimento do Espírito. Assim, o tacto influi nas relações do corpo físico; o paladar liga-se aos instintos, o olfacto relaciona-se com o corpo dos desejos; a audição afecta o corpo mental e a visão estimula a vontade.

Estes CINCO SENTIDOS interligam-se às CINCO FUNÇÕES da vida vegetativa, ou sejam: respiração, digestão, circulação, excreção e reprodução.

CINCO é o número que comanda a vida animal em todas as suas manifestações ficando todo o conjunto vital dominado pela expressão máxima do desenvolvimento do “Eu sou”!

O Companheiro Maçom está, pelo seu grau, pela sua idade maçónica e pelo número de pancadas dadas, pelo Venerável, sobre a espada, quando do seu juramento, no acto da Elevação, capacitado a estudar e entender o simbolismo do número CINCO.

O Evangelho de São João, no seu Capítulo XXV, relata a parábola do “Servo fiel” que recebeu do seu patrão a importância de cinco talentos para com eles operar durante a viagem que faria o amo. Homem trabalhador e diligente aplicou os talentos em transacções várias e conseguiu com isto duplicar o seu número. Na sua volta, o amo pediu-lhe conta do dinheiro e ele entregou-lhe os dez talentos dizendo-lhe que tinha diligenciado para que crescesse o capital que lhe fora confiado. O amo agradeceu-lhe e premiou-lhe chamando-o de servo fiel.

Os CINCO talentos da parábola podem ser aplicados, pelo Maçom, como sendo os CINCO sentidos que lhe foram confiados pelo Absoluto. Resta diligenciar, através de estudos e meditações, para que eles cresçam e rendam cem por cem, conforme fez o servo com os talentos. Ao Companheiro compete este serviço. Entregar-se, afanosamente ao estudo de todos os mistérios do grau. Diligenciar, através da meditação, para que compreenda o simbolismo da Filosofia Maçónica a fim de que não seja um simples “frequentador de Loja”.

Os tempos modernos têm feito com que os homens, entregues a um sem número de afazeres, se esqueçam de sentar-se para meditar um pouco todos os dias. Assim, ele vai-se brutalizando, materializando e esquecendo-se das coisas Superiores. É mister diligenciar no sentido de se entregar um pouco ao transcendental afim de que possa burilar o seu espírito e aprimorar os seus costumes. A Maçonaria é uma escola onde todos têm de aprender alguma coisa todos os dias. Nela, o obreiro diligente tem oportunidade de desenvolver os seus conhecimentos no sentido de poder responder a inúmeras questões que se lhe apresentam e que, muitas vezes, exigem-lhe uma resposta imediata.

O campo de trabalho do Companheiro Maçom é o Plano Espiritual. Nele não há mais oportunidade para lavrar a Pedra Bruta, pois que o seu trabalho agora é o de cinzelar a Pedra Cúbica afim de que ela se apresente sem arestas e perfeitamente capaz de servir à grande construção do Templo simbólico que a Maçonaria, através dos seus adeptos, se propõe a construir em honra do Grande Arquitecto do Universo. Estudo e meditação são as metas que devem nortear o trabalho do Companheiro durante todo o seu tempo de serviço!

Boanerges B. Castro


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