PROCESSO
CIVIL COLETIVO - A MINERAÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS PELO MUNDO
Darden
Business Publishing – University of VIRGINIA
- Case Havard
Nos
deparamos com um texto significativo, pois nos esclarece fatos e atos ocorridos,
face ao trabalho executado por cidadãos comuns na extração dos minérios. Neste
caso em específico com relação ao AMIANTO.
ASBESTOS –
é uma fibra que tem ao longo do tempo tem vitimado muita gente.
Vale uma
nossa reflexão aprofundada no sentido de que com o devido conhecimento possamos
vir a sermos colaboradores do Estado, no combate de uma exploração mineral, ser
a consequência de estarmos vitimando muitos cidadãos comuns, onde si quer possuíam
e possuem o devido conhecimento deste tipo de trabalho, mas que em nome da sobrevivência
continuam neste trabalho e assim ficando longo da vida digna prometida ao longo
do tempo, até mesmo em nossa legislação.
Neste
texto é mencionado o caso de uma enfermeira que juntamente com seus Pais,
executavam este trabalho perigoso, mas que em razão da dificuldade em se ter
conhecimento dos prejuízos que causam este tipo de trabalho, continuaram e
foram vítimas de doenças que os levaram a óbito. Ela teria trabalhado por três
anos nesta Mineradora, na África do Sul. Somente após anos e anos é que em
razão de não estar se sentindo bem, passou por avaliação médica e somente
depois de muito tempo obteve um diagnóstico ligado e provocado ao seu trabalho
e dos seus Pais.
O
trabalhar na exploração e produção do AMIANTO, é algo absurdo onde o
empreendedor sempre teve uma visão de investimento e lucro e nunca houve uma
preocupação mais seria com relação aos que ali prestavam serviços. Mesmo tendo
passado um bom tempo, a descoberta desta problemática é difícil.
O pó do
amianto, promove com o tempo cicatrização pulmonar e o surgimento de doenças
que levam o cidadão à morte.
Esta
grande Mineradora do sul africano, funcionou por muitos e muitos anos e somente
depois de 50 anos é que se conseguiu ter o conhecimento dos fatos que levaram
os trabalhadores a serem portadores de doenças fatais. Existem milhares de
mineradoras pelo mundo e a preocupação principal nunca foi em relação ao ser
humano, mas da efetiva exploração e principalmente lucro, pois existe um grande
investimento. Como na África do Sul, pelo mundo existem grandes empresários
considerados de sucesso e estes na verdade são sempre os mesmos, dependendo do
seguimento. Temos hoje uma ideia clara de como tudo acontece. Poucos acabam
sendo os proprietários de um seguimento. Os pequenos que sempre tiveram a
esperança em se tornarem pessoas realizadas, normalmente são compradas pelas
empresas maiores e estas vem dominando o seguimento em que estão. Tem sido
assim, na Mineração, no comércio, nas lojas e tudo mais. No Brasil, os donos do
sistema financeira são os mesmos. Os donos dos supermercados também e por ai, vai.
Não existe a livre concorrência e todos estão preocupados, em ganhar e serem
donos do todo.
Ficamos
assim, nas mãos dos donos do poder e temos que nos sujeitar às regras impostas.
O próprio Estado em razão desta situação tem dificuldades em promover ao
cidadão comum uma vida mais digna e justa.
O cidadão
comum ainda tem é que agradecer a existência destes empresários, que oferecem
empregos e renda. É por isto que as diferenças continuam a existir.
Temos em
nossa legislação vários direitos garantidos, mas que na verdade poucos são
cumpridos em favor do mais vulnerável. Nem sempre acontece como o esperado. Não
tem como existir a tal igualdade que muitos dizem querer.
Reconhecemos
que não podemos generalizar, pois tanto por parte dos empresários como dos
trabalhadores nem todos são iguais e procedem do mesmo jeito.
A
legislação é feita com base no surgimento dos problemas sociais, mas não é em qualquer
momento que uma lei seja efetiva em atender os interesses do cidadão comum.
Vários são os fatores existentes.
A
formação e eleição dos nossos representantes acontece segundo dizem, pela
democracia que permite a eleição deles pelo voto, mas o que se verifica não se
justifica que alguns estejam no poder. Em grande número eles não representam o povo,
mas a elite que tem o domínio de tudo, inclusive do poder de intervirem na
elaboração de nossa legislação. Por outro lado, temos o cidadão que tudo quer
em termos de direitos, mas não querem ser colaboradores e cumpridores de seus
deveres como cidadãos e em razão de viverem em uma sociedade, onde ninguém vive
sozinho.
