Trata-se de uma problemática que não depende apenas do ESTADO, mas de todos nós e principalmente da FAMÍLIA , daquele que por alguma razão está se iniciando no uso de algumas destas substâncias e que se ainda não chegou a ficar dependente , esta a caminho e pode ser um caminho sem volta.
É muito mais sério do que se imagina e a sua grande maioria , acaba indo além do uso, mas da prática de ilícitos diversos . Alguns se envolvem em ocorrências leves , mas o que se vem constando é de que em muitos momentos existe o descontrole geral e temos assistido o dependente cometer furto, roubo, agressão e até HOMICIDIO . O pior é que tem sido constante dependentes matarem seus familiares .
É o que fazer ? Muitos alegam que são doentes e por isto, pouco se faz . A legislação é complexa tanto quanto o problema propriamente dito e muitas das vezes ninguém sabe como agir .
O grande problema é de que este "doente" dependente, acaba por se tornar um doente PSIQUIÁTRICO . E o que fazer com ELE ? Onde leva-lo ? De que forma trata-lo e na maioria das vezes isto necessita ser GRATUITO .
O problema nem sempre é agir com o dependente , com o viciado, mas a necessidade é tratarmos a família como um todo. É aí ?
Inicialmente o que se faz é procurar o atendimento junto à UBS , e este com um diagnóstico o encaminha para o CAPS e ou CAPS AD .
Quando é que o CAPS AD , considera ser dele a responsabilidade de tratar este paciente ? Apenas quando ele efetivamente estiver fazendo uso de substâncias psicotrópicas/alcool e que ele esteja em crise .
Mas.....acontece a alta do CAPS AD . Nem sempre o paciente é levado a internação. O tratamento é totalmente ambulatorial . E aí ? Como a família consegue administrar este tratamento, onde o uso regular da medicação prescrita se faz necessário obedecer ? A família em suas dificuldades e o que se constata é de que ele , desaparece e desaparecendo , acaba por ficar perambulando pelas ruas e sabe-se lá com quem , onde e o que acaba praticando. É assim que eles se juntam aos que estão na CRACOLANDIA ou nas cracolandias da vida , espalhadas pela Cidade, pelo Estado.
Em São Paulo, além do CAPS E CAPS AD , temos o CRATOD , que possui equipe multidisciplinar e onde existe uma possibilidade de internação, mas esta, acontece depois de algumas tentativas de tratamento ambulatorial. O resultado é que infelizmente o paciente acaba por ficar mesmo, é pelas ruas e em determinado momento acaba aparecendo e em estado muito crítico.
Nem assim , se consegue uma INTERNAÇÃO e estas internações , são voluntárias ou seja o paciente tem que ACEITAR .
Se for nas COMUNIDADES TARAPEUTICAS , eles são acolhidos , mas com PORTEIRA ABERTA. Isto que dizer de que eles entram e saem a hora que assim o desejarem.
Melhor explicando, ELES SAEM QUANDO QUIZEREM E SE SAIREM, DEIXAM DE SER TRATADOS.
Nosso proposito é ajudar na orientação à família, aos envolvidos encaminhando os pacientes para que conquistem um tratamento e acompanhamento de sua problemática.
Tratar de um cidadão em vulnerabilidade social, onde este apresenta dificuldades em sua sobrevivência, também requer ouvir , entender , diagnosticar as problemáticas existentes e planejar um trabalho especifico para que este possa efetivamente caminhar na conquista de sua autonomia e dignidade.
Este é o papel do SERVIÇO SOCIAL .
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