Com
relação aos minerais, não é somente o amianto que nos promove doenças. Temos o
chumbo dentre outros
O amianto
é extraído de rochas na terra, onde existem procedimentos na extração bem como
na produção e mesmo utilização de produtos fabricados com amianto que tem ao
longo do tempo promovido muitas vítimas.
Com
respeito ao amianto, o que se constatou, não foi somente os trabalhadores é que
foram vítimas, mas todos que com ele tiveram contato. O fato do simples
contato, do uso de produtos fabricados om este pó, se expuseram e foram
acometidas de doenças.
O grande
problema que se verifica, é a demora que se tem na constatação da existência de
algum problema, com os indivíduos que de forma direta ou indireta tiveram
contato com este mineral. Muitos somente com a instalação de uma doença grave
tiveram um diagnóstico tardio.
Deveríamos
ter um meio mais rápido no sentido de se obter um diagnóstico precoce, onde
permitiria ao cidadão iniciar um tratamento permitindo quem sabe até mesmo a
cura.
Acredito
que muitos tiveram o conhecimento da existência desta problemática, quando se
descobriu, que as telhas, de amianto eram causadoras de doença. Mesmo assim
ficamos convivendo por longo tempo com estes produtos e muitos foram vítimas,
até mesmo sem saberem.
Vários minerais
são daninhos ao indivíduo e infelizmente não havendo uma constatação em tempo razoável
as vítimas podem não conseguir um tratamento que evite o óbito.
Agora,
não é simplesmente o uso destes materiais que nos promovem problemas.
Normalmente o trabalho em mineradoras em razão de não se observar a forma como
o trabalho é executado, como as prevenções são promovidas, a mineração é um
setor que tem nos conduzido a convivermos com danos diversos e sem atender como
se deveria as vítimas. No Brasil, tivemos dois grandes desastres ocorridos com o
trabalho na mineração. O que se tem percebido é que o que mais interessa ao
empreendedor é o lucro que ele tem com o seu empreendimento. Os detalhes, mesmo
havendo o cumprimento de normas já existentes em nosso ordenamento jurídico, nem
sempre estas leis conseguem fazer com que o empresariado, cumpram estas normas
efetivamente.
O que mais
importa é o TER e não o SER, e isto tem causado danos evitáveis. A sociedade
precisa conhecer melhor o que pode e o que não pode e principalmente os
trabalhadores no exercício destas atividades de risco, precisam conhecer os
danos que elas podem causar pois somente assim eles poderão ter uma melhor
condução de suas atividades.
Um detalho
e que se verifica, é de que em todos seguimentos da sociedade, os donos do poder
são quase sempre, os mesmos. Por isto cada seguimento hoje pertence a um grupo
especifico. Com isto o poder destes investidores, empreendedores aumenta a cada
dia e diminui a chance de escolhas por parte do trabalhador.
Mesmo nos
Países desenvolvidos, as notícias nos mostram que o Empresariado, procura
sempre um lugar onde a mão de obra é barata e assim se tem conquistas maiores e
melhores. Os países de primeiro mundo, também buscam estas condições. Por isto
é que temos na CHINA uma realidade que pouco se conhece, mas temos como
imaginar, onde o empregado vive modestamente e trabalha muito. O lucro foi muito
grande aos Empresários que transferiram o fabrico de suas produções para lá.
Hoje, alguns questionam a CHINA, mas foram os líderes de todo mundo que
permitiram que a china se tornasse a potência que é. Mesmo sendo um País,
comunista, onde o trabalhador vem sendo explorado, o empresariado, foi conivente
com todos eles. Assim também acontece em outros Países. A grande verdade é que
o PODER, está com quem tem maiores recursos.
Temos
hoje em muitos Estados, uma legislação que diz proteger o cidadão de possíveis
abusos, mas eles continuam acontecendo. No Brasil, mesmo tendo em nossa CFB,
garantia de direitos individuais e coletivos, ainda vivemos sob o domínio de
uma elite que nem sempre obedece, as regras do jogo. Quem tem poder, influência
o parlamento e tudo mais. As regras são elaboradas, mas em muitos casos não visualizamos
transparência. Em quase todas existe a dualidade de interpretação e isto tem
favorecido muitos. A influência de que tem poder influência principalmente o
CONGRESSO NACIONAL, que concretiza as Leis. Infelizmente até mesmo o
judiciário, tem se conduzido de forma equivocada onde o que se verifica é a
presença da política nas decisões e assim, não atendem o povo. Não são
elaboradas em prol do bem comum.
Continuamos
imperfeitos e o pensamento coletivo é limitado, poios o coletivo que eles atingem
são os de grupos que lhes interessam.
Embora
tenhamos princípios a serem respeitados, estes não são aplicados como deveriam.
Fala-se no princípio do direito humano, do princípio da dignidade humana, da
solidariedade, do respeito, da colaboração, mas não isto que acontece na
realidade.
Estes princípios
estão nos discursos, mas não são praticados como deveriam. Existe hoje uma dita
preocupação com o acesso à justiça, onde deveria ser de igualdade. Pobre, não
tem os recursos necessários para que se prossiga com todos os recursos
existentes e que tem concedido a muitos, donos do poder, situações invejáveis,
pois as consequências são pequenas e quase nada acontece efetivamente no que
diz respeito à PUNIÇÃO que a Lei determina.
Por isto é
que assistimos dificuldade em se combater o crime e o cidadão comum continua
sendo o mais prejudicado.
Tivemos
grandes modificações em nosso ordenamento jurídico, onde a intenção foi a de
facilitar e promover equidade. Temos hoje procedimentos internos que vieram
para facilitar a vida de todos, mas até mesmos esta facilidade não promove aos
mais vulneráveis a possibilidade de verem suas demandas resolvidas. O
desconhecimento delas nem sempre faz o mais vulnerável ter como agir em seu
favor. Recurso financeiro ele não tem e por isto fica ele a mercê da vontade do
Estado.
O jurídico
“gratuito”, nem sempre leva o cidadão a onde ele precisa. Até mesmo a falta de
conhecimento o faz perder pelo tempo o direito à entrar com sua demanda. O Adv.
que faz esta assistência gratuita ganha quase nada e não lhe dá possiblidades
de seguir em frente com o que precisa, pois ele sozinho, com poucos recursos
não tem as condições necessárias em atender. Por isto grandes bancas jurídicas
é que conquistam vitorias. E isto senhores tem um custo.
O Estado,
por sua vez promete muita coisa, principalmente antes das eleições, mas é claro
de que ele ESTADO não tem como cumprir suas promessas. Temos um País
Continental, com diferenças entre os Estados, face à cultura, a condição econômica
e tudo mais e todos sabem disto.
Nos casos
de danos em razão de problemas como este ligados ao meio ambiente, temos uma
legislação própria, mas que aplicá-la é complexa. Existem as ações de danos e
de indenização, mas pelo que temos observado, é que a demora destas conquistas é
grande e nem sempre a vítima consegue receber o que tem de direito.
Temos
exemplo como MARIANA E BRUMADINHO, onde o processo em favor das vítimas e mesmo
do Estado, estão em andamento, sem satisfazer os envolvidos de fato.
As empresas
envolvidas continuam onde se justifica que os causadores não podem prejudicar
uma empresa. Ela não pode ser fechada como aconteceu também com a JBS.
Neste
caso, podemos entrar com AÇÃO POPULAR COLETIVO, dentre outras ações que
normalmente são impetradas, até mesmo pelo MP e outros órgãos.
O nosso
regime de governo deveria ser o melhor, pois com a democracia todos nós temos
como participar e lutar por direitos, mas quando uma democracia é elástica
demais, faz com que tudo aconteça e não se promova atos em favor do bem comum.
A LEI
6938/81, NOS DÁ UM NORTE DE COMO AGIRMOS, principalmente em seu artigo 14.
Temos o artigo 225 que também nos norteia para que possa reivindicar direitos.
Tudo deve
seguir normas contidas na constituição vigente, mas sempre tem e terá quem
diante da interpretação que acaba por definir uma decisão, caminhos
alternativos. Pode até não conseguir, mas leva tempo para este questionamento
seja avaliado e julgado. Enquanto isto, quem buscou caminho alternativo,
continua a executar seu plano, pelo menos por um tempo. Se no próprio stf,
temos conflito de interpretações, imaginem nos demais setores do judiciário e jurídico.
Onde
estão os princípios da precaução, da dignidade humana, da colaboração entre partes,
da transparência e tantos outros.
A grande
maioria nada conhece do direito e pouco sabem como conduzir uma causa. Até
mesmo quem já está militando na área.
Em muitas
causas, se tenta argumentar algo imaginário, com o intuito de se conquistar
pelo menos tempo, para que a decisão seja definitiva.
Peço
desculpas, mas é o que nos deixa indignado quando tomamos o conhecimento de
muitas decisões tomadas nos diversos casos existentes no nosso judiciário.
As Leis,
tem sempre um sentido dubio e assim permitem desentendimentos de interpretação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário